30 setembro 2006

Mais de 18 mil querendo voto!!!

o pleito de 2006 mobilizará mais de 120 milhões de eleitores. As raposas que nos têm como "presas" somam mais de 18 mil, todas elas querendo o seu voto. Só uma pergunta: você sabe o número do partido pelo qual você nutre algum tipo de simpatia (se isso for possível nos dias de hoje)?
Então, abaixo, o número de todos os partidos na urna eletrônica.

PDT - 12
PT - 13
PTB - 14
PMDB - 15
PL - 22
PFL - 25
PCdoB - 65
PSB - 40
PSDB - 45
PTC - 36
PSC - 20
PMN - 33
Prona - 56
PRP - 44
PPS - 23
PV - 43
PTdoB - 70
PP - 11
PSTU - 16
PCB - 21
PRTB - 28
PHS - 31
PSDC - 27
PCO - 29
PTN - 19
PAN - 26
PSL - 17
PRB - 10
Psol - 50

O desespero carlista

Deu na coluna Painel, da Folha de São Paulo, ontem:

"Chove chuva. Aliados do governador Paulo Souto (PFL), candidato a reeleição, comemoram as chuvas que castigam a Bahia. Os carlistas crêem que o mau tempo impede a militância do PT de ir às ruas, freando o crescimento de Jaques Wagner."

2º turno na Bahia: Souto cai para 44%; Wagner vai a 36%

Números da pesquisa Ibope divulgados neste sábado (30) mostram que aumentou a chance de um segundo turno na Bahia. O candidato Jaques Wagner (PT) subiu cinco pontos em relação à última pesquisa e agora está com 36% das intenções de voto. Já o primeiro colocado, Paulo Souto (PFL), candidato à reeleição, caiu de 48% para 44%. A diferença entre os dois primeiros colocados, que era de 17 pontos na última pesquisa, divulgada dia 25, caiu para oito pontos.

Em relação aos votos válidos, Paulo Souto conseguiu 51% da preferência dos eleitores e Jaques Wagner, 41%. Átila Brandão (PSC) teve 3% dos votos válidos e Rosana Vedovato (PSL), 2%. Antônio Albino (PSDC), Hilton Coelho (PSOL) e Tereza Serra (Prona) tiveram 1% das intenções do voto cada. Antônio Eduardo (PCO) não pontuou. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.

O número de eleitores indecisos, votos brancos e nulos chega a 13%. A pesquisa foi encomendada pela Rede Bahia, afiliada da Rede Globo, e está registrada no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia sob número 24209/2006. Foram entrevistados 2.002 eleitores em 104 municípios, entre quinta-feira (28) e este sábado (30).

Do G1, o portal da Globo.

Lula tem 50% dos votos válidos e eleição pode ir para 2º turno, diz Datafolha

"Não é mais possível cravar com certeza se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva será reeleito no primeiro turno ou se o pleito será decidido numa segunda etapa. Pesquisa Datafolha encomendada pela Folha e pela TV Globo, e divulgada na noite deste sábado pelo "Jornal Nacional" mostra que o candidato do PT tem 50% dos votos válidos.

Os demais adversários do petista também têm, juntos, 50% dos votos válidos. Com isso, a vantagem sobre os concorrentes não existe mais e não é mais possível prever se Lula consegue se reeleger no primeiro turno. É que considerando a margem de erro, de dois pontos para mais ou para menos, o percentual de votos válidos de Lula varia de 48% a 52% --na taxa mínima, a eleição iria para o segundo turno.

Para ser eleito no primeiro turno, um candidato precisa ter mais da metade dos votos válidos, que excluem os brancos, nulos e os indecisos. Na pesquisa anterior, Lula aparecia com a possibilidade de vencer no primeiro turno, com 53% dos votos válidos.

Na pesquisa divulgada hoje, o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, aparece em seguida, com 38% dos votos válidos --ele tinha 35% anteriormente. Em intenções de voto, a taxa de Lula caiu de 49% para 46% entre quarta-feira e a nova pesquisa. A taxa de intenção de voto em Alckmin oscilou de 33% para 35%.

A taxa de intenção de voto na candidata do PSOL, Heloísa Helena, se manteve estável em 8%--mesmo percentual da pesquisa anterior. Cristovam Buarque (PDT) também se manteve com 2%. Ana Maria Rangel (PRP), José Maria Eymael (PSDC), Luciano Bivar (PSL) e Rui Pimenta (PCO) não pontuaram.

Segundo turno
Num eventual segundo turno, de acordo com a pesquisa, Lula venceria a eleição com 49% das intenções de voto contra 44% de Alckmin. Ou seja, venceria com uma margem bem apertada.

A margem de erro da pesquisa é de dois pontos, para mais ou para menos. O Datafolha ouviu 14.798 eleitores em 409 cidades de 24 Estados entre ontem e hoje. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral)." Folha Online.

Ibope e Datafolha apontam tendência de 2º turno nacional

Ibope
Lula – 45% ---- 49¨%

Alckmin – 34% --- 37%

HH – 8% --- 9%

C. Buarque – 2% – 3%

Outros – 2


Datafolha 14.798 eleitores

Lula – 46% -- 50%

Alckmin – 35% -- 38%

HH – 8% -- 9%

C. Buarque – 2% -- 2%

Outros – 1% -- 1%


Segundo Turno

Lula – 49%

Alckmin – 44%

(primeira coluna incluindo votos indecisos, brancos e nulos e a segunda, os votos válidos)

Pesquisa Ibope abala PFL baiano,diz Estadão

Pesquisa aponta que pode haver 2º turno na Bahia

Apenas quatro pontos percentuais separam Paulo Souto do ex-ministro Jacques Wagner
Christiane Samarco

SALVADOR - Duas notícias abalaram o PFL baiano na tarde deste sábado. Depois do susto com o acidente de carro sofrido pelo deputado federal ACM Neto, num trecho da Estrada do Coco, que dá acesso ao litoral norte , os pefelistas foram surpreendidos por uma pesquisa que aponta para a possibilidade de um segundo turno na disputa com o PT pelo governo estadual. Após ser examinado num hospital de Salvador, o deputado ACM Neto passou recebeu alta. O carro em que ele estava capotou. No acidente, o assessor de imprensa Antônio Jorge Moura sofreu traumatismo craniano.

Mal havia se recuperado do susto com o acidente envolvendo o neto, o senador Antonio Carlos Magalhães recebeu os dados da pesquisa Ibope/TV Bahia que dão uma folga de apenas 4 pontos percentuais para o governador e candidato à reeleição Paulo Souto em relação ao petista Jacques Wagner. A diferença entre o percentual de votos do governador ao dos demais candidatos é de apenas dois pontos percentuais. Essa folga está dentro da margem de erros do levantamento.

O PFL baiano já contabiliza também a perda de uma cadeira no Senado para os opositores. O ex-ministro Rodolpho Tourinho, afilhado de ACM, deve ser derrotado pelo o ex-governador João Durval (PDT), pai do prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro, e aliado de última hora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Embora o PDT tenha lançado a campanha de Cristovam Buarque pela Presidência, João Durval e João Henrique estão fechados com a reeleição de Lula. Durval abriu espaço para o presidente no programa eleitoral, ignorando Buarque. Sérgio Carneiro, filho de Durval, é candidato a deputado federal pelo PT.

BATV silencia sobre acidente

O acidente com o deputado ACM Neto passou em branco para o BATV. Isso é que dá quando os interesses políticos do dono da empresa se sobrepõem ao jornalismo de interesse público.

É por essas e outras que a Bahia precisa de segundo turno.

Ibope aponta possível 2º turno na Bahia

Esse era um cenário inimaginável há alguns minutos, mas o Ibope diz que o segundo turno na Bahia pode acontecer. A pesquisa divulgada agora pela TV de ACM dá Paulo Souto com 51% dos votos válidos, contra 41% de Wagner, uma margem de segurança fragilíssima para o governador.

Contando os votos nulos e brancos, Paulo Souto tem 44% e Wagner 36%. Com o ritmo de ascensão do petista, o segundo turno está palpável. O núcleo da campanha do governador já faz projeções para a próxima etapa da corrida eleitoral e imagina como será combater o time de Lula, e o pior - com o barbudo (caso vença no primeiro turno) livre, leve e solto para atuar em favor de Wagner.

Alea jacta est... Em outras palavras, amanhã o bicho pega.

Estado do assessor de ACM Neto é grave

Fontes do Hospital São Rafael, onde o deputado ACM Neto foi atendido logo após o acidente com o carro em que viajava na BA-029, informam que o estado do jornalista Antônio Jorge Moura é realmente muito grave. O editor de Política do Correio da Bahia acompanhava o parlamentar.

Vários políticos se encontram no hospital. Entre eles, o governador Paulo Souto e os senadores César Borges e Rodolfo Tourinho. O senador Antônio Carlos Magalhães estaria se dirigindo para o São Rafael.

Game para celulares "sacaneia" políticos e presidenciáveis

Seinão, Helô Mulher, Chuchu e Little Boy são os nomes dos personagens de um novo jogo criado para rodar em telefones celulares. Eles representam, respectivamente, o presidente e candidato à reeleição Lula; a candidata do PSOL à presidência da República, Heloisa Helena; o candidato pelo PSDB, Geraldo Alckmin; e o ex-governador do estado do Rio Anthony Garotinho, e podem ser manipulados por usuários do game "Combate Presidencial 2006", criado pela desenvolvedora de softwares e aplicativos AndinaTech.

O jogo é, na verdade, um debate no qual o candidato escolhido pelo jogador tem que falar mais do que os outros para vencer a partida. Vale também tomate, pizza e socos no adversário. Lançado em agosto pela operadora de telefonia OI, o "Combate Presidencial 2006" está disponível para download, a partir desta semana, também nos portais de outras operadoras de telefonia celular. O custo médio do download é de R$ 5.

Acidente deixa assessor de deputado em estado grave

"O deputado federal Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), candidato à reeleição, sofreu um acidente no início da tarde deste sábado na Rodovia BA-029. Ele viajava do município de Camaçari com destino à capital, Salvador, quando um veículo modelo Pálio e uma motocicleta atravessaram na frente da sua caminhonete Toyota.

Para desviar dos dois veículos o motorista do deputado, jogou o carro para o acostamento, perdendo controle do veículo que virou e capotou. ACM Neto, dois assessores, que o acompanhavam, e o motorista, foram levados para o Hospital São Rafael, em Salvador, mas logo liberado.

Ele sofreu apenas alguns ferimentos leves. Inspira cuidado, no entanto, o quadro do assessor de imprensa do parlamentar, e editor de política do jornal Correio da Bahia, de propriedade da família do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), Antonio Jorge Moura, que está sendo submetido a uma série de exames para avaliar a extensão do baque que sofreu na cabeça.

Neto tinha participado de um evento político em Camaçari, pela manhã e retornava para participar de uma caminhada na região de um grande shopping da capital, em companhia do governador Paulo Souto, que concorre à reeleição." Do Globo Online.

PT e PMDB continuarão como as maiores bancadas, diz Ibope

"O IBOPE Opinião elaborou uma estimativa da composição partidária para a futura Câmara de Deputados. Trata-se de levantamento similar ao realizado em 2002, baseado em pesquisas recentes de intenção de voto para Deputado Federal nos 27 estados brasileiros.

Os resultados mostram que o PT deve eleger um número muito próximo de Deputados ao da eleição de 2002, o PMDB tende a conquistar mais cadeiras, enquanto PFL e PSDB elegerão bancadas menores. Apesar disso, levando em conta suas atuais bancadas, esses quatro principais partidos continuarão dividindo o comando da Câmara.
Outra constatação do levantamento é de que, com exceção do PT, os demais partidos envolvidos nas denúncias do "mensalão" terão sua força significativamente reduzida nesta nova legislatura. Por outro lado, o PV e o PSB tendem a eleger neste ano um número maior de Deputados do que em 2002.

Conforme apresentado no quadro, a estimativa do IBOPE Opinião deixa 50 vagas da Câmara Federal sem definição por partido, pois, nesses casos, a proximidade de candidatos de partidos diferentes em uma determinada coligação, assim como a proximidade de duas coligações no estado pesquisado, que não permitem indicar o partido com maior probabilidade de obter a vaga.

