04 dezembro 2006

Mãe do índio Galdino recebe medalha em Brasília


D. Minervina Maria de Jesus é uma pataxó hã-hã-hãe. Ao mundo, trouxe 13 filhos. Um deles, Galdino de Jesus, queimado vivo por um grupo de 'mauricinhos' de Brasília, em abril de 1997.

A luta e a resistência de Minervina serão reconhecidas pela Câmara dos Deputados na próxima quarta-feira. Neste dia, ela receberá a medalha do "Mérito Legislativo", atribuída pela presidência da Câmara a figuras de destaque nacional.
Símbolo de um povo marcado pelas injustiças cometidas pelos "cara-pálidas", d. Minervina parte rumo à capital federal ainda nesta terça, às 17h, para receber a medalha.

Não será a primeira vez que ela estará pisando em solo brasiliense. Em 2001, por exemplo, ela foi à capital brasileira exigir a punição dos autores do crime bárbaro contra o índio.

Naquele abril de 2001, ainda era aguardado o julgamento de quatro dos cinco autores do crime: Max Rogério Alves, Antônio Novely Vilanova, Tomas Oliveira de Almeida e Eron Chaves Oliveira, todos com idades entre 22 e 23 anos. Um, G.A.J., era menor à época do crime.

Os outros, julgados em novembro daquele ano a 14 anos de prisão, gozam das benesses de serem filhos de juízes. Em outubro de 2003, por exemplo, foram flagrados tomando cerveja e namorando fora da cadeia, conforme uma reportagem do Correio Braziliense (14/10/2003).

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