Crime do Vaqueiro: "Existem indícios bastante fortes contra Marcos Gomes", diz delegado
O delegado Nélis Araújo concedeu entrevista sobre o crime do vaqueiro Alexsandro Honorato, assassinato ocorrido no dia 2 de dezembro, em Floresta Azul. Segundo Nélis, existem indícios bastante fortes de que o assessor especial da prefeitura de Itabuna, Markson Oliveira (conhecido como Marcos Gomes), tenha participado "de todas as etapas do crime (espancamento, cárcere e execução)".
Abaixo, os principais trechos da entrevista:
Diário do Sul - Quem ordenou que Alexandre fosse espancado?
Nélis Araújo - Segundo depoimento do Manuel, Alexandre foi espancado por várias pessoas, lideradas pelo principal suspeito, no caso Marcos Gomes. Depois de a vítima ter sido sumariamente surrada e já desmaiada, foram amarradas as duas mãos pelo pulso, para trás, em uma das pernas. Diversas testemunhas ouviram quando o proprietário da fazenda (Marcos Gomes) determinou em voz alta o encarceramento da vítima.
DS: Marcos Gomes tem participação em outros crimes? Que crimes são esses?
NA - Já é certa a autoria do senhor Marcos Gomes nos crimes de lesão corporal e cárcere privado. A Polícia neste momento desenvolve investigações para obter informações se, de fato, Marcos Gomes foi quem executou e praticou o crime de ocultação de cadáver contra a vítima Alexandre Honorato.
DS - Como foi encontrado o corpo da vítima na exumação?
NA - Durante a exumação, o delegado Evy Partenostro, que estava à frente da operação, conseguiu relatos de que o corpo, mesmo já em estado de putrefação, apresentava marcas e lesões claras, cortes profundos nas nádegas, nas costas, coincidindo com o que foi relatado pelas testemunhas como as lesões causadas pelo Marcos Gomes.
DS – Afinal, Marcos Gomes será indiciado por quais crimes?
NA - Não dá para atribuir a Marcos todos os crimes praticados neste caso, mas os indícios são bastante fortes para acreditar que Marcos Gomes participou de todas as etapas (espancamento, cárcere e homicídio).
DS - Os acusados terão intimações individuais?
NA - Estamos oficiando o prefeito Fernando Gomes de Oliveira, para que apresente os envolvidos, dado que o próprio Marcos Gomes é assessor especial do prefeito. Outros funcionários mais serão chamados, porque também têm cargos na prefeitura de Itabuna e estavam no local do crime, como nos foi relatado.
Já temos conhecimento de pessoas que trabalham para o Estado e um policial civil que poderia estar envolvido. Estamos investigando e seus respectivos chefes serão também oficiados a apresentarem seus subalternos na delegacia.
Para ler a íntegra da entrevista, clique a q u i.
Um comentário:
MG ainda tá solto? Só em Itabuna, viu!?
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