Segundo nossos resultados, portanto, essas 50 vagas indefinidas não podem ser atribuídas de maneira mais concentrada para qualquer dos partidos, ou seja, não devem alterar a correlação de forças partidárias apontada na estimativa."

29 setembro 2006

FG promete o troco na segunda-feira!

As más-notícias vindas do comitê de campanha do filho Marcos Gomes provocaram urticárias no prefeito de Itabuna. Voltando às origens, Fernando Gomes atacou funcionários da saúde numa reunião no antigo Sesp, hoje, pela manhã. Chamou os servidores de preguiçosos e afirmou que "só ele trabalha nessa porra!". Se você duvida do palavreado diante de mães e chefes de família funcionários do município, advertimos o pobre leitor: publicamos aqui a frase mais leve dita pelo nobre prefeito.

O homem está possesso. Acha que os funcionários da prefeitura poderiam trabalhar de forma mais desavergonhada o nome do filho junto aos eleitores itabunenses. Fernando - além de não acreditar na aventura de Marcos Gomes - fez tremer o chão do centro de saúde que funciona ao lado da CNPC. Quem participou da reunião diz que os berros do prefeito poderiam ser ouvidos a 200 metros de distância. Ao final, Fernando ameaçou: "na segunda feira tem troco" para esse monte de "preguiçosos".

Até Cristovam, gente!

Ainda da coluna de Mônica Bergamo, na Folha desta sexta (29/09).

OLHA ELE AÍ, GENTE!
Na lista de pessoas já ajudadas por Paulo Okamoto, o amigão de Lula que já pagou dívidas do presidente com o PT, aparece -surpresa! -Cristovam Buarque. Em 1994, Cristovam foi pivô de um dos primeiros escândalos petistas, quando o partido concordou em receber R$ 200 mil da empreiteira Odebrecht para cobrir buracos da campanha do então governador de Brasília. O coordenador da campanha de Cristovam, Hélio Doyle, declarou na época à Folha que a "solução Odebrecht" foi dada pelo PT nacional-mais exatamente pelo tesoureiro da campanha de Lula. Ele mesmo, Okamoto.

"EU NÃO SABIA"
Cristovam diz que "não sabia disso, não" e afirma que "eu nem conhecia o Okamoto". Segundo ele, a Odebrecht contribuiu com sua campanha porque "queria apoiar alguém que levantasse a bandeira da educação". Em 1994, a Odebrecht integrava o consórcio de empresas contratadas para construir o metrô de Brasília.

Alckmin provocou "ausência de dinheiro" em São Paulo, diz atual governador

O candidato tucano à presidência da República, Geraldo Alckmin, fez maquiagens nas contas públicas do governo de São Paulo, a julgar pela notícia confirmada pelo atual governador, o pefelista e aliado Cláudio Lembo. Nota da colunista Mônica Bergamo na Folha de São Paulo, hoje, revela o descaso do "chuchu" com as contas da maior economia da Federação. Eis a nota da colunista:


HERANÇA TUCANA
São Paulo vive "ausência de dinheiro" após Alckmin
Da coluna de Mônica Bergamo

NATURAL
Os "ajustes naturais", como diz Geraldo Alckmin, que estão sendo feitos por seu sucessor, Cláudio Lembo, para zerar as contas do Estado de SP não são assim tão naturais: o projeto que prevê perdão de juros e multas para quem pagar já o ICMS foi enviado à Assembléia Legislativa no dia 9 de agosto -cinco meses depois de Alckmin ter deixado o cargo e quando Lembo verificou que o corte de gastos e a diminuição do ritmo de obras não seriam suficientes para cobrir o rombo nas contas do governo. A anistia parcial de débitos visa aumentar rapidamente a arrecadação.

MACHUCA, DÓI
Lembo evita falar em "rombo". "É uma palavra que machuca, dói", afirma. "Diríamos que há em SP uma ausência de dinheiro, uma quebra de execução orçamentária." Sem as receitas extraordinárias, não apenas obras, mas também repasses obrigatórios para estâncias turísticas não seriam honrados.

Avião da Gol com 155 passageiros desaparece do radar

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aguarda pela busca da Aeronáutica por um avião de passageiros da Gol que sumiu nas imediações de São Félix do Araguaia (MT), na Amazônia.

Segundo a Anac, o vôo 1907 transportava 155 passageiros desde Manaus, com destino a São Paulo, com escala em Brasília e no Rio de Janeiro. A busca está sendo feita por radares e até as 19h45 não havia sinais do aparelho.

Segundo a assessoria da companhia aérea, o avião deveria ter pousado em Congonhas às 18h. Não estavam disponíveis mais detalhes imediatamente.

(Por Denise Luna e Vladimir Goitia)

Eleição da discriminação

Do Valor Econômico
Porque são pobres, nordestinos e negrosMaria Inês Nassif
28/09/2006

Talvez por embutir um corte social no eleitorado inédito, este processo eleitoral transborda preconceitos. Primeiro, a análise do fenômeno sociológico do voto do pobre, descolado de formadores de opinião, derivou para o preconceito do "voto vendido" por um prato de comida, simbolizado pelo Bolsa Família. Depois, o voto nordestino foi colocado no mesmo saco do coronelismo, como se tivesse ocorrido uma negociação individual desse eleitor com o candidato a presidente. Agora, entrou em cena o voto dos negros (que, nas pesquisas, são a soma dos pretos e pardos). A última conclusão, derivada da pesquisa do Ibope da semana passada, é que os negros dão menos importância à ética que os brancos - e por isso tenderiam a eleger, em sua maioria, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Se a elite brasileira não jogar fora seus preconceitos, será difícil entender o que ocorre nessas eleições. Falta enxergar um pouco a realidade social desse país. A começar pela realidade dos negros, entre eles, em especial, dos pretos. Segundo a Síntese de Indicadores Sociais 2005, elaborada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a partir da PNAD 2004 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), os negros representam 48% da população, mas são 66,6% dos 10% mais pobres e 15,8% dos 1% mais ricos. Os trabalhadores negros recebem cerca de 2 salários mínimos por mês, enquanto os brancos ganham 3,8 salários, em média. A taxa de analfabetismo dos negros é de 16%, mais do que o dobro da dos brancos, de 7%.

Isso não é tudo. A personificação do preconceito embutido na avaliação do voto do negro são as estatísticas de morte pela polícia. Segundo pesquisa de Marcelo Paixão, da ONG Fase, em 2001, enquanto os pretos representavam 11% da população do Rio, eram 32,5% dos mortos pela polícia; os pardos, que eram 34% da população do Estado, representavam 21,8% dos mortos pela polícia; e os brancos, 54,5% da população, eram 19,7% dos mortos pela polícia. O levantamento foi feito entre janeiro de 1998 e setembro de 2002 e os dados populacionais são do Censo de 2000. Segundo estudo coordenado pelo sociólogo Ignacio Canno para o Relatório de Desenvolvimento Humano Brasil 2005, a taxa de homicídio de negros , entre janeiro de 1993 e julho de 1996, era 1,9 vez maior que a dos brancos.

Por esse quadro, não precisa ser um especialista para concluir que a população negra está mais exposta aos benefícios do Bolsa Família e do aumento do poder de compra do salário mínimo. Ainda assim, dado o grau de pobreza do negro - além de 64% dos pobres, representam 68% dos indigentes, segundo números de 2001 - não parece que a situação dada seja totalmente satisfatória: 25% dos negros entrevistados pelo Ibope na semana passada se diziam insatisfeitos em relação à vida que levam, contra 21% dos brancos; 62% dos pretos se declararam satisfeitos, contra 69% dos brancos.

Processo eleitoral transborda preconceitosNa sondagem de intenção de voto, não parece que as preferências dos pretos se descolem dos índices dos mais pobres: na pesquisa espontânea, o presidente Lula teria 60% dos votos dos pretos entrevistados; entre todos que ganham até um salário mínimo, captaria 67% dos votos, e 54% entre os que ganham de 1 a 2 salários mínimos. Segundo a pesquisa, 64% dos negros aprovam a maneira como Lula conduz o país e 62% dos pardos também - contra 48% dos brancos. Os negros aprovam mais a administração Lula porque são negros, ou porque são pobres? Entre os entrevistados que ganham até 1 salário mínimo, 68% dizem que aprovam; dos que ganham de 1 a 2 salários mínimos, 59% responderam a mesma coisa. No Nordeste, 72% dos entrevistados afirmaram que aprovam a maneira como Lula vem administrando o país. Responderam isso porque são pobres, negros ou nordestinos? E o que a pergunta embute? A forma de administrar o país é qual?

Depois de perguntar em quem o entrevistado votou no segundo turno das eleições de 2002, o Ibope formula a seguinte pergunta: "Você votaria ou não votaria em um político acusado de corrupção, ou citado em algum caso de corrupção?". Respondem que votariam 7% dos brancos, 11% dos pretos e 8% dos pardos - o que, na linguagem de pesquisa, estaria dentro da margem de erro. À pergunta de qual o partido mais ético, o PT ganhou, com 18% - no Nordeste, 28% dos entrevistados tinham essa opinião; 26% dos negros e 19% dos pardos achavam a mesma coisa. Por que acham isso? Porque são pretos, pobres ou nordestinos? O PT ganhou também no quesito "menos ético": 31% dos entrevistados consideraram assim - no Nordeste e na faixa de renda familiar de até um salário mínimo, essa opinião decresce para 21% dos entrevistados. Entre os brancos, 34% acham que o PT é o partido mais corrupto; entre os pretos, 23% e, entre os pardos, 28%. Se pretos e pardos votam em sua maioria em Lula, e se consideram menos que os brancos que o PT é corrupto - e mais que os brancos que o PT é menos corrupto - por que então a conclusão de que Lula tem mais votos dos negros porque eles têm menos apego à ética?

Se a elite brasileira aprendeu só esse tortuoso travo racial de um processo eleitoral que é rico pelo que ele tem de novo, pobre deste país. Mais pobre que os pobres, os pretos e os nordestinos. Seria o caso dessa elite começar a tentar responder outras perguntas. A primeira delas é: por que ocorreu um corte social tão profundo nessas eleições? A segunda: por que os partidos não acompanharam esse movimento, muito pelo contrário, acabaram por facilitar a personalização desse corte na figura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva? A última: por que a elite, em vez de fazer a reflexão sobre a realidade social do país, assume um discurso que pretende criminalizar a pobreza por uma escolha democrática? A escolha do pobre não é crime. Reflete anseios, um descaso secular, uma distância profunda dos ricos. É uma escolha racional.

Maria Inês Nassif é editora de Opinião. Escreve às quintas-feiras

Briga de foice na BA

Do Estadão:

"Eleições na Bahia saem do palanque e vão para os tribunais

A campanha com os dois principais candidatos, Paulo Souto (PFL) e Jacques Wagner (PT), foi a que mais produziu ações e condenações judiciais, avaliam seus advogados
Christiane Samarco

SALVADOR - A batalha eleitoral pelo governo da Bahia entre o candidato à reeleição Paulo Souto (PFL) e o petista Jaques Wagner saiu dos palanques para os tribunais. Advogados das duas campanhas não têm dúvidas de que esta é, de longe, a disputa eleitoral baiana que mais produziu ações e condenações judiciais, com a concessão de direito de resposta ou supressão do tempo de programa no rádio e na televisão por uso indevido do horário eleitoral.

"A campanha foi altamente judicializada", diz o petista Jaques Wagner que, a despeito dos protestos do adversário e das penalidades aplicadas pela Justiça, usou e abusou das imagens e falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu programa eleitoral. O resultado foram mais de 50 condenações com direito de resposta, que permitiram ao pefelista Paulo Souto ocupar 25 minutos do programa de Wagner na televisão. "Já estou até enjoado de tanto aparecer no programa dele", ironizou Souto, referindo-se ao adversário.

"Eu acho que a cola de imagem (dele com o presidente) é natural, porque somos amigos há 28 anos, fui ministro de Lula e estive ao lado dele no momento da crise", justifica Jaques Wagner, ao reclamar da postura da Justiça. "O TSE decidiu pela verticalização das alianças e agora não deixam verticalizar as campanhas. É um absurdo". Ele defende a tese de que, "querer fingir que Lula não tem lado é estelionato eleitoral".

