31 outubro 2006

Para onde vai Ubaldo?

Crente na vitória de Geraldo Alckmin, o tucano itabunense Ubaldo Dantas - aquele que se porta como estranho em qualquer ninho - disse durante a campanha que o seu primeiro ato após a vitória do PSDB seria expulsar o superintendente da Ceplac, Geraldo Landim, a pontapés.

Ubaldo tem motivos para guardar uma raiva mortal de Landim. Este, quando ocupou a Secretaria de Finanças da Prefeitura de Itabuna, fez a maldade de botar um freio nos périplos de Babau, então vice-prefeito. O homem, como todos sabem, é chegado a ficar mais no ar do que na terra, adora dizer que conhece lugares como Londres e Paris. Em resumo, é capaz de ter mais horas de vôo do que Lula e FHC juntos.

Pois Landim acabou mexendo em um vespeiro quando contingenciou a verba para as diárias de Babau, que desde então incluiu o hoje superintendente da Ceplac em sua lista de desafetos. É claro que quase não cabia mais ninguém, mas ele arranjou um espaço junto à contracapa de um caderno de mil páginas.

O fato é que enquanto Landim pode comemorar a vitória de Lula, Ubaldo tem que arrastar o peso de ter contribuído para a derrota de Antônio Imbassahy na disputa por uma vaga no Senado. Resta-lhe o consolo de voltar para sua sinecura no Palácio Tomé de Souza, onde ocupa uma assessoria. Pelo menos é isso que aparece no Setor de Recursos Humanos.

Em tempo: Além de ameaçar dar pontapés nos desafetos, uma postura bem carlista, Ubaldo também é chegado a querer fazer jornalistas engolir jornais. Já tentou aplicar esse castigo no colunista político Marco Wense, que quase comeu um Diário do Sul inteiro, sem direito a sal ou pimenta. Pedimos mais calma a Babau, pois política não se faz na base da porrada e quem não quer ser criticado que fique em casa ou vá viajar... De preferência, com o próprio dinheiro.

Já pensou se fosse assim?


Como todos sabem, o prefeito Fernando Gomes fez a tresloucada promessa de vestir saia, caso Lula vencesse Geraldo Alckmin em Itabuna. Machão como ele só, dado a usar uns casacões de couro e uns cintos de peão de rodeio, Fernando de saia seria algo como Julina Paes vestida de Tonhão. Ou seja, uma aberração da natureza... Se bem que preferimos Juliana toda suja de lama a Fernando forrado de ouro.

Sim, mas voltando ao assunto que interessa... Como Fernando não vai mesmo cumprir a promessa de ostentar aquela saia rodada a la Clara Nunes, nós fizemos um favor ao alcaide. Vamos poupá-lo de passar essa vergonha e mostrar o machão em um biquini decotadéééérrimo, o que somente será visto pelos cinco leitores e meio deste blog. Nada que provoque rubores em Sua Excelência.

Aí está Fernando, turbinadaço, como nunca se viu antes... A prova viva de que quem fala o que quer veste o que não quer.

30 outubro 2006

Uma sugestão de capa

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Adesivos recomendam "bom descanso" a ACM

A capa dos sonhos da Veja

Votação para presidente nas dez maiores cidades da BA

10 maiores colegiados baianos

Alagoinhas
Lula 50.404 (74,11%)
Alckmin 17.613 (25,89%)

Barreiras
Lula 44.338 (77,90%)
Alckmin 12.582 (22,10%)

Camaçari
Lula 75.210 (83,09)
Alckmin 15.305 (16,91%)

Feira de Santana
Lula 202.515 (77,77%)
Alckmin 57.896 (22,23%)

Ilhéus
Lula 68.434 (78,09%)
Alckmin 19.198 (21,91%)

Itabuna
Lula 60.552 (57,05%)
Alckmin 45.594 (42,95%)

Jequié
Lula 61.304 (83,21%)
Alckmin 12.371 (16,79%)

Juazeiro
Lula 63.824 (73,12%)
Alckmin 23.466 (26,88%)

---------
Salvador
Lula 1.109.289 (84,77%)
Alckmin 199.347 (15,23%)
---------

Vitória da Conquista
Lula 77.596 (56,74%)
Alckmin 59.171 (43,26%)

VEJA ESSA!!!

Lula ganhou no Sul da Bahia - e de lavada!

Votação para presidente

-----------
Itabuna:
Lula 60.552 (57,05%)
Alckmin 45.594 (42,95%)


Ilhéus:
Lula 68.434 (78,09%)
Alckmin 19.198 (21,91%)

-----------

Almadina:
Lula 2.178 (70.26%)
Alckmin 922 (29,74%)

Arataca:
Lula 2.842 (71,62%)
Alckmin 1.126 (28,38%)

Aurelino Leal:
Lula 5.519 (87,97%)
Alckmin 755 (12,03%)

Barro Preto:
Lula 2.893 (78,23%)
Alckmin 805 (21,77%)

Buerarema:
Lula 5.949 (63,86%)
Alckmin 3.367 (36,14%)

Camacan:
Lula 9.871 (72,53%)
Alckmin 3.738 (27,47%)

Camamu:
Lula 9.535 (73,46%)
Alckmin 3.445 (26,54%)

Canavieiras:
Lula 12.854 (79,40%)
Alckmin 3.334 (21,60%)

Coaraci:
Lula 8.964 (74,82%)
Alckmin 3.016 (25,18%)

Floresta Azul:
Lula 4.278 (73,57%)
Alckmin 1.537 (26,43%)

Gandu:
Lula 8.414 (62,16%)
Alckmin 5.123 (37,84%)

Gongogi:
Lula 2.766 (78,22%)
Alckmin 770 (22,78%)

Ibicaraí:
Lula 9.365 (73,26%)
Alckmin 3.418 (26,74%)

Ibirapitanga:
Lula 7.213 (78,67)
Alckmin 1.956 (21,33%)

Ipiaú:
Lula 16.855 (79,08%)
Alckmin 4.458 (20,92%)

Itacaré:
Lula 6.038 (83,15%)
Alckmin (16,85%)

Itaju do Colônia:
Lula 2.680 (80,19%)
Alckmin 662 (19,81%)

Itajuípe:
Lula 6.815 (66,81%)
Alckmin 3.386 (33,19%)

Itapé:
Lula 3.844 (73,21%)
Alckmin 1.407 (26,79%)

Itapitanga:
Lula 3.508 (82,99%)
Alckmin 719 (17,01%)

Jussari:
Lula 2.570 (77,60%)
Alckmin 742 (22,40%)

Mascote:
Lula 3.813 (72,56%)
Alckmin 1.442 (27,44%)

Santa Luzia:
Lula 3.750 (70,12%)
Alckmin 1.598 (29,88%)

Una:
Lula 7.643 (72,15%)
Alckmin 2.950 (27,85%)

Uruçuca:
Lula 7.718 (71,70%)
Alckmin (28,30%)

Análise de César Maia sobre o processo de democratização

"BRASIL: UM LONGO CICLO DE 30 ANOS QUE SE ENCERRA !"

"1. O Brasil viveu o mais longo ciclo, no mundo todo, em seu processo de democratização, dos anos 70 em diante. Foi um processo desenhado pelas forças políticas de dentro do regime autoritário. Este ciclo começa em 1974 com a liberação da TV para a oposição no senado; é seguido com a retirada da censura de dentro dos jornais em 1975; é ajustado com os senadores biônicos em 1976; é definido com a emenda constitucional numero 11 que descreve as etapas a seguir ; é afirmado com a lei de anistia de 1979; aprofunda-se com as eleições abertas para governador em 1982, mitigada com as chapas vinculadas; prossegue com a eleição direta para prefeitos das capitais e municípios de segurança nacional; afirma-se com a eleição para a constituinte; institucionaliza-se com a constituição de 88; desdobra-se com a eleição presidencial de 1989; amadurece com o impedimento do presidente em 1992,; consensua-se com as reformas monetária, fiscal e cambial do período 1994-2002; e legitima-se com a eleição do PT em 2002.

2. O PT imagina-se abrindo um novo ciclo, mas equivoca-se. A eleição de Lula em 2002 demonstra apenas que a democracia brasileira veio para ficar independente de quem vença. Nesse sentido abre a etapa final deste longo ciclo de democratização.

3. Em 2004 o PFL chama seu congresso nacional de Refundação, demonstrando sua compreensão desse processo. A aproximação entre o PFL e o PP da Espanha pavimenta o caminho do PFL em direção ao centro. Esse processo de renovação por iniciativa interna da direção nacional, é sublinhado com a escolha dos líderes na câmara de deputados nesta legislatura,e seu aprendizado na oposição vis à vis a liderança anterior e é vocalizado pela sua liderança no senado.

4. Se tomarmos o PDS como matriz da qual emergiram o PFL e o PP, a afirmação do PFL em sua refundação, e a saída de Delfim Neto do PP, dão cores a esta simbologia de início de fim de um longo ciclo.

5. Mas este longo ciclo, em sua última etapa, se fechou agora na eleição de 2006, com a decisão maiúscula do presidente do PFL em não se candidatar e coordenar a renovação, com a forte simbologia produto da não eleição de Delfim Neto e dos resultados no Maranhão e na Bahia e com a eleição no Rio Grande do Sul que muda a orientação de um processo mais que centenário.

6. Abre-se um novo ciclo na política brasileira que imporá aos 4 grandes partidos decisões estratégicas, de forma a continuarem a ser forças hegemônicas neste novo ciclo. Isso significa terem identidades próprias, tornarem-se mais programáticos e oferecerem projeto, metas e prioridades, não apenas eleitorais, ao país, capazes de serem percebidas pelo eleitor como tais.

7. Nesse sentido será inescapável que -com a desverticalização como norma constitucional- o campo eleitoral de 2010 num primeiro turno, receba candidaturas próprias de cada umas dessa quatro grandes forças políticas nacionais.

8. O terceiro milênio político no Brasil, finalmente começou."

Em SP, Alckmin tem menos votos do que no 1º turno

- Em SP, Alckmin teve 52,26% dos votos, contra 47,74% de Lula.

Lula mostrou grande recuperação no maior colégio eleitoral do País, saindo de uma votação de 8,091 milhões para 10,684 milhões em menos de 30 dias. Isso significa que o presidente reduziu a diferença que o separava de Alckmin de 3,835 milhões de votos para pouco mais de 1 milhão de eleitores.

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) venceu a eleição para a Presidência da República no Estado de São Paulo, com 52,26% dos votos válidos, contra 47,74% do presidente reeleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Mas a votação em números absolutos trouxe surpresas.

O tucano teve menos votos no segundo turno do que o número de eleitores que o escolheram no primeiro turno. Neste domingo, Alckmin recebeu 11,696 milhões de votos no Estado, ante 11,927 milhões obtidos no dia 1º de outubro.

Segundo o TSE, houve em São Paulo 1,29% de votos em branco e 3,30% de votos nulos. A abstenção dos paulistas no segundo turno atingiu 16,33%.

Os ganhadores, perdedores e o saldo de 2006

FERNANDO RODRIGUES*

Lula ganhou. OK. À quente, dá para dizer o seguinte:

Lula mais forte o petista tem hoje muito, mas muito mais apoio político do que teve em 2002. Há 4 anos, só 3 governadores davam suporte a Lula. Hoje, são 16. Em 2003, o petista tomou posse com menos de 200 deputados a seu favor. Hoje, conta com cerca de 300.

Geraldo Alckmin teve menos votos no segundo turno do que no primeiro. Não é um nome nacional do PSDB. Tentará ser prefeito de São Paulo em 2008. Suas chances de ser o presidenciável tucano em 2010 tendem a zero. Convenhamos: o maior feito operacional de Alckmin até hoje foi operar com métodos malufo-quercistas dentro do PSDB para ganhar a candidatura. Só isso.

Cristovam, Heloísa Helena et al bom, eles disputaram a eleição. E daí? Daí nada. Cristovam continua mandando pouco ou nada no PDT, partido que está louco para aderir a Lula. O PSOL virou uma espécie de PSTU com 3 deputados. E Heloísa Helena ficará sem mídia por algum tempo.

PT saiu mais forte, ao contrário do que diziam em penca os cientistas e analistas políticos. Tem 81 deputados e elegeu 83. Elegeu 5 governadores, um recorde para a sigla.

