Presídio de Itabuna já nasce pequeno
A TARDE
Ana Cristina Oliveira anaco@grupoatarde.com.br
A expectativa das autoridades da área de segurança de Itabuna (a 443 km de Salvador) é que a inauguração, hoje, de um presídio com 430 vagas provoque um impacto importante na redução das recorrentes fugas e rebeliões de presos na Casa de Detenção. No ano passado, uma rebelião teve saldo de um preso morto e dois policiais feridos.Este ano, já ocorreram duas fugas.
O juiz da Vara do Júri e de Execuções Penais, Marcos Bandeira, reconhece que, mesmo ampliando o número de vagas, o presídio já nasce pequeno – há cerca de 300 presos na Casa de Detenção e na carceragem das delegacias, além dos que cumprem pena em regime fechado e semi-aberto em Salvador, que irão retornar ao município.E ainda os de cidades vizinhas, que também virão para Itabuna.“Mas qualquer coisa é melhor que o inferno da Casa de Detenção”, opinou o magistrado.
Apontada como uma “fábrica de marginais”, a Casa de Detenção de Itabuna chegou a ser interditada pelo juiz Bandeira. Foi construída há mais de 30 anos para 48 presos e, atualmente, abrigava 156, em grupos de seis, nas celas que mal cabem duas pessoas.
O titular da 6ª Coordenadoria Regional de Polícia Civil do município, Nélis Araújo, espera que a unidade funcione nos moldes do Presídio Ariston Cardoso, em Ilhéus, eliminando a custódia de presos em carceragem nas delegacias e liberando os policiais para o trabalho de investigação nas ruas.
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