Troca de farpas"Nossos adversários é que não assumiram nada e esconderam o candidato deles", critica, ao lembrar que, no debate entre os candidatos a governador da Bahia, o pefelista Paulo Souto não fez uma única referência ao nome do presidenciável tucano Geraldo Alckmin. "Nem parecia que o PFL tem candidato a presidente", alfinetou. "Minha posição está muito clara e, se estamos discutindo o governo da Bahia, não tenho porque mencionar Alckmin, até porque em nenhum momento fui provocado a fazê-lo", contestou Souto, que nunca exibiu a imagem do candidato tucano a presidente em seu horário eleitoral.

Wagner, entretanto, usou até os comerciais no rádio e na televisão para vincular ao máximo sua imagem à do presidente Lula, na tentativa de virar o jogo eleitoral que segue apontando vitória de Souto no primeiro turno. Nestes últimos dias de propaganda, ele reprisou à exaustão cenas de um comício com Lula na Bahia, em que o presidente levanta seu braço e questiona a platéia: "Eu não acredito que o povo baiano que eu amo tanto não vai votar no companheiro Jaques Wagner para governador da Bahia".

Souto desrespeita legislação eleitoral

O relógio marca 00:56 do dia 29. O site da campanha do governador e candidato à reeleição, Paulo Souto (www.paulosouto25.com.br), ainda está no ar, desrespeitando a legislação eleitoral. Diz a resolução 22.261 do TSE, em seu artigo segundo, que:

"Será vedada, desde quarenta e oito horas antes até vinte e quatro horas depois da eleição, a veiculação de qualquer propaganda política na Internet ou mediante rádio ou televisão - incluídos, entre outros, as rádios comunitárias e os canais de televisão VHF, UHF e por assinatura, e, ainda, a realização de comícios ou reuniões públicas (Código Eleitoral, art. 240,parágrafo único)."


O site do petista Jaques Wagner (www.wagner13.com.br) já está fora do ar, assim como a de todos os candidatos a presidente.

A imagem da noite

Lula fugiu do debate e rendeu essa imagem. Assim como fez FHC, Lula cometeu um desrespeito ao eleitor.

Enquanto isso em São Bernardo...

Na hora que começava o debate na Globo, Lula discursava para uma multidão de oito mil pessoas em São Bernardo do Campo, em São Paulo. Nos estúdios da Globo, no Rio de Janeiro, ele apanhava mais que mala velha!

Faltaram propostas, sobraram farpas

Terminou o debate e a impressão que ficou foi apenas e tão somente uma: seja qual for o presidente brasileiro em janeiro de 2007, nenhum deles parece ter as propostas e soluções que o Brasil tanto precisa para sair da letargia, alcançar um nível de desenvolvimento e crescimento que a população tanto almeja!

Você vai mandar recado pro Lula?

Alckmin está encerrando a sua participação no debate. Diz que Lula mandou um recado ao eleitor: "não quero saber da sua opinião"... Conclamou o telespectador a mandar um recadinho pro Lula, mas nas urnas, "mude de presidente".

E aí?

Lula fez bem?

Este blog acredita que o Lula pouco perderá com o debate. Os candidatos não conseguem ir direto ao ponto. Heloísa Helena dilui responsabilidades ao atribuir a corrupção, a falta de estrutura brasileira e outros males aos governos FHC e Lula. O petista agradece!

Cristovam fatura

Até aqui quem mais fatura eleitoralmente é o Cristovam, o homem-gripado. Alckmin não consegue se sobressair. Heloísa se destaca pela metralhadora (o que rende poucos votos). Lula deve estar gostando do resultado. O eleitor? Deve pensar melhor seu voto.

28 setembro 2006

Ah, a gripe...

Algo faz mal ao candidato Cristóvam Buarque - e lhe afeta o juízo. Em vez de uma pergunta séria, quis saber de Heloísa Helena (enfermeira de profissão) qual seria o melhor remédio para a gripe que o deixou com voz nasalizada. Fala sério, senador!

No bloco, Alckmin demonstrou irritação com Heloísa. A senadora lembrou ao telespectador que ele, o "chuchu", é matriz do neoliberalismo (governo FHC). Mas o tucano saiu-se bem nas respostas. Entretanto, se continuar com seu estilo chuchu, não demora levar outra chapuletada da "pimentinha". A mulher não está prosa! Quer guerra!

Que metralhadora!!!

Neste segundo bloco, o momento mais hilário (é verdade que não seria para rir), foi quando a candidata Heloísa Helena dirigiu a sua pergunta ao "fujão" presidente Lula. Sinalizou com o polegar esquerdo a quem iria perguntar. Ele não estava lá. Apareceu a cadeira vazia. A platéia explodiu em riso, rendendo um "puxão" de orelha do apresentar logo a seguir. Heloísa conseguiu se destacar pela verborragia, Alckmin titubeou e Cristovam mais parece um pastor. Vamos ver no que vai dar!

"Pimenta" no chuchu

Heloísa Helena não pôde jantar Lula no debate que acontece agora na Globo. Em compensação, começa a degustar de um chuchu (Geraldo Alckmin) sem graça, tímido e que tremeu com a "metralhadora" da pimentinha. A força das palavras da mulher-valente fez o ex-governador paulista derrapar. Respondendo sobre desemprego, Alckmin começa a falar de impostos e, de repente, solta: "o açúcar tem 40% de esgoto". Queria dizer 40% de impostos sobre o valor final do produto. Cristovam Buarque é o melhor até aqui.

E agora?

Sem Lula no debate da Globo, qual será a estratégia dos candidatos presentes? Nos flashes mostrados há pouco, a pimentinha-verborrágica Heloísa Helena aparecia nervosa. Ela queria jantar lula!

Ficou nervoso por que "Estepaiz" fugiu do debate?


então, aproveita e espia só esta bela foto da mais comentada modelo brasileira no momento, a Daniela Cicarelli (ao tempo em que pedimos as mais sinceras desculpas às leitoras feministas!).

Segundo turno?


O quadro acima, traçado pelo PFL, sugere que Lula pode ter uma vitória apertadíssima (51,8%)ou... vai para o segundo turno. O que nos reserva o debate de logo mais? Faça sua aposta. Vote!

Padres "safadinhos"

"Um padre católico foi detido na Flórida por ter roubado oito milhões e meio de dólares de oferendas à igreja, informou a polícia nesta quinta-feira, acrescentando que outro sacerdote acusado no mesmo caso está foragido.

Ambos trabalharam durante 40 anos na mesma paróquia de Delray Beach (leste da Flórida) e foram roubando o dinheiro aos poucos, para gastar em viagens, cassinos, hotéis e restaurantes, segundo a polícia.

Um deles, John Skehan, 79 anos, roubou milhões de dólares das oferendas. "Ele também utilizou esse dinheiro para comprar diversos apartamentos", declarou Michael Driscoll, da polícia da Flórida, em entrevista coletiva. Skehan foi detido na noite de quarta-feira pela polícia de Delray Beach. Sua fiança foi fixada em 400.000 dólares.

Seu cúmplice, Francis Guinan, que o sucedeu na paróquia em 2003, "gastou o dinheiro das oferendas em viagens às Bahamas e em cassinos de Las Vegas", disse Driscoll.
Guinan está foragido, mas "sabemos onde ele estava na segunda-feira passada", afirmou Jeff Messer, porta-voz da polícia de Delray Beach.

A investigação começou há mais de um ano, quando as autoridades receberam uma carta anônima advertindo sobre as falcatruas dos padres, explicou Messer.

"Estamos tristes com o que aconteceu, o padre Skehan ficou conosco durante muito tempo", disse John Krolikowaski, administrador da paróquia. "Esperamos que os fiéis baseiem sua fé em Jesus e em Deus, e não nos homens", acrescentou." Agência AFP.

Não ir ao debate - uma estratégia arriscada


Lula ficou em uma sinuca de bico hoje, ao ter que decidir entre ir ou não ao debate da Globo. Comparecer significava enfrentar a metralhadora de uma Heloísa Helena. A ausência, por outro lado, implica submeter-se ao crivo do eleitor mais consciente e desejoso de ver uma discussão democrática entre postulantes ao cargo de presidente.

Lula optou pela ausência e a tênue segurança que ainda lhe garantem as pesquisas. Certamente pesou na escolha a circunstância de que a maior aprovação do presidente está no Nordeste pouco educado, esfomeado e mal-pago. Gente que costuma dormir depois da novela e que se acostumou à mesada curta, mas regiamente paga do Bolsa Família.

Nos últimos dias, a propaganda de Lula forçou a lembrança dos famintos. Mensagens que tentavam dizer que o barbudo no poder representa a garantia da continuidade dos programas assistencialistas. Uma apelação de embrulhar o estômago.

Pois esse mesmo Nordeste faminto pode trair os estrategistas da reeleição. Estudos e previsões indicam que a região onde Lula esbanja maioria é a mesma que ostenta os mais altos índices de abstenção, enquanto o sul/sudeste do País, onde a diferença entre o petista e o tucano é menor, tem historicamente maior presença de eleitores na hora "H".

Tal situação pode resultar em uma menor diferença entre Lula e a concorrência em 1º de outubro. E, talvez, levar a eleição ao segundo turno.

Faltam dois dias para sabermos se a escapadinha de Lula foi uma boa estratégia ou se não passa de mais uma sacada genial da "inteligência" petista.

Fujão!

O presidente Lula não vai ao debate da Globo, que começa em instantes. Você, leitor, o que acha da atitude do presidente?

Alckmin espanca Lula na região Sul, mas...

A pesquisa Ibope mostra recuperação dos votos do presidente Lula no Sudeste, goleada no Nordeste, vitória no centro-oeste. No sul do País, Alckmin chega a 48% dos votos e Lula cai para 30%. São o Nordeste e o Sudeste, veja só, que garantem (até aqui) a reeleição do presidente.

27 setembro 2006

Pesquisa deve levar Lula a debate na TV

KENNEDY ALENCAR
Colunista da Folha Online


A pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta (27/09) mostra que a dianteira do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação à soma dos adversários não se encontra mais dentro do intervalo que a própria campanha petista considerava seguro para garantir uma vitória no primeiro turno.

Em cinco dias, essa vantagem escorregou de 8 para 5 pontos percentuais. Os estrategistas do presidente avaliam que uma dianteira segura seria entre 8 e 10 pontos percentuais.

Ainda é possível uma vitória de Lula no primeiro turno. De acordo com o Datafolha, Lula teria hoje 53% dos votos válidos.

Em 1998, o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) se reelegeu com 53,06% dos votos válidos contra 31,71% de Lula, que perdia então sua terceira eleição presidencial. Ou seja, o percentual seria bem semelhante para um presidente candidato à reeleição.

A diferença é que Lula enfrenta uma conjuntura mais adversa às vésperas do pleito. Tem um dossiêgate a explicar.

Desde que o presidente reassumiu com folga a liderança nas pesquisas, nunca foi tão grande no Datafolha a chance de segundo turno na disputa presidencial. É óbvio que a tentativa de petistas de comprar um dossiê contra o PSDB causou dano considerável a Lula. Criou uma tremenda agenda negativa na pior hora. Até domingo, o dossiêgate poderá resultar num segundo turno.

Aos números da pesquisa: Lula obteve 49% de intenção de voto contra 33% de Geraldo Alckmin e 8% de Heloisa Helena. Somados os votos dos demais candidatos, Lula teria 49% contra 44% de todos os adversários. São esses 49% que equivalem a 53% dos votos válidos.

Se seguir o conselho dos principais auxiliares, o presidente deverá comparecer ao debate de amanhã na TV Globo para tentar segurar os seus eleitores e evitar uma sangria que inviabilize a vitória no primeiro turno. O presidente terá de suar se quiser vencer na primeira fase. Se não for, poderá perder alguns pontos fundamentais para liquidar a eleição no domingo.

Briga contraproducente


Não interessa à sociedade a discórdia entre o juiz Marcos Bandeira e o delegado Nélis Araújo, enquanto personagens importantes no combate à violência em Itabuna.

Ao representante do Poder Judiciário, cabe zelar pela aplicação do direito, evitando arbitrariedades que costumam ocorrer nas investigações criminais. É natural, nada demais, nenhum motivo para fazer cavalo de batalha.