PSDB hegemônico no Sudeste, com São Paulo e Minas Gerais, a sigla é a mais forte para 2010, com dois candidatos já lançados: José Serra e Aécio Neves.

PMDB apostou no homem certo e vai arrancar muuuuuiiitos ministérios de Lula.

Mensaleiros estão quase todos aí de volta. Valdemar Costa Neto até montou um partido novo, o Partido da República. Argh...

PFL o presidente nacional do PFL, Jorge Bornhaunsen, declarou que o Brasil ficaria livre do PT por uns 20 anos. Errou feio. O PFL fracassou feio. Elegeu um mísero governador, no inexpressivo Distrito Federal. Perdeu a Bahia (ACM derrotado e entrando em fase crepuscular na sigla). Perdeu no Maranhão (com Roseana Sarney). Afinal, o que é hoje o PFL?

PSB a sigla em ritmo de crescimento. Elegeu 3 governadores: Eduardo Campos (Pernambuco), Cid Gomes (Ceará) e Vilma Faria (Rio Grande do Norte). É o partido de centro-esquerda (ainda existe isso no Brasil?) que mais se deu bem na eleição –até porque não mais, há muito tempo, para dizer que o PT é de esquerda ou de centro-esquerda.

Democracia não queria ficar aqui naquele discurso batidão de “a democracia ganhou etc.”. Mas é verdade. O Brasil teve a sua 5ª eleição presidencial pelo voto direto de maneira consecutiva. Para um país mixuruco, não é pouca coisa. Chegamos tarde ao baile. Os Estados Unidos têm eleição há cada 4 anos há mais de 200 anos. O caminho é longo, chato. Mas não tem outro.

*Do blog do jornalista

Para acessá-lo, clique no título desta nota.

Lula: pobres terão preferência

AGÊNCIA BRASIL

O presidente reeleito Luiz Inácio Lula da Silva disse, no primeiro pronunciamento após a confirmação de sua vitória, que os pobres serão prioridade no segundo mandato.

“Os pobres terão preferência em nosso governo. As regiões mais empobrecidas terão mais atenção. Queremos tornar o Brasil mais justo, econômica e socialmente”, destacou Lula, que completou, sob aplausos. “As bases estão construídas, não temos mais tempo a perder”.

O presidente disse contar com o apoio dos governadores eleitos e partidos derrotados para conquistar esses avanços. “Os adversários são as injustiças sociais e a miséria. Temos que fortalecer o país”, sublinhou. Já a reforma política, garantiu Lula, terá preferência no primeiro ano do segundo mandato. A proposta será discutida junto ao Congresso Nacional, segundo ele.

Neste segundo mandato, Lula também afirmou que a relação com Congresso Nacional deverá ser mais próxima. Ele disse que pretende conversar com todas as forças políticas do Senado e da Câmara dos Deputados até o final de dezembro. "Aprendemos lições importantes na relação com o Congresso neste primeiro mandato. Por isso, irei interferir mais diretamente nas negociações com o Legislativo”.

Para o presidente, o Congresso tem “muitas cabeças pensantes”, o que é bom para a democracia. “Quero chamar todos para uma conversa. E não haverá veto a ninguém. Se essa pessoa não quiser conversar, gostaria de saber o porquê”, disse, para completar em seguida. “O Legislativo precisa trabalhar em prol das causas do povo”.

Antes do pronunciamento do presidente, o porta-voz André Singer informou que o candidato derrotado Geraldo Alckmin telefonou para Lula para cumprimentá-lo pela vitória.

Clique no título desta nota para conferir, na íntegra, o PRONUNCIAMENTO do presidente Lula após ser declarado reeleito

Diferença entre Lula e Alckmin supera 20 milhões de votos

Com 99,9% dos votos apurados, a diferença de votos entre o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT/PCdoB/PRB) e o candidato Geraldo Alckmin (PSDB/PFL) é de 20,7 milhões de votos.

O resultado mostra que Lula teve até o momento 58.290.419 votos (60,83%) contra 37.541.702(39,17%) de Alckmin. No primeiro turno, a diferença de votos entre os candidatos a presidência do PT e do PSDB foi de aproximadamente 6,7 milhões de votos.

No primeiro turno Lula, teve 46.662.365 votos (48,61%) e Alckmin teve 39.968.369 votos (41,64%). O resultado parcial neste segundo turno aponta vitória de Alckmin apenas na Região Sul com 53,51% dos votos contra 46,49% de Lula.

No primeiro turno, o candidato tucano havia vencido no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O resultado parcial mostra ainda 4.605.969 ( 4,76 % de votos nulos e 1.300.308 ( 1,34 % ) de votos brancos.

28 outubro 2006

Datafolha divulga estrato da pesquisa

O presidente e candidato à reeleição pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, chega à véspera do segundo turno com 61% dos votos válidos, segundo pesquisa realizada pelo Datafolha ontem e hoje, dias 27 e 28 de outubro. O petista estaria reeleito hoje, com um percentual de votos válidos (excluídos votos em branco, nulos e eleitores indecisos), 22 pontos maior do que o obtido por seu adversário, Geraldo Alckmin, que atinge 39%.

O Datafolha ouviu 12.561 eleitores em 356 municípios do país e a margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. A primeira pesquisa realizada pelo Datafolha sobre a disputa no segundo turno, nos dias 5 e 6 de outubro, mostrava uma vantagem de oito pontos para Lula (54% a 46%) no que diz respeito aos votos válidos.

A partir de então, a diferença foi se ampliando a cada levantamento. Em 10 de outubro, pesquisa realizada após o primeiro debate entre os presidenciáveis, promovido pela TV Bandeirantes, mostrava o candidato à reeleição com 56% e Alckmin com 44% dos votos válidos (12 pontos de vantagem para o petista).

No levantamento seguinte, realizado nos dias 16 e 17, a primeira após o reinício do horário eleitoral na TV, a vantagem se ampliava para 20 pontos (60% a 40%) e chegaria a 22 pontos no levantamento dos dias 23 e 24 (61% a 39%), a mesma que se verifica hoje. A pesquisa concluída hoje possivelmente capta a repercussão junto aos eleitores do debate entre Lula e Alckmin, promovido pela Rede Globo na noite de ontem.

No que diz respeito ao total de votos, Lula termina a campanha com 58% das preferências, oito pontos a mais do que tinha no levantamento realizado nos dias 5 e 6 de outubro. Alckmin, por outro lado, perdeu seis pontos percentuais nesse período: tinha 43% das intenções de voto no primeiro levantamento e hoje conta com 37%.

Na véspera da eleição, 5% dos eleitores brasileiros não têm candidato: 3% afirmam que vão votar em branco e 2% se declaram indecisos. Dizem espontaneamente que vão votar em Lula para presidente 55% dos eleitores entrevistados. Geraldo Alckmin é citado de maneira espontânea por 34%.

Entre os eleitores que têm intenção de votar em Lula, 92% respondem corretamente quando indagados sobre o número que vão digitar na urna eletrônica para confirmar seu voto. Entre os que pretendem votar em Alckmin essa taxa é de 89%.

Para saber mais, clique no título desta nota.

Es(pirro!)

Dada a movimentação de bastidores do prefeito Fernando Gomes, alguns apostam em vitória de Alckmin em Itabuna. É uma briga intestina entre Fernando e o ex-prefeito Geraldo Simões, este último um petista de carteirinha e "cumpadi" do presidente Lula. Os dois brigam para ver quem dá mais votos aos seus respectivos candidatos.

Amigo deste blog lembra que a disputa, ao cabo, lembrará a vitória de Pirro (em que o vencedor chegou ao final da batalha tão fatigado quanto quem a perdeu). Este blog tem suas preferências. Mas diríamos que Lula ampliará a votação aqui obtida - e Geraldo, o Simões, sairá por cima. E o 'monstro' das pesquisas, Agenor Gasparetto, está aí para nos apoiar nessa análise.

A reeleição ajuda Lula, ajuda Édson...

O presidente da Câmara, Édson Dantas, articula para ser reconduzido ao cargo. A eleição está marcada para o dia oito de novembro. O vereador, derrotado na disputa por uma vaga na Câmara Federal e "dono" do PSB itabunense, mira 2008.

Um palpite: ele 'já' ganhou a parada - e ficará no cargo por outros dois anos!

Gasparetto diz que Lula amplia votação em Itabuna

No dia 20, Política e Pesquisa – 24, fez-se três notas sobre a rivalidade entre os dois principais políticos de Itabuna na atualidade. Hoje, sábado, no final da manhã, na Avenida Cinqüentenário, em frente à Praça Adami, dois mini trios elétricos, próximos um do outro apenas alguns metros, com som no volume máximo, tocavam as músicas das duas candidaturas para Presidente da República.

Na Avenida, nos passeios e na praça, intensa panfletagem e bandeiras agitadas das duas militâncias. Isso é Itabuna. Está em jogo, nova queda de braços entre os dois líderes locais. Geraldo Simões tentando ampliar a pequena diferença obtida por Lula no Primeiro Turno, quando obteve 47,2% dos votos válidos contra 44,6% de Geraldo Alckmin. Em Itabuna, como em Vitória da Conquista, por exemplo, a disputa será acirrada.

No entanto, Lula, a candidatura apoiada por Geraldo Simões, não apenas manter frente, como deverá ampliá-la, até pela conjuntura da vitória de Wagner. Contudo, não deverá chegar aos 60% dos votos válidos, ainda que não deva ficar longe desse patamar. Alckmin, caso mantenha percentual de votos válidos do Primeiro Turno, dadas as condições, poderá considerar um bom resultado, seguramente bastante melhor do que a média que obterá na Bahia.

Para conferir essa e outras análises de Gaspareto, clique no título desta nota.

Dá gosto de ler

Afora os exageros na "editorialização", o semanário A Região chega às bancas neste sábado dando um banho na concorrência. Ponto para o editor Aílton Silva, que nasceu para o jornalismo na brava folha manuelina. Mais que isso, tem faro para a notícia. É dele a principal matéria desta edição, a da expulsão de três alunso do curso de medicina da Uesc. Eles conseguiram entrar na faculdade fraudando o vestiba. Confira os destaques. E não deixe de ler!

Os destaques do A Região deste final de semana:

- Uesc expulsa três por fraudar vestibular

- Relatório da CEI deve pedir cassação de Valderico

- Itabuna e Ilhéus entre os municípios mais violentos (do Brasil)

- Novos delegados são elite da polícia no interior (que exagero, hem?)


É bom ler o impresso, mas - já que você está aqui - clica no título desta nota e dê uma olhada na edição online de A Região...

Colunista apostava em crescimento de Alckmin...

Marcel Leal, que assina a carta ao leitor de A Região, edita a Malha Fina e assina coluna que leva o seu próprio nome, apostava numa queda das intenções de votos em Lula e subida para Alckmin. Não houve. A seguir, a nota:

"Será que vai mesmo acontecer?
Posso estar errado, mas acho que neste sábado deve sair pesquisa baixando Lulla e subindo Alckmin. Se rolar, será uma manobra para disfarçar a fraude dos institutos de pesquisa no segundo turno para convencer o eleitor que "não quer perder o voto" a votar no petista."

Para ler a coluna de Marcel e o A Região, clique no título desta nota.

Datafolha confirma reeleição do presidente Lula

Da Redação
em São Paulo

Pesquisa Datafolha divulgada na noite deste sábado (29), véspera das eleições, pela TV Globo, confirma a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Considerando os votos válidos - que exclui brancos e nulos -, Lula soma 61% da preferência do eleitorado contra 39% de Geraldo Alckmin (PSDB).

Os números são os mesmos da última pesquisa, divulgada pelo Datafolha no dia 24 de outubro. Lula manteve os 22 pontos de vantagem sobre o seu adversário. Considerando os votos totais, o presidente aparece com 58% e o tucano tem 37%. Os eleitores que declararam que pretendem anular o voto ou votar em branco somam 3% e os indecisos são 2%.

Ibope e Datafolha: Lula 61%; Alckmin, 39%

Coincidem os resultados das mais mais recentes pesquisas Ibope e Datafolha a serem divulgados daqui a pouco pelo Jornal Nacional.

