A vassourada
"O relatório final da CPI do Cacau, instalada na Assembléia Legislativa, deve confirmar que a vassoura-de-bruxa foi introduzida no sul da Bahia de forma criminosa e culpar a União por não controlar a doença.
O relator Fábio Santana apresenta uma versão preliminar em janeiro, ainda durante o recesso parlamentar e também confirma o que a Polícia Federal descobriu em outubro: não dá para identificar os autores.
O relatório considera que a União, via Ceplac, não soube orientar os produtores, passou instruções erradas e não financiou a tempo as ações de combate à vassoura-de-bruxa.
As verbas do empréstimo aos cacauicultores saiu tarde e tinha prazo de pagamento curto demais. Seria impossível o produtor recuperar sua condição financeira antes de quatro anos." A Região Online.
Um comentário:
De março até o mês outubro deste ano de 2006 o que teve de vassoura-de-bruxa decolando do aero-bruxa que fica logo ali quem vai pra o São Caetano não tava em nenhum gibi, vassouras decolavam pra Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e etc e tal, decolando e ao mesmo tempo aterrissavam, as vassouras pincharam muros de colégios particulares, casa, praças até mesmo o Banco do Brasil foi infectado com fungo das vassouras sem bruxas, o que mais tinha era pilotos, co-pilotos e aeromoças bruxas/os e controladores de vôos das vassouras, o cardápio da nossa cidade era só vassouras com bruxas e bruxos e as vassouras sem bruxa é claro, até que em outubro do mesmo ano, uma das vassoura se revoltou e deu um basta e varreu da nossa cidade e da capital vários lixos políticos em decomposição da nossa Bahia, como disse o poeta: -
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio - e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?
Risomar Lima
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