Transformar uma situação, onde as duas partes se se complementam, uma moderando a atuação da outra, em uma crise de egos, é jogar contra a comunidade. E não falta quem deseje ver a polícia e o judiciário se engalfinhando, para que o crime volte a atuar com desenvoltura em Itabuna.

Também não cabe ao delegado reclamar publicamente, quando o juiz cumpre a sua função. Mais respeito entre as partes nesse processo é o mínimo que a sociedade deseja. O resto é coisa de bandido.

O moderador do debate estava com sono

William Waack parecia com sono. O debate deve tê-lo adormecido. Lembrou o mesmo William de 2002, quando errou o nome de Jaques Wagner. Confundiu com o nome de uma rua carioca...

Debate nas considerações finais...

Átila Brandão: Falou da recuperação de estradas, criação de vias intermodais, cuidado ao professor, dando-lhe moradia digna e sáude...

Paulo Souto: fala das realizações de governo, geração de empregos, obras realizadas e blá-blá-blá

Tereza Serra: está chorando neste momento. Vamos votar nela? Agora, está falando das pessoas que passam fome na Bahia.

Jaques Wagner: Convoca a militância, agradece os eleitores, fala de investimentos federais, pede o nosso voto, fala de sua amizade com Lula e blá-blá-blá.

Hílton Coelho: Ataca a cordialidade entre o governo federal e o estadual e usa a linguagem que caracteriza a esquerda radical. E blá-blá-blá.

No resumo, os dois candidatos que melhor souberam usar o tempo nas considerações finais foram os mais bem colocados na pesquisa: Paulo Souto e Jaques Wagner, este último apelando à militância para uma virada que, a julgar pelas pesquisas, está difícil de acontecer.

Zzzzzzzzzz.... o sono chegou forte

Os candidatos devem estar com sono... O debate fica cada vez mais sem graça. Estamos no quarto bloco. As melhores partes:

1 - Quando Jaques Wagner disse que Paulo Souto foi omisso em não ter feito nenhuma audiência com o presidente Lula em quase quatro anos de governo. "Muitos governadores da oposição tiveram audiência", assinalou. Souto se calou sobre o assunto.

2 - Quando Hílton disse que Jaques Wagner errou ao falar em "privatização" das estradas sem "onerar" o bolso do cidadão. "Ora, Wagner, se há pedágio, claro que vai onerar".

A parte mais engraçada foi o Átila Brandão dizer que quer ser governador para atender o baiano em "todas as suas carências"... Lá ele.

Debate chato...

Parecia que ia melhorar, mas o terceiro bloco foi chatinho, chatinho... Ameaçou esquentar quando os candidatos Átila Brandão e Hilton Coelho falaram sobre corrupção, mas os dois se perderam nos detalhes. Hilton até falou do escândalo de 92 milhões de reais da Bahiatursa, que não foi apurado pela Assembléia Legislativa. E pronto! Quanto à senha que permitiria aos deputados ter acesso as contas do governo estadual, ela somente estará liberada no próximo ano, apesar de Paulo Souto dizer o contrário.

26 setembro 2006

Debate tá melhorando

Depois do primeiro bloco morno, o telespectador pôde perceber a alta na temperatura nos estúdios da TV Bahia. Primeiro, o entrevero entre Jaques Wagner e Paulo Souto. Essa história da Bunge ainda tem pano para manga. Souto se incomodou com a pergunta de Wagner e, pela primeira vez, perdeu a dicção e a postação de voz que lhe são características. Não soube explicar porque a Bahia perdeu os 40 milhões de reais em investimentos da Bunge, no porto de Aratu.
Mais adiante, Átila deu show falando sobre a transposição do rio São Francisco. Diz ser contra e defende a revitalização. A pergunta foi feita pelo governador Paulo Souto, também contrário ao projeto do governo federal. Outra coisa interessante no bloco foi a discussão sobre privatizações. Tereza Serra foi longe e diz que o governo do estado defende apadrinhados nos processos de licitação, principalmente no que diz respeito às Parcerias Público-Privadas (PPPs). Esperemos o terceiro bloco.

Souto e Átila são os melhores do 1º bloco

os candidatos Paulo Souto e Átila Brandão foram os melhores do primeiro bloco por apresentarem com maior clareza as suas propostas. Até aqui foram discutidos assuntos como moradia (Wagner x Souto), Segurança Pública (Souto x Hílton), Saúde (Hílton x Tereza), Agricultura (Tereza x Átila) e Cultura (Átila x Wagner).

Começa debate na TV Bahia

Paulo Souto, Jaques Wagner, Tereza Serra, Hilton Coelho e Átila Brandão participam do debate na TV Bahia, agora. Antônio Balbino e Rosana Vedovato estão fora por acordo feito, anteriormente, com a emissora de televisão filiada à Globo. O debate será apresentado em cinco blocos, apresentado pelo jornalista William Waack.

Bomba: vídeo denuncia compra de votos no sul da Bahia

Farta documentação que circula nos meios políticos do sul da Bahia tem potencial devastador. Mostra imagens de um candidato a deputado estadual comprando votos abertamente, em plena luz do dia. Por enquanto, este blog não tem autorização para divulgar nem o nome nem o sobrenome do candidato. Apenas por enquanto...

Alckmin desconfia da pesquisa Sensus. De novo!

"O candidato do PSDB à presidência da República, Geraldo Alckmin, ironizou os resultados da pesquisa CNT/Sensus, logo após sua divulgação, nesta terça-feira, 26. A pesquisa aponta a vitória do presidente Lula no primeiro turno das eleições.

"Só falo de coisas sérias", disse Alckmin, quando questionado sobre a pesquisa. "A pesquisa é escandalosa", disse ele, que, indagado sobre por qual motivo não confia nos números do CNT/Sensus, afirmou que "anote os números e confira no domingo, aí você vai ter a resposta".

Alckmin voltou a atacar Lula e disse que "ele usa salto número 15 e nós usamos as sandálias da humildade". Ele disse também que não é possível que o presidente não soubesse das irregularidades cometidas por membros do PT ou seus assessores. "Fica com esta história de que foi traído. É que foi pego com a boca na botija".

Os números da pesquisa CNT/Sensus

Lula - 51,1%
Alckmin - 27,9%
H. Helena - 5,7%
C. Buarque - 1,4%

Espalhando "vassoura"

Uma fonte pefelista confirma a este blog algo captado por pesquisas para "consumo" interno: o ex-prefeito Geraldo Simões se fortaleceu politicamente com a tal história da disseminação da "vassoura-de-bruxa". O petista candidato a deputado federal encontra-se navegando em mar "quase" tranqüilo e, seja nas hostes petistas ou pefelistas, é dado como eleito.

Caso se confirme a eleição do petista acusado de disseminar a vassoura-de-bruxa no sul da Bahia, o pau vai comer na ala pefelista. os 'hômi' lá de cima estão de olho em duas figuras que "salvaram" Geraldo Simões. São elas Débora Borges (prefeita de Camacam) e Fernando Gomes (prefeito de Itabuna). Os pefelistas avaliam que os dois pecaram ao transformar o Levante do Cacau em ato político-eleitoral. O resultado é que o petista, que tinha tudo para sair totalmente chamuscado, virou o jogo e pode se consagrar nas urnas, tornando-se deputado federal pela segunda vez.

Lula tem 51% e Alckmin, 32%, diz Sensus

O blog do Noblat antecipa os números da pesquisa Sensus que serão divulgados, oficialmente, às 11 horas desta terça. Na carona e com os devidos créditos, postamos a nota abaixo.

"Sensus dá 10 pontos de vantagem para Lula
Lula tem 10 pontos percentuais de vantagem sobre a soma dos índices de intenção de voto dos seus adversários, segundo pesquisa do Instituto Sensus que será divulgada hoje. Em relação à anterior, aplicada entre 22 e 25 de agosto, ele passou de 51,4% para 51%. Alckmin cresceu de 19,6% para 32% e um quebradinho. Helô ficou onde estava - na casa dos 8%.

Na pesquisa diária do Instituto Vox Populi feita para consumo interno da campanha de Lula, a diferença entre ele e a soma dos índices dos demais candidatos oscila entre 10 e 12 pontos percentuais. O Vox fazia 500 entrevistas a domicílio até estourar o escândalo do dossiê contra políticos do PSDB. Aumentou a amostra para 1.000.

Quer dizer: até aqui, o estrago do escândalo na imagem de Lula não o impede de vencer no primeiro turno. A última pesquisa do Datafolha deu 8 pontos de frente para Lula. A do IBOPE, três pontos.

Não encontrei um só analista de pesquisa ligado ao PSDB e ao PFL que acredite na diferença de apenas três pontos. Falei ontem com quatro deles, pelo menos."

Cursos da Uesc entre os de pior desempenho no Enade

Os cursos de história e física da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) estão entre aqueles de pior desempenho - na Bahia - no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) de 2005. As provas deste ano estão marcadas para quando novembro chegar...

Acredite: Collor está de volta. E não está só.


Maurício Maron, de Maceió-AL

De punhos cerrados e repetindo a histórica frase “Não me deixem só”, elle está de volta. Sem Roseane, com cabelos pintados, casado outra vez e pai de gêmeas. O que efetivamente mudou foi a forma de se apresentar à população. Abriu mão das grandes produções televisivas que marcaram a sua candidatura à presidência da República. No nanico PRTB, Fernando Collor de Melo usa o seu (restrito) tempo do Guia Eleitoral com um jingle antigo, da época em que foi governador do estado e ganhou notoriedade política como “O Caçador de Marajás”. Para alguns analistas políticos de Alagoas, este “novo” estilo é a forma encontrada pelo candidato, reconhecidamente bom de marketing, para assumir o recomeço da sua carreira política.

Como “o tempo é senhor da razão”, dia primeiro ele pode se eleger senador pelo estado de Alagoas, ironicamente na vaga que será deixada por uma das suas maiores algozes: a senadora Heloísa Helena. Fernando Collor é um fenômeno eleitoral. Enquanto todos os seus adversários começaram a disputar a eleição há pelo menos seis meses, o “Senador do Povo” – slogan de campanha – ficou na moita e em silêncio. Esperou o desenrolar dos acordos políticos, deixou o Guia Eleitoral se iniciar em agosto e há apenas 15 dias, fez a sua primeira aparição na televisão. Daí, as ruas. Até então, o PRTB não tinha candidato e apresentava no Guia Eleitoral o número da sua legenda e Alagoas inteira tinha a convicção de que mais ninguém poderia interferir na eleição do ex-governador Ronaldo Lessa, que chegou a aparecer nas pesquisas com 63 por cento de intenção de voto.

Em duas semanas, Collor mudou o quadro eleitoral. Segundo o Instituto Gape, Collor já é o líder. Teria 44 por cento das intenções de voto, contra 28 do ex-governador Lessa que, além do adversário, luta contra um processo de inegibilidade, imposto por seus adversários. O fenômeno Collor aparece, segundo os analistas, por dois motivos: a popularidade junto ao eleitorado pobre de Alagoas e, sobretudo, pelo discurso que vem apregoando, em cima de um caminhão, desses modelos que transportam trabalhadores de cana-de-açucar. “Fui destituído do poder, por muitos desses que hoje estão aí, envolvidos em denúncias de corrupção. Saí da presidência, porque não paguei propina como estamos vendo todos os dias neste País”, diz o ex-presidente cassado. “Quero que vocês me dêem uma oportunidade de voltar. Chegar ao senado, olhar para estas pessoas e dizer, safados, vocês tentaram me tirar seus ladrões, mas eu estou de volta. Vou dar um pontapé na b.... deles em nome da minha honra”. Neste comício, só foi interrompido por gritos e palmas de eleitores apaixonados.

No palanque improvisado, dança, abre os braços, sorri incansavelmente, fecha as mãos, pega o microfone e canta com a massa que vive em um dos estados mais pobres do Brasil, a “minha (dele) gente”. No encontro com jornalistas, confirma o voto em Luís Inácio Lula da Silva, o metalúrgico que foi o seu maior “calo” enquanto esteve na presidência da República. O certo é que em toda Alagoas, Fernando Collor renasce das cinzas, alicerçado em um carisma inexplicável e no discurso cada vez mais convincente de que “caiu” do poder, anos atrás, vítima de muitos que ainda permanecem nele, em Brasília. Pode até dia 1º de outubro não ganhar nas urnas. Mas, decididamente, pelo que se pode ver nas ruas de Alagoas, Collor está de volta. E não está só.