Em termos de votos válidos (menos nulos, brancos e indecisos), Lula está com 61% e Alckmin, 39%.

É o que diz o blog do Noblat.

Clique no título e seja direcionado para o Blog

Pesquisas apontam que Lula ganhou debate na Globo

Do G1, em São Paulo

O candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o debate com Geraldo Alckmin (PSDB) na noite de sexta na Rede Globo, segundo os institutos de pesquisa Ibope e Datafolha.

De acordo com o Ibope, 51% dos que assistiram ao debate consideraram que o petista venceu. Para 34%, venceu Alckmin. Os que afirmaram que não sabem, que ninguém ganhou e que ambos venceram são 15%.

Segundo o Datafolha, 49% dos que assistiram ao debate atribuíram a vitória a Lula e 35% a Alckmin. Para 7%, ambos ganharam e, para 4%, nenhum. Os demais 5% disseram não saber quem venceu.

Para saber mais, clique no título.

Grande imprensa cometeu suicídio nestas eleições, diz Nassif

Por André Cintra e Priscila Lobregatte

Ao adotar um pensamento único, elitista e anti-Lula, a mídia entrou numa rota suicida. Esse estilo, ''inédito em termos de grande imprensa'', criou ''um clima muito pesado de patrulhamento, ataques, macarthismo''. O diagnóstico é de Luis Nassif, jornalista há mais de três décadas e ex-membro do conselho editorial da Folha de S.Paulo.

Por que essa onda anti-Lula e anti-PT ficou cada vez mais forte na grande mídia?
No começo do ano passado, alguns colunistas - não oriundos da imprensa propriamente dita -, intelectuais e pessoas do showbiz, basicamente o (Arnaldo) Jabor e o Jô (Soares), começaram uma crítica mais pesada ao Lula e ao PT. Essa crítica, num determinado momento, resvalou para uma posição de intolerância e teve eco na classe média.

Quando teve eco, aconteceu algo que, para mim, é o mais inacreditável que eu já vi em mais de 30 anos de jornalismo: a Veja entra na parada e começa a usar aquele estilo escabroso. É inédito em termos de grande imprensa - e é um suicídio editorial. Agora, aquele estilo acabou batendo aqui, em São Paulo, em alguns círculos do Rio de Janeiro, induzindo a mídia a apostar na queda do Lula. Quando não conseguiu derrubar Lula, a mídia enlouqueceu. E então todos os jornais caminhavam na mesma direção. Isso não existe. Todo mundo endoidou.

Criou-se um clima muito pesado de patrulhamento, ataques, macarthismo. Os colunistas, de uma maneira quase unânime, entraram nesse clima - até por constrangimento. Aquela posição relativamente diversificada que existia nos jornais, através de seus colunistas, acabou. Os colunistas foram inibidos. Há jornalistas aí, com 40 anos de carreira, que escreveram 365 artigos, um por dia, sobre o mesmo assunto, todo dia pedindo a cabeça do Lula.

E, mesmo assim, o Lula não caiu...
Porque, no começo dos anos 90, tivemos um fenômeno: começou a surgir a ''banda B'' da opinião pública. As classes D e E começaram a ter voz. É a história dos descamisados - e Collor percebeu muito bem isso. Começa a haver nessas classes um novo campo. À medida que o país vai evoluindo, aquela mediação feita pelos coronéis tende a se diluir. Este foi um primeiro ponto. Quando Lula lança o Bolsa Família - que é um programa muito bem-feito e que tem, sim, contrapartida -, ele pega esse fenômeno, que ganha corpo. O Fernando Henrique, que é sociólogo e tal, por conta de sua postura imperial, não percebeu esse novo cidadão emergente.

Aquela diversidade que os jornais ainda tinham e perderam, o pessoal foi buscar na internet. E uma coisa a gente aprende com os blogs: se houver 20 blogs falando ''A'', basta um blog falando ''B'' de forma consistente, que ele inverte e desmascara. Há a interação entre os blogs e seus leitores. Os blogs emergiram como uma alternativa. E isso culminou com a matéria do Raimundo Pereira na CartaCapital. Em outros momentos, a Carta teria feito a matéria e ninguém falaria nada. Agora a matéria teve um alarido infernal, de tudo quanto é blog discutindo. E o tema não morreu.

A ponto de a Globo ter de se explicar...
É, tentou, tentou, mas não conseguiu responder. (Ali Kamel) é um rapaz inteligente, mas há coisas que, se você não consegue explicar, é melhor não tentar. Se você precisa de mais de uma lauda para explicar, não tente. Ele tentou e ficou chato, porque estava claro que era uma armação do delegado visando a Globo.

E aí se entra em outro aspecto: qual o interesse jornalístico de uma foto?
Uma foto de dinheiro é igual a uma foto de dinheiro. Não há informação nisso. Essa foto ainda foi maquiada para dar maior fotogenia. O único interesse era como ela ia repercutir nas eleições, como no caso da Roseana Sarney. A gente sabia que esse dinheiro existia há semanas. O fato de aparecer a foto não tem significado nenhum.

Para ler a entrevista completa, clique no título desta nota

Uesc expulsa três por fraudar Vestibular

Uma sindicância instalada pela Uesc, Universidade Estadual de Santa Cruz, constatou que três estudantes conseguiram passar no vestibular 2006 através de fraude. A sindicância concluiu que Ricardo Bruno Santana Souza e Silva, Eyder e Ewerton Figueiredo Pinheiro participaram de um esquema para passar no concurso.

O processo foi concluído no mês passado, mas só foi revelado ontem pelo Jornal das Sete, da rádio Morena FM 98.7, em primeira-mão. De acordo com a Uesc, outras pessoas fizeram as provas nos lugares dos estudantes. A sindicância comprovou que os três agiram ilícita e fraudulentamente, infringido a norma penal, uma vez que não foram os autores das provas.

Por causa da fraude, as provas dos três foram anuladas e as matriculas canceladas. Os estudantes, que chegaram a se matricular no curso de Medicina, foram denunciados ao Ministério Público e a Polícia Federal.

O detalhe é que a Uesc até hoje não convocou os três vestibulandos seguintes, que teriam direito às vagas. Leia a matéria completa na edição deste sábado de A Região, que traz várias matérias exclusivas.

Presidente de Associação dos Cornos apóia Lula


NOTA DO BLOG KIBE LOCO

"O presidente da Associação dos Cornos de Rondônia (Ascron), Pedro Soares (foto), continua fazendo campanha pela reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva. O servidor público disse que a tendência dos cornos é votar no atual presidente, especialmente porque o perfil de Lula se adequa às personalidades dos homens traídos de Rondônia. "A Ascron é pobre. A maioria dos associados é de classe média baixa", justificou.

Pedro disse ainda que, por ser presidente de uma entidade que conta com mais de 7 mil associados em todo o Estado, pode ter uma influência mais forte junto ao eleitorado indeciso. "É Lula de novo com a força dos cornos", exalta.

***

Nada mais natural. Afinal, Lula, bem como todo corno que se preze, é sempre o último a saber".

Meu voto é dela


Digna de todas as honras e homenagens, a foto de Carolina Dieckmann merece o título de "Imagem da Semana", mesmo com os últimos dias sendo dominados pela cena política. Mas não tem Lula nem chuchu que desbanquem uma sereia dessa.

Não estranhe se o seu irmão estiver demorando muito no banho. É absolutamente normal!

Lula deverá ter o apoio aberto de 17 governadores

Da Folha de S.Paulo, hoje:

"Os segundos turnos amanhã em dez Estados, de acordo com as pesquisas de intenção de voto disponíveis, devem dar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) uma composição de apoios inédita em toda a sua história política.


Se for reeleito no domingo, o petista tomará posse em 2007 com o apoio aberto de pelo menos 17 governadores que também assumem o poder em 1º de janeiro. Esse grupo de governantes estará representando um eleitorado total de 62,2 milhões, quase a metade da população do Brasil (49,4% do total de eleitores registrados).


Em 2002, quando foi eleito presidente, Lula começou 2003 com o apoio declarado só de três governadores petistas em Estados pequenos (Jorge Viana, do Acre; Zeca do PT, de Mato Grosso do Sul, e Wellington Dias, do Piauí), cujo eleitorado somado equivalia a meros 3,2% do Brasil."

(...)

César Maia diz que Lula vence

O prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL-RJ), aliado do candidato Geraldo Alckmin (PSDB), praticamente reconheceu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à reeleição, deve ganhar as eleições.

"A probabilidade maior é essa", afirmou. Segundo Maia, "estamos trabalhando com os institutos e, na pior das hipóteses (para Lula), são 15 pontos de diferença". Para Maia, o PSDB errou logo depois do primeiro turno, ao esfriar a campanha. "Alckmin tinha de continuar a campanha e parou."

De acordo com ele, o PSDB "fez uma projeção de cenário de que qualquer um ganharia do Lula", quando escolheu o candidato. O prefeito afirmou também que Lula recompôs a base que teve no primeiro governo, em que houve várias denúncias envolvendo os partidos participantes, como o caso do "mensalão".

"Vai ser um governo estéril", afirmou. O governador reeleito de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), afirmou que vai ser uma surpresa se as eleições mostrarem o resultado que as pesquisas indicam. "Não houve fato que explicasse isso", disse, referindo-se à grande diferença de intenções de voto em Lula.

Fernando demitirá 600 funcionários da prefeitura de Itabuna - a partir de terça-feira


A lista de demitidos já está pronta, mas o "expurgo" somente acontecerá a partir da próxima terça-feira. 600 funcionários contratados e outros que ocupam cargos de confiança serão demitidos pelo prefeito de Itabuna. Essa quantidade não inclui os mais de 80 mandados embora da Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa).

O prefeito iria demitir no dia três de outubro, mas o segundo turno presidencial adiou a medida de Fernando Gomes. Segundo assessores próximos, ele segurou o "listão" para não afetar o desempenho de Geraldo Alckmin em Itabuna. Fernando é o coordenador da campanha do presidenciável tucano no sul da Bahia.

26 outubro 2006

ÁRVORE GENEALÓGICA


Com a derrota do carlismo na Bahia e a cada vez mais provável reeleição do presidente Lula, já se sabe onde o prefeito Fernando Gomes irá trabalhar caso venha a ser condenado a perder o mandato, em decorrência de um dos inúmeros processos a que responde: será DUBLÊ DO PERSONAGEM JAJÁ DO ZORRA TOTAL!

Comenta-se que, domingo, após a contagem dos votos para presidente em Itabuna, o grito que se ouvirá, vindo da mansão Quinta das Oliveiras, será: “TÔ DOOOIDO! TÔ DOOOOIDO! TÔ DOOOOIDO!”

Clique na imagem para vê-la em tamanho maior.

A pedidos, repetimos a nota!

Colunista Zé Carlinhos comenta nota do Pimenta

"Política
Segundo o blog Pimenta na Muqueca, o grande líder político Jabes Ribeiro, ex-prefeito de Ilhéus, e o empresário Jamil Ocké vão engrossar as fileiras do PMDB, a convite de Geddel. Em foco, o olhar de longo alcance que determina a dinâmica das acomodações partidárias"

Comentário nosso: O problema, Zé, é que o Jabes deixou de ser um "grande" líder faz tempo.

Para ler a coluna de Zé Carlinhos, no Agora, clique no título desta nota.

Privatização é rejeitada por 70% do eleitorado

César Felício
Ao conseguir associar o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, com o tema das privatizações, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acionou uma das chaves que explicam o seu favoritismo durante o segundo turno: a venda de estatais é uma ação repudiada pela grande maioria da população.

Segundo a pesquisa Ipespe/Valor, realizada no dia 24 com 1 mil entrevistas telefônicas e margem de erro de 3,2 pontos percentuais, 70% dos pesquisados se disseram contra a privatização das grandes empresas públicas. A pesquisa citava especificamente três empresas: Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Petrobras. Apenas 18% se posicionaram de forma favorável à venda.

Este percentual se repete mesmo entre os eleitores que se declaram partidários de Geraldo Alckmin. A identificação pelo eleitorado do tucano com o assunto é clara. Dos pesquisados, 49% ligam Alckmin com o assunto, ante 27% que relacionam Lula com o tema.

