Geddel, rápido no gatilho
O ministro Geddel Vieira Lima não faz rodeios. Ele vai direto ao assunto e toca na ferida sem sutilezas. Sobre a morte do senador Antônio Carlos Magalhães, Geddel foi lacônico no lamento e direto no prognóstico: "o momento é de esperança e de olhar para o futuro". Ou seja, o homem não perde tempo nem em velório.
Geddel Vieira Lima tem tudo para ser, de certa forma, o herdeiro político de ACM. O sucede no pragmatismo, na agilidade, no fazer política sem tergiversações, na prática da cooptação e até mesmo em algumas malvadezas.
O ministro encontrou um PMDB esmaecido e o transformou numa força política expressiva. Movimenta-se com rapidez, conquistando novos espaços e atraindo antigos carlistas que não suportaram a orfandade do poder. Com habilidade, ele também agrega forças de outras vertentes, a exemplo do prefeito João Henrique, que saiu do PDT e foi para o PMDB.
Petistas enciumados assistem com medo e espanto a essa movimentação frenética. Temem que o PMDB esteja construindo a pista que venha a lhe assegurar preferência nas futuras decolagens eleitorais.
O problema do PT é a letargia, a demora, é ficar na janela enquanto a banda passa. O partido ainda sofre com uma estrutura burocrática de repartição pública, enquanto a Geddel S/A é uma companhia ágil, com engrenagens azeitadas e, principalmente, com alguém no comando.
Política, como se diz, é a arte de ocupar espaços. E no cenário político baiano surgiu uma enorme lacuna a ser preenchida, com a morte do senador ACM. Como não vivemos em uma monarquia, a sucessão não obedece a um critério de sangue, portanto a disputa está aberta. Quem vencerá?
O vencedor será, obviamente, aquele que melhor se movimentar nesse tabuleiro de xadrez. Será também aquele que conseguir a proeza de transitar nos mais diversos setores políticos, com um discurso na ponta da língua para agradar a todos eles. E, além de tudo isso, se comandar uma legenda que está vinculada ao poder reinante, mas mantém a porta aberta para os velhos "inimigos", derrotados e sedentos, aí não tem jeito.
No folclore político baiano, muito se usou a sigla G.F., cujo significado é por demais conhecido no meio. O que não se sabia é que essas duas letrinhas teriam outro sentido, bastante apropriado:
Geddel Feliz.
Ricardo Ribeiro é jornalista e bacharel em Direito
6 comentários:
Não conheço o Ricardo Ribeiro,pela foto, parece ser um jovem; pelo texto, um incauto, desavisado.
Deixem "toninho malvadeza" morrer.Por que inventar outro? Gedel foi aluno aplicado do velho cabeça branca, e tem demonstrado competência como bom aluno.Mas chega de "toninhos malvadezas".Vamos pensar em gente nova, em "toninhos ternuras" que realmente amem a Bahia. Quem? Sei lá.Mas como certeza não é "gedelzinho".
Gonzalez Pereira
Incauto é quem não tem cautela. Desavisado é quem não recebeu aviso. Não atribuo nenhuma dessas "qualidades" ao autor do texto. Desejar outro Malvadeza é uma coisa. Refletir sobre o cenário político é outra bem diferente. Não misturemos, pois.
O cara que se identifica como Gonzalez pisou feio na bola. Parece não saber o que significam os termos utilizados nos comentários.
RR, tu deu show, brother.
Manda ver, maluco!
Pra ajudar mais o Geddel, o J Walker Wagner empacou e agora inventou outra: Quer trazer o W Pires pro seu governo.
O ACM vai rolar de rir.
Zelão Aplaude:
Belo texto Ricardinho. Oportuno e conciso. Ocê deu um banho de lógica em muitos "pseudos" analistas políticos da terrinha.
Tai um excelente mote pra ocê abraçar.
Vai em frente mêo garoto!!!
O "seo" Gonzales deve curtir sua aposentadoria em paz, com orações e penintências, depois de décadas de profícuo trabalho na radiofonia e na Câmara de Vereadores de Itabuna. Sua ausência nem era notada!!!!
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