TSE notifica Lula sobre investigação do dossiê antitucano

FOLHA ONLINE

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) notificou nesta segunda-feira o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT, sobre investigação da suposta compra de um dossiê contra os candidatos tucanos, Geraldo Alckmin (à Presidência), e José Serra (ao governo de São Paulo) por integrantes do PT.

Lula terá cinco dias de prazo, a partir de hoje, para apresentar sua defesa ao Tribunal.

Segundo o TSE, o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, integrante da campanha do presidente Gedimar Pereira Passos e o empreiteiro petista Valdebran Padilha --presos com R$ 1,7 milhão para suposta compra do dossiê-- e o ex-assessor da presidência da República Freud Godoy podem receber notificação até esta terça-feira.

Depois do prazo para defesa, estão previstos outros cinco dias para ouvir as testemunhas, até o máximo de seis por parte dos denunciados e dos denunciantes, e dois dias para alegações das partes envolvidas, inclusive o Ministério Público.

Após as alegações, o processo será encaminhado para um juiz-corregedor --que terá 48 dias para elaborar um relatório. Somente depois desse prazo, é que o processo poderá ser julgado em plenário pelo TSE.

O pedido de investigação contra o presidente foi encaminhado pela coligação PSDB/PFL. Se a representação for julgada válida, Lula pode ficar inelegível por três anos. A Justiça Eleitoral também pode determinar a cassação do registro da candidatura do presidente.

Caso o processo seja julgado procedente somente depois das eleições e Lula for reeleito, a Justiça Eleitoral pode pedir impugnação do mandato.

25 setembro 2006

Cotidiano


Na estrada Ilhéus - Itabuna, que se encontra em obras, virou coisa normal formarem-se filas quilométricas por conta da interdição temporária de trechos da pista. Situação que costuma deixar muita gente impaciente.

FHC e os demônios


Manchete do Uol: "FHC chama Lula de demônio e prega sua expulsão pelo voto". Bom, para expulsar o demônio é so recorrer ao "coroinha" Geraldo Alckmin.

Políticos sul-baianos desprezam a internet

Comício é coisa do passado. Sem os shows musicais, não consegue mais atrair público. As propagandas no rádio e na TV tornaram-se enfadonhas com as novas regras impostas pelo TSE. E o que os candidatos passaram a fazer? Cybercampanha! Bom, alguns candidatos. Se a internet virou aliada dos políticos em todo o mundo, inclusive no Brasil, no sul da Bahia os candidatos a desprezam - não acompanharam a evolução tecnológica.

Das mais de dezenas de concorrentes aos cargos de deputado federal e de deputado estadual, só três possuem site para promover a campanha: Geraldo Simões (www.geraldosimoes1330.com.br), João Rosas (www.joaorosas.com.br) e Marcos Gomes (www.marcosgomes11133.can.br). Os dois primeiros candidatos têm bons sites - funcionais e com ótimo visual. Mas o de Marcos Gomes não cumpre a função e apresenta visual agressivo, ruim. Seria essa a imagem do candidato? Cadê os marqueteiros?

A foto da discórdia

Funcionária de gabinete da prefeitura de Itabuna quase perde o emprego ao aparecer em coluna social ao lado da candidata a deputada estadual Luciana Reis. Informações que circularam nos corredores da prefeitura dão conta de que a cabeça da nobre senhora foi pedida pelo candidato a deputado estadual Marcos Gomes. O "nobre" candidato não gostou nadinha de ver a colaboradora do governo de "painho" nos braços da concorrência. A fotografia, clicada pela colunista social Maria Antonieta, circulou numa edição da semana passada do jornal Agora. As ameaças de cortar a cabeça da colaboradora de gabinete continuam. A propósito, a foto da discórdia é a postada acima. A senhorita ameaçada de perder a sinecura na viúva está à esquerda.

Logo à esquerda?!

Wagner perdeu votos

A julgar pelas opiniões de adversários do candidato a governador Jaques Wagner, o petista perdeu fôlego no intervalo entre a pesquisa divulgada há 15 dias e a de hoje. Por fôlego, entenda-se intenções de votos. Wagner, segundo um pefelista, estava em patamar mais alto, segundo medições para consumo interno dos pefelistas. Deu o azar de ter vinculado demais a sua imagem à de Lula e pertencer ao PT. Quando o caso do dossiê contra Serra apareceu na tela, o candidato a governador perdeu em intenções de votos junto com o presidente Lula.

Como a pesquisa divulgada hoje mostra o crescimento do petista, depreende-se que ele estaria em situação melhor se não fosse a trapalhada dos companheiros de partido em São Paulo.

João Durval levaria vaga para o Senado, com 29%

A pesquisa Ibope/Rede Bahia também ouviu o eleitor baiano sobre a disputa ao Senado. O ex-governador João Durval lidera com os 29% de duas semanas atrás, seguido por Antônio Imbassahy, 25%, e Rodolpho Tourinho, com 19%. Brancos e nulos são 5%. A disputa é apertada. Basta dizer que, a seis dias da eleição, o número de indecisos chega a 17%. É voto para mudar esse quadro pintado pelo Ibope.

Durval, apoiado pelo PT, teria força para garantir a liderança e conquistar mais votos indecisos? Imbassahy, contando apenas com a estrutura do PSDB, encontraria forças para o sprint final? E Rodolpho, teria gás para superar os dois fortes adversários e continuar mais tempo no Senado? É esperar para ver o abrir das urnas.

Wagner cresce cinco pontos, mas Souto venceria no 1º turno

A pesquisa Ibope divulgada agora à noite pela TV Bahia mostra o governador Paulo Souto a seis dias da reeleição. Isso porque, apesar de Wagner ter crescido mais cinco pontos, Souto está tranquilo e ruma para mais uma vitória. O petista tem, agora, 31%, e o pefelista caiu apenas dois pontos e está com 48%.

O terceiro é Átila Brandão, com 2%. Os demais candidatos somam 4%, juntos. O levantamento mostrou que brancos e nulos são 4% no momento e existem ainda 11% de indecisos. A pesquisa foi realizada entre os dias 22 e 24. Ouviu 1.512 eleitores. A margem de erro é de 3% ("para mais ou para menos").

24 setembro 2006

O Kibeloco não perdoa ninguém, nem o "Coroinha"...

Quer rir de graça? Acesse www.kibeloco.com.br

Trapalhadas do PT rendem piadas na internet

Os agentes da "burrice" petista tanto fizeram que viraram motivo de piada "a portuguesa" na internet. Confira as estórias.


1. Em Brasília, após um incêndio no comitê de campanha do PT, os bombeiros, verificando os destroços, encontraram um morto: Joaquim Berzoini. Estava na sala da equipe de arapongagem da campanha. Carbonizado, de cabeça para baixo, trazia o dedo indicador apontando para um dos cantos do ambiente. Do seu lado, um extintor de incêndio com a seguinte instrução: “Em caso de fogo, vire para baixo e aponte para a chama”.

2. Sabe quantos petistas são necessários para comprar um dossiê? Sete. Por que tantos? Cinco para montar a operação. E dois para guardar o dinheiro num quarto de hotel até a chegada da polícia.

3. O companheiro Manuel Gedimar matava o tempo debruçado na janela do quarto. “Companheiro Joaquim Valdebran! Estou a avistaire uma turma com colete da Polícia Federal que se encaminha diretamente para o nosso hotel!” “Não me diga, companheiro Manuel Gedimar! São amigos ou inimigos?” “Olha, companheiro Joaquim Valdebran, acho que são amigos. Vêm todos juntos...”

4. Manuel Lorenzetti e Joaquim Barjas estacionam o carro na garagem de um hotel paulista. Em missão sigilosa, tentariam empurrar um dossiê eleitoral para o repórter de uma revista. Ao travar a porta do veículo, Manuel Lorenzetti se deu conta de que esquecera de tirar a chave da ignição. Com um pedaço de arame, através do vão de uma das janelas, e com o auxílio de Joaquim Bargas, inicia a delicada operação. Joaquim Bargas esmera-se nas orientações: “Mais à direita, companheiro... Agora, um pouquinho mais para a frente... Falta pouco... Isso!” Manuel Loenzetti consegue, finalmente, abrir o carro. Joaquim Bargas exulta: “Ainda bem, eu já não agüentava mais de caloire aqui dentro!”

5. Depois de encontrar-se com um repórter de outra revista, Hamilton Joaquim Lacerda dirigia-se ao comitê de campanha do PT de São Paulo. O pneu do carro furou na frente de um hospício. Ele desceu e tirou as porcas da roda. Mas elas escorregaram para dentro de um bueiro. Hamilton Joaquim desesperou-se. Tinha reunião marcada com o candidato de seu partido. Um dos internos, que assistia à cena do lado de dentro das grades do manicômio, resolve aconselhar Hamilton Joaquim: “Tire uma porca de cada uma das outras três rodas para segurar a que ficou solta, até chegar a um posto”. Hamilton Joaquim espantou-se: “Fenomenal! Muito boa idéia. Obrigado. Olhe, eu nem sei por que tu estas aí dentro”. E o interno: “Eu estou aqui porque sou doido, não porque sou burro!”

6. Expedito Joaquim Veloso chega em casa, num final de tarde, e dá de cara com um mico em seu jardim. Ele fica todo atrapalhado, sem saber o que fazer com o bicho. Pede ajuda a um vizinho, que aconselha: “Olha, Expedito Joaquim, o melhor que você tem a fazer é levá-lo ao Jardim Zoológico. No dia seguinte, o vizinho encontra Expedito Joaquim passeando com o mico. Conduzia-o rua abaixo por uma cordinha amarrada ao pescoço. Surpreende-se: “Ô, Expedito Joaquim, aonde você vai com o bicho? Você não o levou ao Jardim Zoológico ontem?” “Levei, sim. E ele adorou. Hoje já viajei com ele até Cuiabá e agora estou a levá-lo ao Playcenter e, depois, à sede do meu partido”.

7. Manuel Lula da Silva preparava-se para saltar de pára-quedas. Recebe instruções: “Estamos a uma boa altitude. Seu equipamento foi todo checado. O sr. saltará por aquela porta. Ao puxar a primeira cordinha, no primeiro turno da descida, o pára-quedas se abrirá. Se isso não acontecer, o que é pouco provável, puxe a segunda cordinha, no segundo turno da queda. Lá embaixo haverá um jipe à sua espera, para levá-lo de volta ao Planalto”. Confiante, Manuel Lula salta. Puxa a primeira cordinha. E nada. Puxa a segunda. Nada. Ele começa a ficar preocupado: “Ai, Jesus! Agora só falta o jipe não estaire lá embaixo!”

Por que tudo pode acabar no 1º turno?

São visíveis o desgaste moral e a queda nos índices de intenções de voto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Há dez dias o País entrou em ebulição com a descoberta da dinheirama petista para pagar um dossiê tabajara que, supostamente, reservava 'traques' para os tucanos José Serra e o presidenciável Geraldo Alckmin. O petista caiu nas pesquisas. Uma delas, a última do Ibope, revela a proximidade de intenções de votos entre a soma dos adversários e o presidente Lula.

A pesquisa serviu de combustão para muitos especialistas apostar na realização de um segundo turno. O levantamento, realizado entre os dias 20 e 22, ouviu 2.002 eleitores. Apontou Lula com 47% dos votos, contra 33% de Geraldo Alckmin e 8% de Heloísa Helena. Somando-se o percentual de todos os adversários de Lula, a diferença caiu de 15 para três pontos percentuais no intervalo de um mês. 47% de Lula e 44% dos adversários, juntos.

Por que tudo pode acabar ainda no primeiro turno?