A avaliação das privatizações realizadas no passado, concentradas principalmente no governo Fernando Henrique, é ruim: 45% dizem que as privatizações foram mais negativas e 33%, mais positivas para o Brasil. Mesmo os eleitores de Alckmin não se colocam de forma clara em defesa das privatizações já feitas: 37% as classificam como negativas e 36% como positivas.

"A privatização virou a cara do Alckmin, em um caso bem sucedido de campanha negativa por parte do PT, o que desmente a tese de que uma campanha de ataque diminui a chance de se ganhar a eleição", afirma o presidente do Conselho Científico do Ipespe, Antonio Lavareda.

A oposição à privatização e a identificação de Alckmin com este tema não só alavancam a dianteira de Lula como colaboram para que o eleitorado avalie de forma mais favorável a administração do presidente. O percentual de entrevistados que considera o governo bom ou ótimo pulou de 43% para 55% em um mês e aqueles que vêem o governo Lula como melhor que o de Fernando Henrique Cardoso já somam 65%. Lula conta com 53% de intenções de voto, ante 36% de Geraldo Alckmin.

Para ler a íntegra da matéria do jornal Valor Econômico, clique no título desta nota.

Saúde de Itabuna é modelo - atende em quatro minutos!

Já está na internet o jornal Agora de amanhã (27/10). Em sua coluna Bangue-bangue, mostra que o prefeito Fernando Gomes levou a saúde de Itabuna a um outro nível de qualidade no atendimento. Diz a nota:

"Na manhã de ontem um cidadão procura atendimento no Hospital de Base de Itabuna e é informado de que somente estavam atendendo pacientes com perna, cabeça ou outras partes do corpo quebradas* Disse ainda o atendente que, como só estava no hospital um médico cirurgião, também atenderiam pacientes de extrema urgência e emergência* Perguntado se não existia mais plantão, foi informado de que um dos médicos, o clínico-geral, até veio ao trabalho, mas que não estava disponível* Não adiantou conversa e o cidadão teve que levar o paciente para o Hospital São Lucas, onde foi atendido* Secretário Jesuíno, é bom tomar as providências..."

Clique no título da nota para acessar a coluna do Agora.

Campanha reclama do Ministério Público

Lideranças da campanha "Quem não deve não teme" entregaram, na terça, ao procurador-geral de Justiça Lidivaldo Britto um relatório com os resultados da fiscalização realizada nas contas das prefeituras baianas.

A principal queixa das entidades que participaram da campanha foi da dificuldade imposta por algumas prefeituras. Eles também reclamaram do pouco empenho das promotorias regionais do Ministério Público Estadual.

O procurador-geral Lidivaldo Britto prometeu que vai enviar relatórios aos promotores de Justiça do interior com atuação na área de defesa do patrimônio público e da probidade administrativa.

Brito vai pedir que os indícios de irregularidades sejam investigados pelos promotores. As contas da Prefeitura de Itabuna estão entre as que devem ser investigadas pelo Ministério Público.

A campanha "Quem não deve não teme" encontrou milhares de contratos com fortes indícios de irregularidade.

Do site do jornal A Região

Dicas legais de blogs








A partir de hoje, e toda noite, vamos dar uma boa dica de blogs desse mundão de "Meu Deus". Não se preocupe. Nossas dicas são de qualidade (rs..)

Os últimos entre os blogs revelados aos nossos leitores foram os de Franklin Martins (www.franklinmartins.com.br) e do sociólogo e dono do instituto de pesquisa Sócio-Estatística (www.agenorgasparetto.zip.net). Estes dois abordam política, prioritariamente.

Mas vamos à dica de hoje: o blog é do jornalista da TV Globo Luiz Carlos Azenha. Não imagine que, por ser da emissora dos Marinhos, ele vá fazer aquelas concessões típicas dos acostumados a bajulações ao patrão. Azenha vai na veia. A quem acessa, ele promete revelar o que você nunca pôde ver na TV. O endereço é o seguinte http://viomundo.globo.com/. Basta clicar no título desta nota e você será direcionado para o blog.

Boa leitura!

Onda Lula puxa Olívio no RS

"Pesquisa do Instituto Methodus para o governo do Rio Grande do Sul divulgada agora de manhã: Yeda Crusius (PSDB): 49,2%; Olívio Dutra (PT): 43,1%; não sabem e indecisos: 4%; nulos e brancos: 3,8%. É bom levar a sério a pesquisa: o Methodus não é um institutozinho de porta de churrascaria, não. Foi o único que captou a fulminante atropelada de Yeda no primeiro turno.

Quem me chamou a atenção para a qualidade do trabalho do Methodus foi o filósofo Denis Lerer Rosenfeld, num Canal Livre Eleições, na Band, logo depois do primeiro turno. Quando eu disse que nenhum instituto havia previsto a vitória da tucana, ele corrigiu-me educadamente, lembrando que o Methodus, três dias antes das eleições, já dera Yeda em primeiro. Ou seja, acertou onde os outros erraram.

Se o Methodus estiver certo de novo, pelo menos no Rio Grande do Sul, a reta final vai ser emocionante."

Extraído do site do jornalista político Franklin Martins. Para acessá-lo, clique no título desta nota, lá em cima...

Mais do mesmo

As últimas pesquisas Datafolha, Vox Populi e CNT/Sensus para presidente

Levantamento CNT-Sensus mostra a maior diferença entre os candidatos já registrada em pesquisas do segundo turno: 24 pontos. De acordo com a pesquisa, Lula tem 57,5% das intenções de voto e Alckmin, 33,5%. Votos brancos ou nulos somam 3,3%, e 5,9% afirmaram que estão indecisos. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Na pesquisa Vox Populi, divulgada na revista "Carta Capital" desta quinta-feira (26), Lula manteve diferença de 20 pontos nos votos totais e 22 nos votos válidos. O petista registrou 57% das intenções de voto contra 37% do tucano, mesmos percentuais obtidos em 19 de outubro. Votos brancos e nulos somaram 3% e indecisos totalizaram 3%. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Levantamento do instituto Datafolha, divulgado na terça-feira (24), havia mostrado o petista com 58% das intenções de voto - 21 pontos da mais do que o tucano, que registrou 37%. Considerando apenas os votos válidos, Lula apareceu com 61% e Alckmin, 39%, uma diferença de 22 pontos. Até então, o Datafolha havia registrado a maior distância entre os candidatos.

Lula-lá...

Pesquisa Ibope/Rede Globo, divulgada agora há pouco no Jornal Nacional.

Votos (incluindo brancos, nulos e indecisos)
Lula - 58%
Alckmin - 35%

Votos válidos
Lula - 62%
Alckmin -
38%

Lula-lá amplia vantagem para 25 pontos

A pesquisa Ibope que será divulgada daqui a pouco no Jornal Nacional trará Lula com 25 pontos à frente de Geraldo Alckmin.

É o que antecipou o Jornal da Noite, da rede Bandeirantes de TV, ontem.

Lula nega suspeita sobre Berzoini

O ministro da Articulação Política, Tarso Genro, ligou as 19h30 para a revista ÉPOCA negando oficicialmente que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tivesse tirado conclusões sobre as responsabilidades e origem do dinheiro que pagou o dossiê contra o PSDB. "O presidente nega que tenha, em algum momento, externado opiniões deste gênero.

Ele quer que a Polícia Federal apure as responsabilidades, o Ministério Público acompanhe as investigações e que a Justiça julgue e condene quem de direito. Não cabe ao presidente, ou a qualquer de seus ministros, tirar conclusões sobre um inquérito em andamento", afirmou o ministro. Segundo ele, "se ministros disseram à ÉPOCA o que está no blog eles não merecem a confiança do presidente".

O ministro ficou especialmente preocupado com a informação publicada neste blog de que o dinheiro que pagou o dossiê contra o PSDB teria vindo do caixa-dois da campanha. "O presidente Lula nunca concordaria com um crime", disse o ministro. Se comprovado o crime de caixa-dois, a candidatura Lula pode ser até impugnada pela justiça eleitoral.

ÉPOCA ligou para uma de suas fontes da reportagem. Ela confirmou o que foi publicado.

Sim, o dinheiro era de caixa-dois

"Uma investigação paralela ordenada por Lula sobre a compra do dossiê contra José Serra (PSDB) identifica Ricardo Berzoini, ex-presidente do PT e ex-coordenador da campanha à reeleição, como responsável pela operação desastrosa, inclusive pela arrecadação dos recursos utilizados – R$ 1,7 milhão, e reconhece que o dinheiro era de caixa-dois.

Na avaliação de Lula, informa o Blog da Revista Época, Berzoini sabia que seus assessores Oswaldo Bargas e Jorge Lorenzetti negociavam o dossiê com a família Vedoin desde o início de agosto. Quando Luiz Antônio Vedoin estabeleceu os R$ 2 milhões como preço do material que comprometeria Serra, Bargas e Lorenzetti consultaram Berzoini. O ex-presidente do PT teria autorizado o recolhimento do dinheiro.

Lula foi informado das prisões de Gedimar Passos e Valdebran Padilha pela Polícia Federal às 13h da sexta-feira, 15 de setembro. Teria dito:

- P... De novo, não! -, lembrando o escândalo do delubioduto.

Na avaliação de dois ministros ouvidos pela revista, a candidatura de Lula não sofrerá revés por conta do escândalo, porque o dinheiro irregular não necessariamente foi entregue à campanha de Lula."

Leia mais no site da Revista Época.

DNA

Com a derrota do carlismo na Bahia e a cada vez mais provável reeleição do presidente Lula, já se sabe onde o prefeito Fernando Gomes irá trabalhar caso venha a ser condenado a perder o mandato, em decorrência de um dos inúmeros processos a que responde: DUBLÊ DO PERSONAGEM JAJÁ DO ZORRA TOTAL!

Comenta-se que, domingo, após a contagem dos votos para presidente em Itabuna, o grito que se ouvirá, vindo da mansão Quinta das Oliveiras, será: “TÔ DOOOIDO! TÔ DOOOOIDO! TÔ DOOOOIDO!”

Clique na foto para vê-la em tamanho ampliado.

Até Val Cabral aderiu

O poder é realmente afrodisíaco, já disse um velho e hoje broxado político baiano. Afrodisíaco e atraente, completaria este blogueiro, que observa de longe o mosqueiro em torno de Lula, que caminha para mais quatro anos no Palácio do Planalto.

No sul da Bahia, prefeitos dos mais diversos partidos - alguns carlistas, mas sempre adesistas - colam em Lula e Wagner. Muita gente já atirou na lata do lixo aquele retrato do cabeça branca que estava pendurado na parede. São outros tempos.

Um exemplo das mudanças está em Itabuna, onde o prefeito Fernando Gomes se esforça para coordenar uma esfarrapada estratégia para que, pelo menos em seus domínios, Alckmin tenha mais votos que Lula. Tendo à frente a ex-toda-poderosa Maria Alice Pereira, as articulações não encontram apoio nem sob os bigodes do alcaide.

Membros do primeiro escalão e fernandistas de primeira ou de última hora não se entusiasmam com a campanha de Alckmin. Nesse último time, destaque para Ricardo Xavier (PMDB), que comanda a Secretaria de Esportes e tem promovido reuniões em prol de Lula.

Outro é Val Cabral, coordenador do Centro de Referência no Controle das DST / Aids, aquele que já foi geraldista, depois brigou por não ter obtido o quinhão desejado na partilha da "viúva" e caiu nos braços de Fernando Gomes, a quem antes chamava de bandido e assassino.

Quem não se lembra de Val, nas caminhadas de Geraldo Simões, durante a campanha eleitoral de 2000, carregando um retrato gigante do jornalista Manoel Leal? Uma clara referência ao crime de que foi vítima o dono de A Região, que tinha entre os suspeitos o candidato adversário de Geraldo.

Agora, Val tem sido visto andando nas ruas de Itabuna com adesivo de Lula no peito. É a mais nova fase do camaleão. Sabe Deus qual será a próxima.

Em tempo: Val Cabral e Ricardo Xavier tem mais em comum. Ambos estão na Prefeitura por indicação de Renato Costa, que lançou uma candidatura inviável em 2004, ajudando a eleger Fernando Gomes. Tido como ético, Renato não quis entrar na administração municipal (com medo de sujar a imagem), mas garantiu os seus pupilos no governo.