Basta fazer um comparativo entre a pesquisa Ibope e a do Datafolha. Esta última foi bem mais abrangente, ouviu 4.319 eleitores, mais que o dobro do Ibope - que também faz pesquisas para a Rede Globo e a campanha do presidenciável tucano Geraldo Alckmin. Historicamente, o levantamento de maior credibilidade é o Datafolha - por não fazer pesquisas encomendadas por partidos políticos. Nela, Lula aparece com 49% dos votos e a soma dos adversários bate na casa dos 40%, chegando-se a uma diferença, ainda, de sete pontos entre o presidente e os demais. Praticamente, Lula não perde em relação à pesquisa anterior - apenas um ponto. Alckmin sobe dois, mas tirando votos de Heloísa Helena.

Apesar da maior abrangência da pesquisa Datafolha, os comentaristas políticos preferiram comentar a do Ibope, feita num intervalo de tempo maior (três dias). Mesmo a pesquisa do instituto dos "Montenegros" revelar uma tendência, não se pode esquecer que a mais atualizada e que pegaria os efeitos da crise do Dossiêgate com maior intensidade seria a do Datafolha (feita toda ela na última sexta-feira, enquanto a do Ibope se diluiu entre a quarta e sexta). Resta saber o que leva comentaristas políticos experientes a levar em conta apenas a pesquisa Ibope em suas análises. Conduzem a coisa por um viês totalmente errado. O mais ético seria fazer uma comparação entre ambas e traduzi-la para o leitor-ouvinte-telespectador-eleitor. O contrário é estelionato jornalístico.

Lulinha conhece o "inferno"

As revistas Época e Veja tratam de Lula em suas capas deste final de semana. A Época ironiza o Lula que "nada sabe, nada viu". Abaixo, reproduzimos parte da matéria principal da revista das Organizações Globo falando sobre o dossiê que pegou os petistas "Tabajaras":

"De todas as crises do governo - e elas foram muitas -, nenhuma chegou tão perto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto a operação de fabricação e compra de um dossiê com denúncias contra o candidato favorito ao governo de São Paulo, José Serra, do PSDB. Dos sete petistas acusados de envolvimento direto ou indireto na operação, quatro são amigos há décadas do presidente. Ninguém contou para ele?

Dois dos acusados - o ex-assessor Freud Godoy e o diretor licenciado do Banco do Estado de Santa Catarina Jorge Lorenzetti - foram encarregados por Lula de cuidar das finanças dos filhos. Freud trabalhava no Palácio do Planalto como secretário particular de Lula e atuava nas campanhas do PT como segurança pessoal do presidente. Lorenzetti era o churrasqueiro predileto dos fins de semana do presidente na Granja do Torto. Ricardo Berzoini, presidente do PT, e Osvaldo Bargas, ex-secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho, foram companheiros de Lula na formação do Partido dos Trabalhadores e da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Em comum, todos eles têm também a fidelidade histórica ao presidente.

Em entrevista ao programa Bom Dia Brasil, da TV Globo, na quinta-feira passada, Lula condenou o comportamento de seus assessores. E referiu-se a eles como "os meninos", usando o tom carinhoso de um pai que repreende os filhos. É inevitável perguntar como foi possível que nenhum dos "meninos" tenha contado a Lula sobre a travessura que o grupo estava aprontando. "Não posso achar que o presidente do meu país seja tão ingênuo. É grave ser tão ingênuo", disse Fernando Henrique Cardoso, ocupante anterior da cadeira de Lula.

Eis a primeira questão que o escândalo do dossiê deixou no ar: qual será a influência dos acontecimentos na eleição presidencial? Apesar da proximidade do presidente com o escândalo, boa parte do eleitorado de Lula continua confiando nele. De acordo com uma pesquisa do Ibope divulgada na quinta-feira passada, o presidente teve uma queda de apenas 1 ponto porcentual na preferência do eleitorado. Geraldo Alckmin, do PSDB, subiu 1 ponto. A opinião mais freqüente era que a eleição se resolveria no primeiro turno. "Não vai dar tempo de o escândalo abalar a campanha de Lula", diz o cientista político Amaury de Souza, sócio-diretor da MCM Consultores Associados. "Esta é uma história muito complexa, e as pessoas têm dificuldade para entender o crime que foi cometido." De acordo com a análise do sociólogo Francisco de Oliveira, o episódio tende a impressionar mais a parcela da classe média hoje propensa a votar em Lula que o conjunto de eleitores de baixa renda e escolaridade. "Para a maior parte dos eleitores de Lula, o presidente aparece como vítima dos acontecimentos", diz Oliveira.

O voto desses eleitores pode ser descrito como um voto de "retribuição". Ele é uma espécie de "pagamento", em troca do que a população mais pobre recebeu por meio das políticas sociais de Lula. Durante seu governo, o salário mínimo teve um aumento real de 25%, descontada a inflação. Seu poder de compra subiu ainda mais, cerca de 60%, pois caiu o preço de vários produtos da cesta básica. O alcance s do programa Bolsa-Família triplicou desde outubro de 2003, e hoje há 11,1 milhões de famílias cadastradas. O governo ainda criou programas como o ProUni, que oferece bolsa a estudantes pobres para cursar faculdades particulares. De acordo com um estudo realizado pelo economista Marcelo Néri, da Fundação Getúlio Vargas, entre 2003 e 2005 a miséria recuou 19%.



Mas isso não significa que a blindagem do voto lulista entre os pobres não possa sofrer abalos. Na semana passada, a avaliação positiva do governo caiu de 49% para 43%. Na sexta-feira, pela primeira vez a pesquisa de rastreamento feita pela campanha de Lula apontou uma redução na diferença entre os dois candidatos. Lula afirmou, em reunião com prefeitos, que um eventual segundo turno "não seria nenhum desastre". Certamente contribuiu para essa queda o fato de, ao longo da semana, terem aparecido mais e mais indícios da proximidade entre os "meninos" e Lula. Segundo relato de petistas, Bargas, casado com Mônica Zerbinato, secretária pessoal de Lula, comandava no comitê de reeleição o núcleo de inteligência do PT - ou "núcleo da burrice", segundo disse o presidente Lula em conversas informais. Bargas liderava um serviço de informações do PT, formado ainda por Lorenzetti, pelo ex-diretor do Banco do Brasil Expedito Veloso e por Hamilton Lacerda, ex-coordenador de comunicação da campanha de Aloizio Mercadante para o governo de São Paulo. Todos são acusados de envolvimento na compra do dossiê."

Segundo turno à vista (2)

Abaixo, resumo da segunda pesquisa Datafolha após o Dossiêgate - a trapalhada monumental da cúpula de petistas envolvidos em coleta de supostas provas contra candidatos tucanos. O levantamento foi feito na sexta, 22, ouvindo 4.319 pessoas. Na postagem mais abaixo, trazemos também os números da pesquisa Ibope, feita entre os dias 20 e 22, com 2.002 eleitores.

"A segunda pesquisa realizada pelo Datafolha após o início da crise motivada pelo envolvimento de políticos do PT na compra de um dossiê contra peessedebistas mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição, continua liderando, com 49% das intenções de voto, mas oscilou um ponto para baixo em relação à pesquisa realizada no início da semana, nos dias 18 e 19, quando tinha 50%. Já o candidato tucano, Geraldo Alckmin, oscilou dois pontos para cima, passando de 29% para 31%. Esta é a terceira oscilação positiva consecutiva de Alckmin. No último mês, o candidato ganhou seis pontos percentuais (tinha 25% no levantamento de 21 e 22 de agosto). A vantagem do presidente, hoje, em relação aos demais candidatos, é de oitos pontos percentuais, e ele está 18 pontos à frente de seu principal adversário. Na pesquisa anterior, Lula tinha uma vantagem de 10 pontos sobre a soma dos adversários e de 21 pontos em relação ao segundo colocado. Apesar de ver sua vantagem se reduzir, Lula mantém chances de ser reeleito no primeiro turno, contando hoje com o equivalente a 55% dos votos válidos (excluídos votos em branco, nulos e eleitores indecisos).

Heloísa Helena (PSOL) oscilou de 9% para 7% das intenções de voto e Cristovam Buarque (PDT) se manteve com 2%. Ana Maria Rangel (PRP) conta com 1% das preferências, taxa que não chegava a atingir na pesquisa do início da semana. José Maria Eymael (PSDC), Luciano Bivar (PSL) e Rui Costa Pimenta (PCO) foram citados, mas não atingiram 1% das menções.

O Datafolha ouviu, nesta sexta-feira, 22 de setembro, faltando nove dias para a eleição, 4319 eleitores, a partir dos 16 anos de idade, em 210 municípios do país. A margem de erro máxima, para o total da amostra, é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
A intenção de voto em Lula fica ligeiramente abaixo da média nacional entre os eleitores que tomaram conhecimento da crise e acima da média entre os que não estão informados sobre o caso. Entre os que tomaram conhecimento da prisão de petistas que tinham dinheiro que seria utilizado na compra de um dossiê contra os tucanos, 46% votariam em Lula hoje (três pontos abaixo da média). Entre os que não ficaram sabendo da prisão, a intenção de voto no petista é de 58%, nove pontos acima da média. Entre os que tomaram conhecimento do envolvimento de Freud Godoy, assessor especial da Presidência que foi exonerado na segunda-feira, na negociação para a compra do dossiê, 44% declaram intenção de votar pela reeleição de Lula (cinco pontos abaixo da média). Entre os que não estão informados a respeito essa taxa é de 57% (oito pontos acima da média).

Geraldo Alckmin ganhou cinco pontos percentuais entre os eleitores que têm o ensino médio (passou de 31% para 36%), segmento no qual Lula perdeu três pontos (de 48% para 45%). Entre os que têm renda familiar mensal entre dois e cinco salários mínimos, Alckmin ganhou cinco pontos (de 32% para 37%), enquanto o petista perdeu mais três (de 47% para 44%). Entre os que têm renda familiar mensal acima de dez salários mínimos, Alckmin continua líder isolado, com 45% (tinha 42% na pesquisa anterior), deixando Lula em segundo lugar, com 29% (tinha 30%). A variação mais significativa, entre os eleitores com maior renda, se deu em relação a candidatos que não têm disputado a liderança. Heloísa Helena perdeu seis pontos, passando de 15% para 9%, e, pela primeira vez, ocorre empate entre ela e Cristovam Buarque, que passou de 5% para 9% das intenções de voto nesse estrato.

No Estado de São Paulo Alckmin subiu de 41% para 45% e Lula passou de 39% para 35% das intenções de voto.

Se fosse realizado um segundo turno entre Lula e Alckmin hoje, o petista venceria, com 54% dos votos. O tucano obteria 39%. Em relação à pesquisa do início da semana, a vantagem do petista oscilou de 17 para 15 pontos percentuais (ele vencia por 55% a 38%).
O percentual dos que dizem, espontaneamente, que vão votar em Lula para presidente, oscilou de 41% para 40%, e a dos que citam Geraldo Alckmin de maneira espontânea passou de 20% para 21%.

A taxa dos que afirmam que não votariam de jeito nenhum em Heloísa Helena, no primeiro turno da eleição para presidente, oscilou de 27% para 29%. Não votariam de forma alguma em Lula 30%, o que representa uma oscilação de dois pontos para cima. A taxa de rejeição a Geraldo Alckmin oscilou de 24% para 26%.

Rui Costa Pimenta e José Maria Eymael são rejeitados por 24% dos eleitores entrevistados, cada. Luciano Bivar obtém 23% e Ana Maria Rangel e Cristovam Buarque tem 22% de rejeição. Dizem que votariam em qualquer um dos candidatos a presidente 9% e não votariam em nenhum deles 3%.

O percentual dos que consideram o desempenho do presidente Lula no governo ótimo ou bom oscilou de 48% para 46%, e a dos que acham que ele vem tendo uma atuação regular se manteve em 34%. A taxa dos que acham que o petista vem fazendo um governo ruim ou péssimo se manteve em 18%. A reprovação ao presidente é de 24% entre os que tomaram conhecimento do envolvimento do ex-assessor Freud Godoy na negociação para a compra do dossiê e de 21% entre os que tomaram conhecimento da prisão dos petistas envolvidos no caso. A nota média atribuída ao presidente, em uma escala de zero a dez, é 6,4. Na pesquisa do início da semana ela era 6,5."

23 setembro 2006

Segundo turno à vista

FOLHA ONLINE

Diminui vantagem de Lula, mas petista ganha no 1º turno, diz Ibope


Pesquisa Ibope mostra que diminuiu a vantagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição, em relação aos adversários. Segundo o levantamento divulgado na edição de domingo do jornal O Estado de S. Paulo, que começou a chegar às bancas nesta tarde de sábado (23/9), Lula oscilou de 49% para 47% das intenções de voto, enquanto seu adversário Geraldo Alckmin (PSDB) subiu de 30% para 33%.

A soma de todos os candidatos é, agora, de 44%, três pontos percentuais a menos que a intenção de voto de Lula. Quando considerados apenas os votos válidos, Lula tem 52%, contra 48% dos adversários.

A candidata do PSOL, Heloísa Helena, oscilou negativamente um ponto em relação à pesquisa anterior. Heloísa tinha 9% e agora aparece com 8% das intenções de voto. O candidato Cristovam Buarque (PDT) manteve 2% dos votos. Ana Maria Rangel (PRP) pontuou com 1%.

Na simulação de um possível segundo turno, Lula ganharia com 50% dos votos contra 41% de Alckmin. Na pesquisa anterior, realizada entre os dias 18 e 20, Lula tinha 52%, e Alckmin, 37%.

O Ibope ouviu 2.002 eleitores entre os dias 20 e 22 de setembro em 141 municípios. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número 18.767/2006. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

22 setembro 2006

Candidatura de Marcos Gomes naufraga...

... e prefeito joga a toalha Os gastos excessivos de campanha teriam alcançado o teto e o pai-prefeito, Fernando Gomes, decidiu, como se diz, jogar a toalha. Os comentários são de que as despesas passam da casa dos R$ 600 mil. O pai ficou indignado e mandou fechar a torneira. Para amenizar o conta-gotas no caixa da campanha, o filho-candidato botou a "faca" no pescoço dos funcionários comissionados e contratados, sendo que cada um deverá contribuir com quantias entre R$ 50 e R$ 1.000, para dar fôlego à candidatura do homem.

Maria Alice e Marcone não cabem em si de contentamento.

Franklin Martins tá na rede

Quem gosta de informação exclusiva e apurada, uma dica deste blog é o site do jornalista Franklin Martins. Músicas que fizeram a cabeça do eleitor em pleitos passados, notícias do dia-a-dia dos candidatos, comentários e análises precisas podem ser conferidos no site www.franklinmartins.com.br (é só clicar na figura acima). Abaixo, um pouco de cultura e do que você pode encontrar por lá:

"Bahiano e Cadete foram as duas principais estrelas dos primeiros tempos da Casa Edison, a primeira gravadora de discos do Brasil. Geralmente cantavam separados, mas às vezes formavam uma dupla, como neste desafio. A música tem cerca de cem anos, mas a prática que ela satiriza existe até hoje: a troca do voto por favores.

O chefe político (o “coroné”) pede o voto ao eleitor e promete, em troca, dar emprego, terno e cavalo ao cidadão. Mas o sujeito, escolado, sabe que não se pode confiar em promessa de político nas vésperas da eleição. Quer garantias: “Hoje você me dá tudo/ Amanhã me mete o pé”. E termina sem prometer votar no candidato do “coroné”.
Em tempo: no jargão político, “cabalar votos” é o mesmo que tentar conquistá-los. “Ladino” é sinônimo de “esperto”. Nos tempos da escravidão, dizia-se que o negro que falava português era “ladino”; o que não falava era “boçal”.

“Desejo, prezado amigo,
Com grande satisfação
De ter o vosso votinho
Na próxima eleição

Não posso, meu coroné,
O (voto) de graça eu não dou
É breve lição do meu pai
Conselho do meu avô

Eu prometo meu amigo
De lhe dar colocação
Se vancê votar comigo
Ao menos nesta eleição

Tem algo (?) essa paciência,
Meu ladino coroné,
Meu voto eu dou de espontâneo
A quem quer que me faça o pé

Eu vos dou terno de roupa
Dou cavalo, dou terneiro
Em troca do vosso voto
Dou até mesmo dinheiro

Já tenho calo na sola
Meu ladino coroné,
Hoje você me dá tudo
Amanhã me mete o pé

Eu vos quero muito bem
Meu caro eleitor amigo
Não seja tão emperrado
Venha cá votar comigo

Vai armar pra quem quiser,
Coroné, sua arapuca
Eu cá sou macaco velho
Não meto a mão na cumbuca”

Ex-Ronaldinho, Cicarelli transa na praia e vai parar em outdoor

Aí, tá duro? Espia só o outdoor que um motel de Salvador jogou nas ruas para atrair o cliente... Com o perdão da palavra, um "puta" anúncio de oportunidade do motel Le Point advertindo os casais para a falta de privacidade. Que o diga a Daniela Cicarelli, pega em vídeo caliente transando em praia espanhola com o namoradinho. No Le Point, sai a R$ 19 duas horas de "amasso". Tá melhor do que no Carinhoso, né? Mas não tem a ex- de Ronaldinho no acompanhamento.

21 setembro 2006

As vaquinhas agradecem

-Pegaram o churrasqueiro do presidente Lula. E nós fisgamos esta montagem na rede. Impagável!

Tucanos (e a mídia) fazem churrasco de "patinhos"

"Petistas caíram feito patinhos em armação de Serra, diz Ciro Gomes
O ex-ministro também acusou "a política provinciana de São Paulo" de mais uma vez tumultuar o País
Carmen Pompeu
FORTALEZA - O ex-ministro da Integração Nacional e atual candidato a deputado federal pelo PSB, Ciro Gomes, classificou de "armação tucana", na qual "petistas caíram feito patinhos", o escândalo da compra de dossiê contra o candidato ao governo de São Paulo, José Serra (PSDB). "Trata-se de uma grande armação ao estilo José Serra e os petistas caíram feito patinhos em uma armadilha montada pelos tucanos", disse Ciro Gomes. Ele também acusou "a política provinciana de São Paulo" de mais uma vez tumultuar o País.

Para Ciro Gomes, os petistas acusados de negociar a compra do dossiê são "aprendizes de mafiosos". Ele se mostrou preocupado com a possibilidade de o escândalo vir a abalar a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas ponderou afirmando que a população brasileira saberá discernir quem estaria interessado nessas denúncias. "Não é o Lula, que está em primeiro nas pesquisas, mas sim quem está embaixo", provocou o ex-ministro de Lula.

Ciro concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira na sede de seu comitê de campanha em Fortaleza. Ele se defendeu de acusações feitas contra ele pelo candidato ao governo do Ceará, Zé Maria Melo (PL). De acordo com candidato, Ciro, quando ministro, teria privilegiado Sobral, a 233 quilômetros de Fortaleza, no repasse de verbas. A cidade na época era administrada pelo irmão de Ciro, Cid Gomes, que disputa o governo cearense pelo PSB com o apoio de Lula. Segundo Ciro, Zé Maria fez falsas acusações com "manipulação grosseira de documentos"."

Estadão (21/09)

Prédio da ACI há 6 meses sem água

Condôminos inadimplentes são apontados como os responsáveis pela situação de descalabro em que se encontra o edifício União Comercial, que abriga a quase centenária Associação Comercial de Itabuna.

O prédio de dez andares e cerca de 50 salas está, simplesmente, há seis meses sem abastecimento de água. E de acordo com o síndico, a razão é que alguns dos ocupantes se rejeitam a pagar a taxa de condomínio.

O problema é tão grave, que os consultórios médicos e odontológicos se retiraram do prédio. Afinal de contas, não dava para atender os pacientes sem água. Profissionais de outras áreas continuam, apesar do desconforto. Diariamente são registrados casos de pessoas que descem às pressas, pelo elevador ou de escada mesmo, suando frio, à procura do banheiro de um vizinho compreensivo.

Francamente, a velha ACI merece casa menos insalubre.

Lula vai a 51 e Alckmin a 27%, diz Vox Populi

Abaixo, resultado da pesquisa Carta Capital-TV Bandeirantes/Vox Populi

O dossiê e o voto

Nova pesquisa CartaCapital/Vox Populi indica que o escândalo do dossiê Serra não afetou uma possível vitória do presidente Lula ainda no primeiro turno.
Por Redação CartaCapital

Lula apanha, apanha – e cresce. A nova pesquisa Vox Populi/Carta Capital, em parceria com a TV Bandeirantes, já pôde avaliar o efeito da crise do dossiê Alckmin-Serra (aquele que relaciona os candidatos do PSDB ao escândalo dos sanguessugas) na reeleição do presidente da República. A conclusão é: o efeito é nenhum. E a eleição deve mesmo ser decidida em favor de Lula já no primeiro turno.

Lula oscilou de 50% para 51%. Geraldo Alckmin cresceu de 25% para 27%. Nos dois casos, as mudanças estão dentro da margem de erro, que é de 2,2%. Dois mil eleitores foram ouvidos, em todo o Brasil, do sábado, 16, à terça-feira, 19, período em que a imprensa já bombardeava o PT pela desastrada tentativa de divulgar o dossiê.

Houve pequenas mudanças na intenção de votos dos outros candidatos. Heloísa Helena, do PSOL, caiu de 9% para 6%. Christovam Buarque, do PDT, tinha 2% duas semanas atrás e agora tem 1%. Os demais não aparecem.

Desde maio, vem crise, vai crise, a candidatura Lula navega num mar de estabilidade. O presidente tem 46% de intenção de voto na pesquisa espontânea (Alckmin fica com 23%). O Instituto Vox Populi sugere que Lula vence, a menos que venha por aí um tsunami (e a crise do dossiê das ambulâncias, aos olhos do eleitorado, não parece ser um). O estardalhaço da mídia e as demissões próximas do presidente não comoveram o eleitorado, a pouco mais de uma semana do voto.

Em sua análise, o sociólogo Marcos Coimbra, diretor do Vox Populi, aponta as razões da resistência eleitoral de Lula. E desmonta cinco teses que, segundo ele, são ditados pela má fé, pela desinformação e pelo preconceito. A de que o eleitor de Lula é “burro”; ou “cínico”; ou “manipulado”; ou “nordestino”; ou “miserável”. Leia mais na edição impressa de Carta Capital.

Filho do prefeito usa e abusa da máquina

A Justiça é cega, mas bem que o Ministério Público poderia enxergar a forma deslavada como o filho do prefeito de Itabuna utiliza a estrutura do poder público municipal em benefício de sua candidatura. É um verdadeiro acinte.

Como não pode explorar as ações do governo em seu benefício, até mesmo porque não existem ações, Markson Monteiro exerce pressão forte para que os funcionários, principalmente os ocupantes de cargos comissionados ou vinculados à prefeitura mediante contrato, lhe garantam os votos.

Mas não é só isso. Os comissionados e contratados a título precário estão sendo requisitados para atuar como fiscais do partido de Markson, no dia 1º de outubro. Uma cooptação imoral e ilegal, pois os salários de fiscais e cabos eleitorais do filho do prefeito são pagos pelo cidadão itabunense.

Sem oxigênio e daqui a pouco sem água

Depois de asfixiar a Santa Casa de Itabuna, a Prefeitura agora ameaça cortar a água dos hospitais Calixto Midlej e Manoel Novaes. Isto por conta de uma alegada dívida de R$ 2 milhões com a Emasa.

Curioso é que, ao mesmo tempo em que atrasa os repasses do SUS, o governo quer executar o débito com a Emasa. Prova de uma absoluta falta de tato político para lidar com o problema.

O preço da briga deverá ser pago com vidas humanas. Será que alguém se importa?

Dia da Cachaça


Não me convidem para nenhum compromisso no próximo dia 27. Já agendei participação especial no evento que vai discutir a importância da cachaça, organizado pela empresa Microlins.

Alô patrôa, vou chegar mais tarde no dia de Cosme!

Nova repórter na área

A competente Neandra Pina está se revelando como repórter policial do Jornal A Região. Tem emplacado furos fantásticos e deixado a concorrência na poeira.

Neandra é a mesma que edita, há cerca de dez anos, o Jornal de Bar.

Genealogia

Wesley Andrade dos Santos, que aparece no noticiário como suposto mandante do assassinato de Zenildo Lacerda, é filho do falecido médico itabunense José Edithes dos Santos. O Doutor Zito, como era conhecido, chegou a ser candidato a prefeito de Itabuna em 1988.