César Maia e a "eleição municipal" de 2006

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INFORMAÇÃO e OPINIÃO -IOCM- !
ex-Blog do Cesar Maia 26/10/2006
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ELEIÇÃO PARA PREFEITO DO BRASIL!

1. Uma eleição é sempre muito mais uma questão de oferta do que de demanda, especialmente no Brasil onde os partidos são basicamente inorgânicos. A demanda -ou seja o eleitor- muda muito pouco e assim mesmo a longo prazo. O que muda são as ofertas dos partidos. Por exemplo: um mesmo partido se lançar um candidato com um perfil, atrai um tipo de eleitor; se lançar com outro, o eleitor é outro. Quem mudou? A oferta é claro.

2. No início dos anos 30, na U. Columbia, o grupo de Paul Lazarsfeld (Gallup era seu pesquisador), a tempo que desenvolvia o campo de conhecimento sobre opinião pública política, iniciava uma série de pesquisas. Algumas delas tem hoje 70 anos. Uma hipótese que queriam demonstrar, é que quanto mais crescessem os níveis de renda e de instrução, mais racional e qualificado seria o voto. A renda e o nível de instrução cresceram sistematicamente, mas a taxa de racionalidade não mudou. O eleitor continua usando atalhos informacionais para sua decisão de voto.

3. Quando o personagem que representam os candidatos se assemelha, maior a necessidade de se aprimorar a comunicação para diferenciar -um em relação ao outro. Isso é muito comum nos EUA onde o personagem Kennedy passou a ser um padrão de oferta eleitoral, para presidente, para governador e especialmente para o senado. Um passeio no plenário do senado sugere quase-clones espalhados pelas cadeiras.

4. No caso da eleição presidencial de 2006 no Brasil, de partida, os personagens de cada candidato -Lula e Geraldo- eram diferentes. Esse seria um bom ponto de partida para se elaborar um sistema de comunicação eleitoral que apostasse nas diferenças. Mas diferenciar-se não quer dizer ler um texto no teleprompter e se dizer diferente. Do outro lado existe uma demanda que vai muito além do que muitos políticos pensam, ao escolher o produto, quando entram no supermercado político. Não basta ouvirem que um produto é diferente do outro.

5. Paradoxalmente, o programa de Serra em SP -cuja equipe era a mesma de Geraldo- procurou se diferenciar -por cima- dos demais. Uma das aberturas mais comuns de seu programa era uma espécie de vôo sobre S. Paulo, mostrando sua pujança, sua importância, o estado mais importante do Brasil, mais importante que todos os países da AL e quase um país. Para governar um estado como esse só alguém muito preparado, com muita experiência... Qualquer outro perfil seria um risco. Ou seja: Serra!

6. O programa de Lula jogou tudo na taxa de identificação do eleitor com Lula, cortando o eleitorado regional e socialmente. Toda aquela coreografia de grandes feitos do governo Lula, seu colarinho e nó de gravata estavam ali para compor um cenário e se preparar para o que imaginavam viria do programa do Geraldo. O que de fato o programa comunicava -primeiro e segundo turnos- era Lula como um candidato de proximidade (amigo do povo), fato que se podia comprovar com os projetos que demonstram essa proximidade (bolsa família, o dente do pobre, farmácia popular...).

7. Lula, independente do que dizia, COMUNICAVA: -Sou candidato a PREFEITO DO BRASIL!

8. O que faz a série dos programas de Geraldo? A mesma coisa. Bem, pensavam seus assessores: se Lula é um candidato de proximidade e está tão bem nas pesquisas, nosso Geraldo tem que ser também. E então toca no distinto publico a origem modesta de Geraldo, (ah... que saudades da dona Nhánhá, de seus quitutes... eta menino do interior, bom e trabalhador, que como estudante dava aula...). E não contente em voltar a isso a campanha -1 e 2- toda, ainda resolveu concorrer com Lula como candidato de propostas de proximidade: Dose Certa contra a farmácia popular, renda mínima contra o bolsa família, mutirão da saúde contra o dentista, etc...Etc... Com isso topou o jogo: ser PREFEITO DO BRASIL!

9. Resultado: para Prefeito do Brasil o eleitor prefere Lula que tem muito mais jeito para isso.

10. Ainda há tempo de Geraldo mudar o programa e os comerciais e mostrar que o Brasil é muito grande e importante para ser prefeiturizado e que precisa de um presidente do tamanho do Brasil? Há, mesmo que num grau de probabilidade bem menor que o de Lula.

11. Este Ex-Blog com mais de 30 anos de estudos de pesquisas pode afirmar que no Brasil, 3 dias antes das eleições majoritárias, 35% dos eleitores ainda estão dispostos a mudar de voto se surgir alguma razão de fundo. São os eleitores não engajados. Quanto maior a vantagem de um candidato, menor a probabilidade que estes 35% se descolem dele. Portanto mais contundente terá que ser o argumento. Poucas mensagens fortes e que elevem a importância do voto podem produzir uma leve inversão de tendência. Daí para frente dependerá da aceleração do multiplicador do boca a boca entre eleitores. Mas para isso tem que haver aquela leve inversão para que se conte com um acelerador.

12. Com 20 pontos atrás -que são 15 pela abstenção e pesquisa em meio de semana- trata-se de uma inversão de 7% para se ter um empate. Afinal no segundo turno, um voto a mais para um é um voto a menos para o outro: vale dois. Acompanhemos estes 4 dias.

Pinheiro tira onda com o jacaré

Deu no Painel da Folha de São Paulo, de hoje

Tiroteio
"O jacaré de Alckmin insistiu tanto em bater o rabo que se esqueceu de morder". Do deputado WALTER PINHEIRO (PT-BA), ironizando o candidato tucano, que costuma comparar gráficos de pesquisas à boca de um jacaré; segundo diferentes institutos, ela está se "abrindo" a favor de Lula

25 outubro 2006

Sabe o que quer dizer VEJA?

Segundo o colunista Zé Simão, da Folha de São Paulo, Veja significa:
--------Vote
--------Em
--------Jeraldo
--------Alckmin

Fim de Feira no Governo do Estado

Funcionários do SAC estão sem receber o salário de setembro, Cesta do Povo tem rombo de R$ 80 milhões, obras nas rodovias estaduais foram paralisadas pelo governador Paulo Souto... O fim de feira está claro, claríssimo - e ainda estamos em outubro!

Bolsa-Família é para preguiçosos e quem não gosta de trabalhar, diz Fernando Gomes

Duvidamos que Fernando Gomes, homem de bons modos e fino trato, tivesse coragem de ousar tanto e dizer aos moradores do Maria Pinheiro o mesmo que falou à jornalista Maria Antonieta, conforme publicado no jornal Agora, de quarta-feira. Leia:

"BICHO PREGUIÇA
O prefeito Fernando Gomes diz que o programa assistencialista do Governo Federal não está praticando uma efetiva inclusão social através da geração de emprego e renda. E tampouco promove o crescimento econômico. Para ele, quem dá emprego oferece dignidade e resgata a auto-estima das pessoas. Esse negócio de bolsa família é um atrativo para preguiçosos e para quem não gosta de trabalhar.
"


Não se sabe como o prefeito estava quando fez essa declaração à jornalista, mas lembramos que Itabuna possui 17.069 beneficiários do Bolsa-Família. Seriam todos preguiçosos, prefeito?

Duvida? Clique no título para ler a nota na íntegra.

Assim fica melhor???


Tem gente criticando o modelito Clara Nunes. Então, segue Fernando em versão mais moderna e arrojada. GOSTARAM AGORA, BANDO DE SACANAS?????

Fernando de saia



Imagine uma cena insólita... Agora multiplique por vinte e eleve à décima potência. Pois é mais ou menos o que poderá acontecer se o prefeito de Itabuna, Fernando Gomes, cumprir uma promessa que tem feito.

Fernando garante para quem quiser ouvir que, se Lula vencer a eleição em Itabuna, ele vai vestir saia. Fala isso com aquele estilo coronel dele, fazendo alguns assessores rirem... Disfarçadamente, que ninguém é besta.

Uma turma de gozadores já se prepara para comprar uma saia tipo "Clara Nunes", de baiana, para dar um toque especial ao cumprimento da promessa. O medo é que o prefeito, depois dessa, mude definitivamente o estilo e troque o jaquetão de couro por uma cinta-liga sexy.

GERALDO: O QUE FAZER NOS ÚLTIMOS DIAS, DEBATES E PROGRAMAS?

"1. Uma diferença de 21 pontos - de fato uns 16 se descontados os efeitos da abstenção e pesquisa de meio de semana- é difícil, mas não impossível de ser ultrapassada.

2. Para isso é necessário corrigir uns erros do programa e passar a focalizar a classe média. Geraldo apontou para os setores populares -dose certa, renda mínima, vou continuar o bolsa-família, mutirão da saúde... Resultado: não tirou nada do Lula, ao contrário, e ainda abriu o flanco na classe média. Os dados abaixo, da pesquisa Data-Folha de ontem, exemplificam.

3. O empate de Lula no Paraná, assanhou o Requião, que depois de ficar neutro voltou ao colo de Lula. Serra foi ao Paraná para tentar compensar.

4. O foco dos últimos dias de Geraldo deve ser: apontar para os pontos fortes, ou seja, S.Paulo, Sul, Classe Média. Repetir o programa de segurança é um exemplo. Entrar com intensidade num discurso mais conservador -lei, ordem e família- é outro.

5. Tratar a questão da ética ao nível de compreensão de todos com metáforas práticas do dia a dia para que dossiês e mensaleiros não pareçam questões internas aos políticos. Dizer que o dinheiro é da população que paga impostos e que nestes desvios quem é roubado é a população que paga impostos.

6. No primeiro turno, dos votos totais, Geraldo teve 37% e Lula 44%. Agora Geraldo tem 39% e Lula 58%. Lula ganhou 14 e Geraldo 2. Grande parte do ganho de Lula foi na classe média -5 a 10 SM.

7. Os debates foram repetitivos, de temas, caras e bocas. Mais grave que os temas são as caras e bocas. Há que variar na TVG. Surgir com variações de imagem.

8. Este Ex-Blog lembra que as tendências pequenas, no final da eleição se aceleram. O fundamental é criar essas tendências mesmo que seja Lula vindo até sexta pela manhã para 55% ou 56% e Geraldo indo para 41%. 30% dos eleitores efetivamente decidem na noite de sexta, no sábado e no domingo pela manhã. Quando dizem que estão decididos, estão... mas naquele dia.

9. E atenção: nada da classe média ir para Guarujá, Angra, Serra, Mar... neste fim de semana pensando que a eleição está resolvida. Pode não estar. E se Geraldo perder por uma diferença muito menor a culpa poderá ser desses.


E LEMBRE-SE:

Soma de Lula e Geraldo na espontânea DataFolha: 89%. Soma na Induzida 95%.
Abstenção + brancos + nulos no dia da eleição: 23% ou mais. Votos que não ocorrerão: 18%."

TEXTO PUBLICADO NO EX-BLOG DE CÉSAR MAIA

Confira o Datafolha por região e classe sócio-econômica

Lula ganhou três pontos percentuais no Nordeste, passando de 71% para 74% das intenções de voto, e ampliando ainda mais sua vantagem na região. No Sudeste, o petista oscilou de 52% para 54%, enquanto Alckmin se manteve com 41%. No Sul, o tucano permaneceu com 50%, e o petista oscilou de 43% para 44%. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, o candidato à reeleição pelo PT repete os 56% obtidos na pesquisa anterior, enquanto o peessedebista oscilou de 40% para 39%.

Entre os que têm escolaridade média, Lula passou de 53% para 56% das intenções de voto; Alckmin oscilou de 41% para 40% nesse estrato. O tucano continua liderando entre os que têm escolaridade superior (54% a 40%), e Lula segue com larga vantagem entre os que têm escolaridade fundamental (64% a 31%).

A pesquisa também não mostra maiores variações no que diz respeito aos segmentos por renda familiar mensal. Lula oscilou de 62% para 64% entre os que têm renda familiar até dois salários mínimos, outro segmento no qual vem liderando com folga. No outro extremo, o dos que ganham acima de dez salários mínimos, Alckmin oscilou de 56% para 57%, enquanto o petista se manteve com 38%.