Há muito o crime na cidade de Itabuna ultrapassou as fronteiras da periferia.

Rede

Uma intricada teia de relações entre bandidos e poderosos se revela no caso da quadrilha de falsos corretores de veículos, que vinha atuando à vontade em Itabuna até começar a se auto-destruir e ter alguns membros grampeados pela equipe do delegado Nélis Araújo.

Fala-se que o grupo tem a cobertura de gente forte da política, motivo pelo qual já haveria mal-assombrados operando para a transferência do delegado. É só esperar para ver se a batalha será vencida pela Força da Reação ou pela reação à força.

20 setembro 2006

Fernando tá "falando" bonito

O prefeito itabunense fez fama pelos "erros do seu português ruim". Fernando Gomes até ganhou um apelido, dentre muitos que a oposição e o eleitor enganado lhe colocou. Cuma foi um deles. Os outros, embora 'justos', são impublicáveis. Eis que a sua assessoria solta nota em que o prefeito se mostra homem de palavreado bonito. Condenou o "fechamento intempestivo e deselegante do pronto-socorro do Calixto Midlej”. Ficamos aqui a imaginar o prefeito pronunciando as palavras intempestivo e deselegante. Diz ele: "Neste país só não falta mesmo dinheiro para os ladrões dos cofres públicos". Nunca falou com tanta propriedade.

Fernando Gomes deixa hospitais à míngua


É muito mais que um bate-boca ou briga política o entrevero da Santa Casa de Misericórdia com a Prefeitura de Itabuna. Como tantas outras entidades filantrópicas que atuam na área de saúde, a SCMI sempre enfrentou dificuldades. Nunca, porém, da forma como acontece neste governo.

E enquanto o secretário de Saúde da Prefeitura, o contador Jesuíno Oliveira, provavelmente atendendo às ordens do chefe, diz que o problema da Santa Casa é má-gestão, o provedor Érick Etinger fala em português claro qual o motivo da asfixia dos hospitais que atendem pelo SUS em Itabuna.

Etinger deu entrevistas ontem e hoje, primeiro na TV Santa Cruz e depois no Jornal das Sete, da rádio Morena FM. Lamentou a postura do secretário de Saúde e apresentou um quadro que, observando-se o que determina a Constituição, deveria provocar uma intervenção em Itabuna.

O dado mais estarrecedor é que a Prefeitura tem atrasado, sistematicamente, os repasses para pagar os serviços custeados pelo SUS. E se o dinheiro já é minguado, quando chega a conta-gotas é como querer irrigar o semi-árido a base de espirro. Mas é isso que está acontecendo com os hospitais de Itabuna.

De acordo com o provedor da Santa Casa, a instituição recebeu esta semana, da Prefeitura, o pagamento pelos serviços prestados em julho, com dois meses de atraso. O estranho nessa história é que os procedimentos realizados em um mês devem ser pagos pelo menos até o quinto dia útil do mês seguinte. E o dinheiro do Governo Federal cai religiosamente nos cofres da Prefeitura, só não se sabe que caminhos atravessa a partir daí para demorar tanto até chegar ao seu devido destino.

Enquanto isso, pronto-socorros fecham. O primeiro foi o do Hospital Calixto Midlej, e o Manoel Novaes anuncia que o seu oxigênio só dura até 11 de outubro. É a saúde de Itabuna com sua morte anunciada.

Acusado de matar Leal, Marcone abre lanchonete

Um dos principais acusados de matar o jornalista Manoel Leal, Marcone Sarmento virou microempresário. Abriu uma lanchonete em frente ao presídio Ariston Cardoso, em Ilhéus. Quem nos conta é uma fonte fidedigna com experiência jornalística e andanças pela terra de Gabriela. Ex-ajudante de ordens do prefeito Fernando Gomes e amigo íntimo de Maria Alice Pereira, Marcone escolheu nome incomum para o ramo de lanchonete e mercearia: Tocha de Fogo.

Os maiores clientes do novo negócio do amigo de Maria Alice são familiares de detentos do Ariston Cardoso. Dito evangélico, beneficiou-se de decisão discutível da Justiça, que garantiu-lhe liberdade condicional. Marcone estava preso (condenado) por assassinato (mas não o do jornalista Manoel Leal, executado em 1998).

Sobre a morte de Leal, leia post abaixo

Anatomia de um crime (assassinato de Leal)

"A noite de 14 de agosto de 1998 prometia ser especial para o jornalista Manoel Leal. Aguardava-o em Ilhéus um jantar com o amigo de décadas, o escritor e jornalista Hélio Pólvora.
O cardápio, além da boa comida e do vinho que Leal apreciava com moderação, incluía os preparativos de um passeio de barco entre o Banco da Vitória e a foz do rio Cachoeira, revivendo a trajetória de um nobre alemão do século XIX.
Movido a paixões momentâneas que adotava como a vocação definitiva, Manoel Leal estava encantado com o passeio que ocorreria no domingo seguinte. Até reservara um barco no qual reuniria amigos itabunenses.
Nas edições anteriores, o jornal A Região estampava com destaque a programação do passeio, sua importância histórica, o potencial turístico do rio Cachoeira e, óbvio, o apoio do prefeito Jabes Ribeiro ao projeto.
Mas as edições anteriores de A Região não traziam apenas amenidades turísticas. Pelo contrário, novembro e dezembro haviam sido meses em que o jornal vinha elevando o tom em suas denuncias contra o então prefeito Fernando Gomes.
Em novembro, lançou uma bomba de nêutron que pulverizou a carreira do delegado Gilson Prata, à época uma das mais cintilantes estrelas da polícia baiana, nome cotadíssimo para assumir a Secretaria de Segurança Pública da Bahia.
Prata, a pedido de Fernando Gomes, vinha promovendo uma autêntica caça às bruxas contra pessoas então ligadas ao ex-prefeito Geraldo Simões. A investigação de uma suposta fraude no recolhimento do IPTU incluiu invasão de domícilio, depoimentos sob coação e prisões notadamente arbitrárias.
Mesmo tendo à sua disposição a estrutura do Complexo Policial de Itabuna, Gilson Prata preferiu instalar seu QG no gabinete do ex-vice-prefeito José Orleans, na sede da prefeitura.
Em novembro, após uma consulta feita pelos vereadores Emanuel Acilino e Everaldo Anunciação ao Tribunal de Contas dos Municípios, A Região estampou em manchete que o delegado Gilson Prata havia recebido dinheiro da Prefeitura de Itabuna, a título de pagamento de diárias. Além de Prata, também recebeu dinheiro o policial Mozart da Costa Brasil.
A notícia, confirmada por documentos, não apenas dinamitou a carreira de Prata como implodiu as investigações sobre o IPTU, deixando evidente tratar-se de perseguição política.
Uma entrevista titubeante do delegado (mais uma vez na prefeitura) ao lado de um constrangido e ao mesmo tempo irado Fernando Gomes para explicar o inexplicável, coroou a denúncia que alguns apontaram como bombástica e outros como temerária.
"Vocês são loucos. Brigar com um delegado poderoso desses!" foi uma das frases que se ouviu. E brigar com um delegado poderoso depois de passar um ano brigando com Fernando Gomes e a sua poderosa escudeira Maria Alice.
"Juntou a vontade de fazer com a coragem de fazer", foi uma das frases que se sussurrou. O Espírito de Natal perdeu de goleada para o espírito sarcástico de Manuel Leal.
Na edição especial de fim de ano, contrariando a lógica das matérias água com açucar, A Região trouxe nas páginas centrais uma série de charges mostrando a generosidade de um hipotético Papai Noel que, em 12 meses, transformou um Fernando Gomes endividado num homem dono de imóveis, carros, fazendas, centenas de cabeças de gado de raça.
O tal Espírito de Natal também perdeu de goleada para aqueles que acharam que o único jeito de calar Manuel Leal era calar no sentido literal. Na virada daquele ano difícil para as finanças do jornal, Leal ainda foi capaz de produzir um de seus muitos gracejos. Diante de um empresário que não queria publicidade sobre a bem fornida cesta de Natal de seus funcionários, apesar da insistência de Leal em publicar a entrega das cestas no jornal, o jornalista fez blague:
"E eu que nem posso dar um franguinho mirrado para os meus meninos".
Mentirota. O peru daquele ano, bem como o inevitável panetone, foi religiosamente entregue de casa em casa pelo próprio Manuel Leal. Seriam os últimos perus e panetones daquele que seria o último Natal de Manoel Leal.
"Passa essa bola, filho da puta..."
"Caralho, eu jogo meu jogo. Vá se foder..."
"Vá se foder você. Pega uma bola e joga sozinho..."
Apesar da semi-escuridão daquela noite abafada de verão, meninos jogavam bola e trocavam as costumeiras gentilezas entre si num campinho de terra batida. Nesse mesmo momento, uma funcionária responsável pela emissão de carteiras de identidade no Complexo Policial subia as escadarias ao lado do muro da Escola Roberto Santos. A cena se completa: Manoel Leal desceu de seu carro, uma Paraty, para abrir o portão de sua casa, localizada entre o Complexo Policial e o Batalhão da Policia Militar.
Um ato rotineiro, sem qualquer preocupação com a segurança, , como se Manoel Leal não fosse um homem visado, ameaçado. De repente, um tiro, dois tiros, três tiros, quatro tiros, cinco tiros interrompem o jogo de futebol e fazem com que a funcionária recue escadaria abaixo. Ainda deu tempo de ver nitidamente o assassino dar o primeiro tiro. O único dado pela frente. Os demais foram pelas costas.
Tá lá um corpo estendido no chão.
Naquela noite não haveria jantar em Ilhéus.
Diz a lenda que houve fartura de uísque numa residência de gente importante.
No domingo seguinte, um barco vazio, aquele que deveria levar Manuel Leal e seus amigos, percorreu o trajeto entre o Banco da Vitória e a Baia do Pontal.
Simbolicamente, Manuel Leal fazia a sua última viagem.
Parecia o fim, mas era apenas o começo de uma história que ainda não terminou e que fez do jornalista, com seus incontáveis defeitos e inúmeras virtudes, uma bandeira da luta contra a impunidade."

18 setembro 2006

Nem Freud

Essa nem Freud (Godoy) explica...

A comida continua ruim na Casa de Dete

Todos sabem uma das coisas mais difíceis de encarar na cadeia é a comida. E uma fuga registrada no último sábado, na Casa de Detenção de Itabuna, comprova isso. De acordo com uma fonte policial, três bandidos escaparam porque "eram muito magros". Ou seja, estavam empurrando a tigela da gorogoba.

Vejam a nota do jornal A REGIÃO:

Presos fogem da correcional de Itabuna

Nesta sábado, por volta das 14 horas, três indivíduos fugiram da correcional de Itabuna durante o banho de sol e estão sendo caçados pela polícia.

Clebson Cardoso da Silva, Rosinaldo Soares da Silva, o "Nenzinho" e René Andrade Dias, este preso em Itapé e custodiado em Itabuna, fugiram porque eram muito magros.

Segundo um policial, "é provável que tenham fugido através da grade da área do banho de sol, que possibilita que pessoas muito magras consigam passar, mas é preciso habilidade e coragem".

Na cela dos fugitivos existiam nove presos, todos com peso e envergadura superior ao deles, o que corrobora a teoria do policial. É possível que tenham usado sabonete para facilitar a passagem.



Essa do sabonete é também de uma criatividade impressionante. Há quem prefira vaselina...

Quanto vale o cargo?

Na prefeitura de uma grande cidade do sul da Bahia, vaca leiteira de gordas tetas, o candidato a deputado, filho do prefeito, usa e abusa da máquina.

A última do rapaz: pediu, educadamente, que todos os ocupantes de cargos comissionados doem parte dos salários para a sua campanha. O valor da "doação", que muitos preferem chamar de confisco, é proporcional ao nível do cargo.

Varia de R$ 50,00 para a ratataia, até R$ 1.000 para a turma do primeiro escalão.

17 setembro 2006

A raspadinha da Juliana Paes


Quer ver a foto da Juliana Paes sem calcinha... E SEM TARJA????? É só clicar no link http://judao.com.br/?http://judao.com.br/8/texticulo.php?action=ler&id=4863.