Lula ganhou quatro pontos percentuais nos municípios que têm entre 35 mil e 100 mil eleitores (passou de 55% para 59% das intenções de voto) , idêntico percentual entre os eleitores com idade entre 45 a 59 anos (de 56% para 60%), e três pontos entre os eleitores com idade entre 16 e 24 anos (de 55% para 58%)

Os candidatos à Presidência têm percentuais semelhantes de eleitores convictos de sua posição em quantidade. Entre os que têm, hoje, intenção de votar em Lula, 93% se dizem totalmente decididos, e 7% afirmam que seu voto ainda pode mudar. Entre os que pretendem votar em Geraldo Alckmin 92% declaram total convicção quanto ao seu voto, ante 8% que admitem mudar de idéia até domingo.

Entre os que têm intenção de votar em Lula, mas admitem mudar, 60% afirmam que dariam seu voto ao adversário do petista e 33% votariam em branco ou anulariam o voto. Entre os que pretendem votar em Alckmin, mas não estão totalmente decididos, 63% declaram que existe chance de que votem em Lula e 28% afirmam que, em caso de mudança, vão votar nulo ou em branco.

Quando solicitados a dizer que número vão digitar na urna eletrônica para confirmar seu voto no domingo, respondem corretamente 89% dos eleitores que têm intenção de votar em Lula e 86% que declaram votar em Alckmin

24 outubro 2006

Tucano Reinaldo Azevedo, avisa: ACABOU

"O Datafolha, o passado e o futuro

Acabou. Eu já estou pensando no que eles chamam “tapetão”. Continuarei a brigar por aquilo que eles apelidaram de “terceiro turno” — que nada mais é do que o triunfo da legalidade. Sim, o voto em Alckmin, agora, é uma manifestação de resistência. Já escrevi alguns textos sobre Quixote e tenho simpatia pela personagem. Mas, em política, o quixotismo colabora com o inimigo.

É claro que não dá mais. Segundo o Datafolha, cujo levantamento foi feito ontem e hoje, Lula oscilou de 57% para 58%, e Alckmin, de 38% para 37%. Nos votos válidos, Lula cresce um ponto, e Alckmin cai um. A diferença, que era de 20 pontos no Datafolha, agora está em 22. É o número que o Vox Pupuli apontava na semana passada. No caso do Ibope, já são 24. Digamos que a diferença seja a metade: 10 ou 11 pontos. Ainda assim, não dá mais.

Acabei de ver o horário eleitoral de Lula. Não há qualquer receio de mentir. Lula exaltou o presídio de Catanduvas, o único que construiu, ainda com vagas ociosas. Diz que está recebendo presos do Brasil inteiro, menos de São Paulo. O Estado não tem carência de vagas de segurança máxima. Mas e daí? Em seguida, veio o horário de Alckmin. Infelizmente, é uma campanha para prefeito. Estava errada desde o começo. Agora, está errática. Mas essa crítica já é irrelevante. Já foi.

É hora de começar a pensar em por que chegamos aqui. No dia 14 de dezembro de 2005, José Serra tinha 36% das intenções de voto no primeiro turno; Lula, 29%. Consultem o Datafolha. Quando a simulação era feita com Alckmin, o petista alcançava 43%, e o então governador, 17%. Quando estes números foram divulgados, sugiro a vocês que façam uma pesquisa para saber qual era a reação de tucanos como Aécio Neves, Tasso Jereissati e o próprio Alckmin. Em outubro do ano passado, eu ainda era articulita do Globo e observei que o PSDB deveria ser o único partido do mundo que desqualificava pesquisas em que estava na frente. Mas vou deixar esse debate para mais tarde. Estou apenas chamando a atenção dos leitores para o fato de que a história, embora não seja um jogo absolutamente lógico, cobra o preço de todos os erros.

Uma das teses que vigoraram entre setores do tucanato nestes dez meses é que o eleitor faz a sua escolha só na última hora. É mentira. Outra é que não se devia confundir "escolha" com "recall". Besteira! Quem renuncia a um candidato que tem o dobro dos votos para escolher aquele que tem a metade paga um preço. Ademais, digamos que Serra tivesse imposto a sua candidatura em 2002, tivesse batido chapa. Teria tido o apoio dos então governadores de São Paulo e Minas? Não! Lula não ganhou a eleição de 2006. O PSDB é que perdeu.

Vamos ver o que o partido fará com isso. Os que repudiam o lulismo terão de exigir a fatura de quem optou pelo erro. Contra todas as evidências."

ALGO MAIS?????

Uma amiga deste blogueiro passou maus-bocados outro dia, quando chegou em casa, voltando do ginecologista. É que o marido dela, um sujeito meio encanado, cismou depois de ver a propaganda de um plano de saúde, em um outdoor, que trazia a seguinte frase: "Há algo mais na relação médico e paciente".

Pois o homem quis saber o que era esse "algo mais" e a pobre mulher ficou fula da vida, além de ter dito umas poucas e boas ao chato do marido.

O blog avisa que um desses outdoors pode ser visto ali na rótula da Ponte do São Caetano. E aos maridos desconfiados, recomendamos calma e mais confiança na honestidade de suas mulheres. Desonesta é a tal propaganda, que não diz nada e ainda provoca confusão.

Datafolha: o jacaré tá guloso - e vai se empanturrar de chuchu!

Quando as intenções de voto de um candidato avançam e a do adversário cai, se diz que o jacaré está abrindo a boca.

Pois é. Abre a boca ainda mais e vai se empanturrar de chuchu!

P.S: E o Alckmin, hein? Ele disse que o jacaré estava fechando a boquinha...

Em Itabuna, dois secretários sobem no muro

Gente com trânsito no Centro Administrativo Firmino Alves, sede do governo de Itabuna, garante que pelo menos dois secretários municipais estão com a guilhotina prestes a cortar-lhes o pescoço. Se muito, chegam inteiros ao Dia de Finados, mas não passam muito daí.

Os nomes que devem figurar em breve no Jornal Oficial do Município, na relação de exonerados, são os dos secretários Gustavo Lisboa (Educação) e Rogério Peixoto (Desenvolvimento Urbano). Outra colaboradora da governo, Acácia Pinho (Administração) está ameaçada, mas ainda pode se salvar.

Os membros do primeiro escalão são apenas a ponta do iceberg. O prefeito Fernando Gomes prepara um pacotão de demissões, que deve levar pelo menos 1.000 cargos de confiança para o beleléu. Parte das dispensas não vai comprometer em nada o desempenho da gestão, já que se trata de servidores contratados apenas para atuar em funções eminentemente "políticas".

Para dar um exemplo, existem aberrações como bairros com quatro supervisores. O da vila de Mutuns, conhecido como Genaro, movimenta-se nos bastidores para não perder seus R$ 1.600,00 de salário. E haja choro em porta de gabinete...

Datafolha: aprovação ao governo é a maior já obtida por um presidente!


"A cinco dias do segundo turno da eleição presidencial, o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, segue como favorito à reeleição, segundo pesquisa realizada pelo Datafolha ontem, dia 23, e hoje, dia 24 de outubro. Se a eleição fosse hoje, 58% dos eleitores brasileiros votariam em Lula, taxa 21 pontos maior do que a dos que dariam seu voto ao candidato do PSDB, Geraldo Alckmin (37%).

Em relação ao levantamento anterior, realizado nos dias 16 e 17, o petista oscilou um ponto para cima (tinha 57% das intenções de voto) e Alckmin um ponto para baixo (tinha 38%), dentro da margem de erro de dois pontos percentuais. A taxa dos que pretendem anular o voto ou votar em branco oscilou de 3% para 2% e a dos que se declaram indecisos se manteve em 3%.

Considerados apenas os votos válidos, isto é, excluídos os votos nulos, brancos, e os eleitores indecisos, Lula oscilou de 60% para 61%, enquanto Geraldo Alckmin passou de 40% para 39%. Dessa forma, a vantagem do candidato à reeleição em relação a seu adversário, no que diz respeito aos votos válidos, oscilou de 20 para 22 pontos percentuais.

A taxa dos que dizem espontaneamente, isto é, antes que lhe seja entregue um cartão com os nomes dos candidatos, que vão votar em Lula para presidente, oscilou de 53% para 55%. Alckmin se manteve com 34% de intenção de voto espontânea.

O Datafolha ouviu 7218 eleitores em 347 municípios do país. A pesquisa foi concluída um dia após debate promovido pela TV Record entre os dois candidatos à Presidência, o terceiro neste segundo turno.

Lula chega às vésperas da eleição na condição de favorito e alcançando a maior taxa de aprovação a um presidente desde que o Datafolha começou a fazer pesquisas nacionais de avaliação do governo Federal, em 1990. O percentual dos que consideram o desempenho do petista ótimo ou bom oscilou de 51% na semana passada para 53% hoje. A taxa dos que consideram o governo Lula regular oscilou de 33% para 31% e a dos que classificam o desempenho do presidente como ruim ou péssimo se manteve em 15%.

A nota média atribuída ao presidente, em uma escala de zero a dez, é 6,8."

Do site do Datafolha. Para ler a íntegra, clique no título desta nota.

Bye, Chuchu!!!: Lula fica nos 61% dos votos válidos

"Pesquisa nacional do Instituto Datafolha que o Jornal Nacional divulgará daqui a pouco:

Lula - 61% dos votos válidos;
Alckmin - 39%


Do total de vodos (incluindo brancos, nulos e indecisos):
Lula - 58% (tinha 57% na pesquisa anterior);
Alckmin - 37% (tinha 38%)"

Devidamente corrigido.

As pesquisas nesta eleição

Marcos Coimbra*

Reação de Geraldo Alckmin é natural, mas não é didática. E deveria ser.

No Roda Viva, o Governador Alckmin fez o que é natural para um candidato que está atrás nas pesquisas, mas que devia deixar de ser considerado assim. Ou seja, já é hora de todos procurarmos fazer o que está ao alcance de cada um para contribuir para a educação do eleitorado, ao invés de insistir em deixá-lo mal informado.

A discussão sobre “erros” nas pesquisas é equivocada em si. Pesquisa é, talvez, a única fonte de informação que, em um processo eleitoral, deixa explícito que não pode ser considerada “verdade absoluta”. Nenhuma é isso, mas só ela revela em quanto não o é. Só faz leitura “aritmética” de uma pesquisa quem quer fazer algum uso de suas contas.

O que seria um “erro” de pesquisa? Uma diferença entre o resultado de pesquisas de intenção de voto e o voto efetivamente depositado (digitado) na urna? A simples separação no tempo entre a intenção e o comportamento, ainda que de apenas um ou dois dias, não pode ser suficiente para explicar essa diferença? Não pode ser diferente, para o respondente, aquilo em que ele ou ela pensavam na véspera e o que decidiram fazer no dia da votação?

Se a pesquisa é de intenção de voto, quem seria capaz de dizer qual era a intenção no momento da pesquisa, a não ser a própria pesquisa, pois o que a urna determina não é mais a intenção e sim o ato? Nas eleições presidenciais deste ano, que “erro”, afinal, houve? No nosso caso, a última pesquisa divulgada, no dia 30 de setembro, realizada entre os dias 28 e 29, mostrava Lula com 46%, Alckmin com 33%, os outros candidatos com 9% , 5% de brancos e nulos e 7% de indecisos.

Na apuração, tivemos Lula com 45% (quase exatamente o estimado pela pesquisa), Alckmin com 38% (cinco pontos a mais que o estimado), os outros com 9% (exatamente igual) e 8% de brancos e nulos (igual na margem). Qual é o “erro”? Dizer que Lula ganharia no 1º turno a pesquisa não dizia mais, fora da margem, apenas que isso poderia ocorrer e que não aconteceu, aliás, por 1,8%. O que uma leitura menos interessada aponta é para a possibilidade de que tenha ocorrido, nas 24 horas finais, uma tomada de posição de indecisos, suficiente para levar o Governador para o 2º turno, e não um “erro”.

Pesquisas sérias não prometem ser “certas”, simplesmente porque ninguém sabe o que é isso, em um processo eleitoral. Quem é que sabe, com “certeza”, qual é a intenção de voto, em um dado momento? O máximo que uma pesquisa pode (e deve) prometer é ser bem feita, com rigor metodológico e operacional. E podem ficar tranqüilos os cidadãos que, no Brasil, isso existe e é a regra, com suas possíveis exceções. Nas eleições, pesquisas são instrumento de informação, mas podem ser, também, instrumento de marketing. São funções diferentes, mas, infelizmente, muitas vezes embaralhadas, para confundir e não para esclarecer o eleitor.

Em sua campanha, aliás, o Governador usa, quase diariamente, um resultado de pesquisa como arma de convencimento, quando mostra, com dados do Datafolha, sua avaliação pela população de São Paulo, quando no cargo. O uso é correto, mas, se isso é verdade, porque não seria o resultado da pergunta sobre intenção de voto? Só serve para confundir as pessoas a conversa sobre “tracking”.

Esta é a terceira eleição presidencial em que esse tipo de acompanhamento é feito no Brasil. Em si, nada mais é que uma pesquisa contínua, em que uma parte da amostra é substituída por outra, renovada diariamente, com medias móveis sendo sempre recalculadas. Pode ser realizada através de entrevistas pessoais e domiciliares (metodologia que adotamos na Vox Populi) ou telefônicas, com amostras de vários tamanhos. Serve para acompanhar tendências, mostrando impactos de fatores conjunturais na evolução da campanha. Nem sempre, porém, é a melhor maneira de estimar em quanto estão as intenções de voto em cada momento.

Talvez o Governador saiba isso e, então, seria melhor para os eleitores que os esclarecesse.

Extraído do site Jornal de Debates. Para acessá-lo, basta clicar no título desta nota.

Deu na Folha de São Paulo

Coluna Painel, FSP (24/10/06)

"Reis da cocada. Um petista explica o prestígio dos governadores eleitos Jaques Wagner (BA) e Marcelo Déda (SE) com Lula: "Pense em dois cabras que nunca deram trabalho a ele. São esses aí".

Eu, não. Geddel afirma que não está trabalhando para colocar o ex-deputado federal Benito Gama (PTB) ou qualquer outro nome no secretariado de Jaques Wagner."

- Se você for assinante, é só clicar no título desta nota para ter acesso à Folha de São Paulo e a íntegra da coluna Painel.

Mediador fraquinho...

Sejamos sinceros, pelo menos num ponto: o Celso Freitas é bom apresentador de telejornal, mas como mediador de debate está muito longe daquilo que se espera. Deixou os candidatos correrem soltos e extrapolar o tempo quase todas as vezes. Numa delas, o presidente Lula até se sensibilizou com Alckmin e deu-lhe mais tempo para a pergunta...

Renda, emprego, crescimento... e as considerações finais

Alckmin encerrou a sua participação no debate chamando a atenção para o compromisso ético e disse que sua prioridade será a geração de emprego e renda, o crescimento econômico. Na seqüência do xarope que estão sendo os debates, Lula reafirmou as suas conquistas obtidas em quase quatro anos de governo e disse esperar contar com os brasileiros para mais um mandato.

Você assistiu ao debate na Record? Deixe o seu comentário (basta clicar em COMENTS, aqui abaixo!).

Tchau, Chuchu!!!

Pô, cadê Heloísa Helena, hem? Esse Alckmin tá muito ruim! Assim, fica fácil para "Nestepaiz" dar um banho no debate. Com números e ironia (demasiada), o presidente, aos poucos, vai empurrando o tucano para baixo nas pesquisas (e a boca do jacaré abrirá cada vez mais!).

Tá faltando força, altivez ao Geraldo Alckmin. E que besteira, vacilão dele falar de Nordeste. Aqui o Lula é "rei" porque o consumo aumenta a taxas superiores a 9%, a pobreza diminui de forma ainda mais rápida do que no restante do país e a agricultura dá um salto com o reforço de crédito - especialmente para a agricultura familiar.

Sejamos francos: o debate é ruim em termos "programáticos", mas é bom à medida que mostra um homem que conhece muito de gestão... de São Paulo. Para derrubar Lula, ele teria que, primeiro, conhecer o Brasil. Ou ter uma assessoria melhor!

Tá dando saudades daquele Alckmin da Bandeirantes. O que houve com esse homem?

23 outubro 2006

3º bloco: jornalistas fazem perguntas e debate até melhora...

Vamos aqui fazer uma pequena concessão e dizer que o debate melhorou um pouquinho em relação ao segundo bloco...

A jornalista Adriana Araújo, apresentadora do Jornal da Record (como ela é bonitinha!) pegou os candidatos com as calças curtas ao fazê-los apontar qualidades um do outro. Lula enrolou, disse que Alckmin era democrático, civilizado, mas mudou com nesta eleição. Alckmin devolveu afirmando que não poderia perder a chance de se indignar com a corrupção.

Bob Fernandes perguntou, então, sobre democratização da mídia. O presidente Lula respondeu de forma esperada. Não falou em controle da mídia, mas de formas que possam coibir os excessos das emissoras de TV e de rádio, por exemplo. Para ele, a TV digital será um avanço neste sentido. Alckmin não entendeu o tema e disse que a defende a liberdade de imprensa, porém, não falou de propostas. Adriana então perguntou a Alckmin qual o seu maior defeito. Ele disse que poderia ter todos, mas não roubava!.

A jornalista da Record, Cristiane Lemos, perguntou, então, sobre economia aos dois candidatos. Lula teve que responder sobre o que fez para a classe média (ou faria). Alckmin, respostas sobre que tipo de imposto ele cortaria. Cortaria a CPMF? Ele não respondeu.

Debate ficou morno no 2º bloco

O segundo bloco parecia repetição dos outros dois debates (Band e SBT). Os candidatos falando dos mesmos assuntos e respondendo da mesma forma. Alckmin encaixou uma pergunta sobre saúde. Desta vez, Lula saiu pela tangente e falou dos investimentos em emergências hospitalares (300 milhões de reais) e em saúde preventiva (Médico da Família e contratação de agentes). Para alfinetar Alckmin, citou o caso do Rio de Janeiro e ainda esclareceu: "se o estado de São Paulo tem atendimento melhor agora é porque aumentamos os repasses de 1 real para 3 reais (por pessoa)".

o fato é que o debate tá morno, caminhando para ficar chato, chato.

- Ah, aquela fonte de informação de Alckmin (que Lula diz estar desinformado) é ele mesmo, o homem dos factóides, o prefeito carioca César Maia.

Falta visão a Alckmin (1º bloco)

O primeiro bloco do debate mostrou visão curta de Alckmin para as questões nacionais. Quando Lula perguntou das propostas tucanas para a indústria naval, ele preferiu responder que esse setor enfrentava crise desde os anos 70. Mas agora, na gestão de Lula, constrói com 80% de tecnologia nacional - e foi recuperada.

Na questão dos deficientes, tentou fazer pegadinha com o presidente. Malandro, Lula usou exemplos do dia-a-dia. No mais, somente consegue algum destaque quando vai para cima do presidente e fala de corrupção. É pouco para quem precisa reverter resultados das pesquisas.

Começa debate na TV Record

Lula já falou. Agora, é Alckmin:

- Governo parado na economia e acelerado nos escândalos.

Um rádio cinqüentão e sem Germano da Silva

Luiz Conceição*

Não fosse a citação do multimídia Ramiro Aquino em sua coluna de jornal, a cultural falta de memória nos deixaria sem festejar o cinqüentenário da radiodifusão de Itabuna. Nascida em 20 de outubro de 1950, com a inauguração da extinta Rádio Clube de Itabuna que foi sucedida na freqüência 870 Khz pela atual Rádio Nacional de Itabuna, a nossa radiodifusão teve momentos memoráveis lembrados no livro DE TABOCAS A ITABUNA - 100 ANOS DE IMPRENSA do mesmo radialista e jornalista, dentre outros atributos midiáticos.

A obra preenche um vazio deixado de um lado pela inexistência de um local que nos preserve aquilo que fizemos enquanto sociedade, desde que este pedaço de chão passou à categoria de cidade. Aliás, o primeiro centenário se avizinha e é quase nenhum os esforços para preparar a comemoração da data que encheria de orgulho outros povos que não fóssemos nós, fadados ao alheamento, ao esquecimento, à fraqueza da memória e à ação do tempo que tudo apaga. Mas o livro é realmente o que nos resta da história do nosso rádio e dos talentos inigualáveis que o fizeram no decorrer de cinco décadas.

A tristeza que dá é que exatamente um dia após o 20 de outubro sejamos todos avisados do falecimento do radialista e advogado Germano Lopes da Silva, um dos lendários profissionais que, apesar dos humanos defeitos, deixa um legado de dedicação e vitória pelo programa Calouros do Germano. Também vitória porque, apesar da avançada idade, cursou Direito na Uesc, onde se especializou em Processo Civil e serviço prestou a alguns de seus ouvintes de rádio e a pessoas de quem só conheceu o sofrimento quer pelo erro social, quer pela heróica ação de advogado.

O que seria um regozijo pelo cinqüentenário de nossa radiodifusão grapiúna, que ainda exporta talentos para outras emissoras do Estado e do País, é uma homenagem a Dr. Germano, como passou a gostar de ser chamado, depois de bacharelado em Direito e advogado no fórum. Para nós que acompanhamos às vezes de perto, às vezes longe, sua trajetória fica a saudade do operador do Direito e de Maninho, o radialista. Que seu exemplo de desbravador do rádio fraterno nos tempos difíceis seja imitado pelos que no rádio atual dão seqüência à radiofonia cinqüentenária. Com mais respeito aos cidadãos e ouvintes e mais solidariedade.

(*) Repórter e bacharel em Direito.

Calote no carnaval

Este blog contará, em breve, toda a história do calote nas atrações do carnaval antecipado. Inclusive, revelará tudo sobre os R$ 40 mil da banda As Meninas - e da festa animadíssima na fazenda do candidato a deputado estadual derrotado Marcos Gomes.

Aqui, o rabo preso é com a notícia!

Nove meses depois, bandas recebem por apresentações no carnaval de Itabuna

A fama de Itabuna lá fora não é nada boa. A prefeitura contribui para isso. Veja o caso das bandas que tocaram no carnaval antecipado. A festa aconteceu no final de janeiro, mas uma das atrações, O Rodo, somente conseguiu receber o cachê pela apresentação na festa agora em outubro, nove meses depois. Uma gestação!

Já outra atração, a Vixe Mainha, viu a cor do dinheiro apenas em julho. Incrível!!! Este blog estranha que o secretário Marcelino Pereira (foto) tenha apresentado, em vez de comprovante de pagamento, apenas autorização de débito. Muito estranho! Nem apresentou nota fiscal das dívidas. Muito estranho, doutor.

Lula terá mais um minuto de direito de resposta

Site do TSE

O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em votação unânime, concedeu um minuto de direito de resposta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pela coligação A Força do Povo. A decisão foi proferida durante a sessão extraordinária dessa segunda-feira (23), na Representação (RP) 1298. Dessa forma, o candidato da coligação Por um Brasil Decente, Geraldo Alckmin, perde um minuto de seu programa para a veiculação da resposta do candidato adversário.

Na ação, a coligação A Força do Povo reclamava que a coligação Por um Brasil Decente veiculou propaganda ofensiva ao presidente Lula, na forma de inserção na TV, no último dia 19 de outubro. O trecho impugnado pela ação diz que “Lula manda nos ministros”, “manda na Polícia Federal” e no PT. Em seguida, questiona “por que ele não manda revelar de onde veio o dinheiro”. O relator da matéria, ministro Carlos Alberto Menezes Direito, concedeu o direito de resposta por considerar que houve ofensa ao presidente-candidato Lula.

Clique no título e seja direcionado para o site do TSE.

Wagner está por cima da carne seca!

"O governador eleito da Bahia Jaques Wagner ainda não sabe a que horas tomará posse no dia primeiro de janeiro.

Lula prometeu que irá à posse dele. O horário da posse de Wagner, pois, depende do horário da posse de Lula.

Ele será o único governador a merecer tão subida honra."

Do site de Ricardo Noblat.

Veloso declara à Folha que fará pé-de-meia no Congresso, "dentro da legalidade"

Raymundo Veloso está entre os três
eleitos que dizem "não ter nada"


DA AGÊNCIA FOLHA


"O vereador de Ilhéus (BA) Raymundo Veloso (PPS), 78, eleito neste ano para a Câmara, afirma que nunca teve dinheiro. "Eu sou de uma família de pessoas humildes. Meu pai era mestre de obras, e minha mãe, doméstica. Comecei a trabalhar como contínuo."

Mesmo depois de se formar em direito, diz que trabalhou praticamente de graça para as pessoas carentes. Ele afirma, no entanto, que vai tentar ganhar dinheiro como deputado federal. "Tenho que fazer um pé de meia durante esses quatro anos, dentro da legalidade. Porque eu não sei quando eu vou morrer."


Para conferir a íntegra da matéria, clique no título desta nota.

Destaques do Pimenta na Muqueca

- Capitão Fábio pode ingressar no PMDB
e ser líder do Governo na Assembléia

- Hiper Messias" vai a praça - ou leilão - por R$ 8,2 milhões

- Morena muda para recuperar audiência

- Gasparetto analisa corrida presidencial

- O coveiro do carlismo, segundo a Istoé

- Não tem que parecer, tem que ser honesto

- Dançarina do Faustão diz, no ar, quem ganha a eleição!!!!

Gaspareto analisa a campanha presidencial


Balanço das duas primeiras semanas
de campanha do Segundo Turno


No Segundo Turno Lula amplia expressivamente a diferença, conquistando mais intenções de voto do que o somatório de votos obtidos por Heloísa Helena e Cristovam Buarque juntos e Alckmin podendo ter menos votos no Segundo Turno do que obteve no Primeiro. Fazendo um breve balanço das campanhas, Lula conseguiu colocar Alckmin na defensiva, apostando basicamente na comparação com os dois governos de Fernando Henrique Cardoso.

Como já se afirmou em notas anteriores, o passado conspira contra as pretensões de Alckmin. Nesse olhar para o passado, dois elementos se afirmam como âncoras da estratégia Lula: o primeiro, o programa Bolsa Família e o aumento real do poder de compra do Salário Mínimo, que empatizou as classes mais pobres. O segundo, a questão da privatização, que se constitui numa “batata quente” nas mãos de Alckmin, que enquanto nega para o futuro os reflexos do passado parecem colocar em dúvida o discurso concernente ao futuro.

Com essa temática, Lula empatizou com parcelas das classes médias e, no plano estadual, pode ter dado a Olívio Dutra, no Rio Grande do Sul, um argumento com grande potencial, já que nesse Estado, a questão da privatização e suas implicações é uma cicatriz aberta, um braseiro vivo coberto por cinzas. Se Lula colocou seu oponente na defensiva nessas duas questões, Alckmin vem tentando colocar seu oponente na defensiva recorrendo à questão do dossiê, não tanto esse em si mesmo mas focalizando a origem do dinheiro da tentativa de sua compra.

Essa questão, salvo fato novo relevante, pode estar dando sinais de fadiga, podendo perder capacidade de impactar, não parecendo ter forças para desestabilizar o quadro eleitoral, como já foi referido no início do Segundo Turno e desse blog, tende fortemente à estabilidade. Nessa abordagem, no debate da Band, ao recorrer a uma postura agressiva, Alckmin pode ter passado uma imagem negativa, desconstruindo seu perfil de equilíbrio e de serenidade. Ressalte-se que o eleitor brasileiro não parece empatizar com posturas agressivas, passada pelo debate, nem posturas ressentidas ou rancorosas, como as de Heloísa Helena, por exemplo.

Tenha acesso a esse e outros comentários de Gasparetto clicando no título desta nota.

Não tem que parecer, tem que ser honesto

Agora há pouco na TV Cultura, o ex-governador Geraldo Alckmin sofreu dois ataques fulminantes e titubeou nas respostas. Na última delas, o reporter Lourival Sant´Ana, do Estadão, perguntou ao tucano se "não ajuda a crescer o número de casos de corrupção quando a sua filha (a de Alckmim, claro!)vai à Secretaria da Fazenda do Estado para exigir incentivos fiscais para a Daslu (empresa onde ela trabalhava)?"

Alckmin disse que a filha era simples vendedora. Lourival lembrou que ela era mais que isso, era gerente da Daslu. O tucano desconversou e o repórter foi na veia: "não tem que parecer, tem que ser honesto, governador". Alckmin ficou ainda mais calvo.

Para encerrar a série, a colunista do Correio Braziliense Denise Rothenburg perguntou ao ex-governador:

- Se acontecer um milagre e o senhor conseguir se eleger presidente da República, o sr. vai conversar com os partidos mensaleiros, já que o sr. só tem o apoio do PSDB e o PFL, que terão apenas 131 deputados?

Alckmin quis sair pela tangente, mas aí veio a Tereza Cruvinel e emendou: "vai negociar com os mensaleiros?"

A noite para o homem não está sendo lá essa criança.

A fralda cheira mal.

22 outubro 2006

Dançarina do Faustão diz, no ar, quem ganha a eleição!!!!

O dispensável programa do Fausto Silva (Domingão do Faustão) contribuiu para o acalorado debate sobre quem será o novo presidente do Brasil, em janeiro. Quer saber a opinião da dançarina sobre quem ganhará a eleição, no dia 29? Então clique no título desta nota. A resposta da moça embaraçou Faustão e causou arrepios na direção da Vênus Platinada.

Capitão Fábio pode ingressar no PMDB e ser líder de Governo na Assembléia

É dado como certo o ingresso do deputado estadual reeleito Capitão Fábio no PMDB. Com base eleitoral em Itabuna, ele poderá, inclusive, ser líder do futuro Governo na Assembléia Legislativa. Capitão Fábio se reelegeu pelo PRP. Em tese, a mudança significaria um duro golpe para os atuais peemedebistas itabunenses Ricardo Xavier e Renato Costa, apelidados nas ruas de Itabuna como os sem-voto. A oxigenação do PMDB local está sendo pilotada por Gedell e o futuro vice-governador Edmundo Pereira, também da mesma legenda. A aproximação de capitão Fábio com o novo governador Jaques Wagner estaria sendo feita pelo ex-prefeito de Itabuna e deputado federal eleito Geraldo Simões.

No Ibope, 50% acham governo Lula ótimo ou bom

Aumento de 45% para 50% o índice de eleitores que consideram o governo Lula ótimo ou bom, segundo a última pesquisa Ibope/Rede Globo, divulgada na última sexta, dia 20. A comparação é feita com o levantamento do dia 12 de outubro. Na outra ponta, caiu de 20% para 15% os que consideram a gestão de Lula ruim ou péssima. Assim, o homem caminha a galope para ser o presidente mais votado das Américas - até hoje, só perde para o norte-americano Ronald Reagan, já morto. Abaixo, os índices de avaliação de governo nas últimas três pesquisas feitas pelo Ibope.

Ótima/boa 44% (27/set) 45% (12/out) 50% (20/out)
Regular 35% 33% 33%
Ruim/péssima 21% 20% 15%
Não sabe/não opinou 1 1 1

O coveiro do carlismo, segundo a Istoé


Tido como pacificador, Jaques Wagner vai ganhando ainda mais espaço no PT nacional e desempenha papel importante neste segundo turno da eleição presidencial. A revista Istoé desta semana traz uma entrevista com o petista que derrotou o senador Antônio Carlos Magalhães e o governador Paulo Souto.

Abaixo, parte da entrevista que você confere na íntegra clicando no título desta nota:

ISTOÉ – Como o sr. virou o coveiro do carlismo?
Jaques Wagner – Não trabalhei para ser coveiro de ninguém, mas para afirmar uma nova política para a Bahia. Tenho que admitir, porém, que minha eleição foi, em grande parte, uma rejeição ao modelo de Antônio Carlos Magalhães governar. Ele utiliza métodos ultrapassados, que não correspondem à alma do povo baiano, como os ataques mal-educados que ele fez ao presidente Lula. Ele foi deselegante, e muita gente me disse: “Eu vou votar no senhor para calar a boca dele.” O PFL era uma nuvem cinzenta sobre a Bahia e a expressão máxima desse grupo é ACM.

ISTOÉ – Isso significa que não foi o PT que venceu, mas que foi eleito graças
à rejeição a ACM?

Wagner – Creio que as duas coisas se somam. Atribuo parte da minha vitória ao cansaço e ao declínio do modelo do PFL. Nem o próprio grupo de ACM agüentava mais ACM. Ele era um peso para o próprio governador Paulo Souto. Pesou igualmente o fato de eu ter sido o primeiro candidato da oposição a aparecer para os baianos com um projeto consistente. Outro ponto é que ganhei muito apoio embalado pelos votos que os baianos deram ao presidente Lula, 67% no primeiro turno. Além disso, conseguimos fazer uma boa coligação com todas as forças anticarlistas. Tivemos a humildade de não lançar candidato a senador para apoiar informalmente o candidato de outra coligação, o ex-governador João Durval, que também venceu.

ISTOÉ – As pesquisas apontavam sua derrota. O sr. acredita em pesquisas?
Wagner – Acredito. Tanto que encomendei algumas. As minhas pesquisas para consumo interno davam algo muito próximo às dos institutos que divulgavam publicamente suas sondagens. As minhas erraram também. Das duas uma: ou a metodologia deles está errada, ou a mostra está errada, ou o povo baiano, como eu imagino que possa ter acontecido, por medo desse sistema que constrangia até agora as pessoas, não respondeu com medo daquilo ser uma bisbilhotice.

ISTOÉ – Esta, então, é a principal hipótese?
Wagner – Creio que sim, porque é impossível que os institutos errassem tão grosseiramente em 20% ou manipulasse tão grosseiramente.

ISTOÉ – Foi uma surpresa o segundo turno para o Lula?
Wagner – Eu nunca trabalhei com a idéia de primeiro turno, nem para mim nem para Lula. Eu sempre disse para as pessoas: para a gente vencer dois turnos, a gente tem que se preparar para qualquer hipótese. Infelizmente, o pessoal previu que Lula ganharia no primeiro turno e, apesar de ter ganho como o mais votado no primeiro turno, fica parecendo que não ganhou. Parece uma derrota, mas na minha opinião não é, porque ganhar no primeiro turno significa 50% mais 1. Se você tiver 49,9%, você teve uma bela votação e não ganhou. Aqui na Bahia ele tem 67%. Eu creio que os xingamentos do senador nos ajudaram muito a vencer essa eleição.

ISTOÉ – E os xingamentos do Alckmin contra o Lula?
Wagner – Vão fazer o mesmo efeito. É só você ver as pesquisas. A estratégia
deles mudou, mas o povo não gostou.

ISTOÉ – A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, é mais eficiente que o ex-ministro José Dirceu?
Wagner – Eu considero que sim. Ela se dedica exclusivamente às tarefas gerenciais do governo. Neste aspecto, ela se torna mais eficiente. O Zé Dirceu era um político na gestão e, portanto, é inevitável separar essas duas partes do mesmo ser.

ISTOÉ – Quem é mais eficiente, Palocci ou Mantega?
Wagner – Não é um problema de melhor ou pior. O Mantega tem um estilo menos contundente e acabou construindo em torno de si um leque de apoio maior. Mas é inegável o mérito do Palocci. Boa parte do que estamos colhendo hoje se deve a ele. Isso ninguém vai tirar dele. É um mérito que ele teve, de implementar um caminho que resultou nisso aí.

ISTOÉ – Mas crescemos pouco?
Wagner – Nos compararmos à Argentina é uma arrogância. O Alckmin ficou repetindo que a gente cresceu menos que a Argentina. Eu acho que estamos
vivendo um grande momento e acho que vale o crescimento continuado, independentemente do valor. Acho que a gente está consolidando uma cultura
de crescimento sem iniciação.

ISTOÉ – Quais garantias o eleitor terá de que não haverá novos dirigentes petistas envolvidos em corrupção e dossiês?
Wagner – Tenho a crença de que as pessoas aprendem as lições. A democracia não pode depender da bem-vinda honestidade de cada pessoa. Ela tem que ter instituições e estruturas que comprovem e que façam as pessoas temerem a lei. Estamos contribuindo com isso nesse governo. Uma Controladoria Geral da União independente, a Polícia Federal. Não posso garantir a integridade moral de quem quer que seja. Idoneidade independe de qualquer filiação partidária.