A Tarde: Marcos Gomes é suspeito do 'crime do vaqueiro'

"Filho de prefeito é suspeito de crime
JUSCELINO SOUZA VITÓRIA DA CONQUISTA
celinosouza@grupoatarde.com.br

O depoimento de Domício Honorato, prestado na sede da 22ª Coordenadoria Regional de Polícia (Coorpin) de Itapetinga (a 562 km de Salvador), pode ser fundamental para a polícia fechar as investigações sobre a morte do seu irmão, Alexandro Honorato de Souza, 26 anos. Domício aponta como autor ou mandante do assassinato Marcos Gomes, filho do prefeito de Itabuna, Fernando Gomes (PFL).

O irmão da vítima sustenta a versão com base em informações de testemunhas que teriam visto Alexandro ser torturado por alguns homens na Fazenda Redenção, pertencente ao acusado. A fazenda fica no município de Floresta Azul, sul do Estado. Segundo relato de Domício, a sessão de tortura foi durante uma vaquejada na propriedade, dia 2 (sábado) e, desde então, Alexandro não mais foi visto. “Depois que espancaram meu irmão, amarraram levaram para matar perto de Itapetinga”, sustentou.

O crime, ainda segundo o irmão da vítima, teria sido motivado por vingança. “Toda vez que ele via meu irmão fazia insinuações até que aconteceu isso”, sustentou. Alexandro foi encontrado morto, com pés e mãos amarrados, com perfurações no ombro e clavícula, na tarde de segunda-feira última. O corpo, que trajava calça jeans, foi desovado a 3 km da rodovia Itapetinga-Potiraguá e encontrado por populares em estado de decomposição.

Para ler a reportagem na íntegra, clique aqui (caso seja assinante).

Do Blog: A polícia designou três delegados para acompanhar o caso: são eles Evy Paternostro, Mary Mable Franco e Irineu Andrade. Estes dois últimos são de Itapetinga. Nélis Araújo e Suzano Sullivan são os coordenadores regionais da Civil e presidem o inquérito.

Ainda, segundo a reportagem de A Tarde, o irmão da vítima reconheceu entre os pertences da vítima uma meia branca com detalhe preto na parte superior. Investigadores estranharam a rapidez com que o corpo foi sepultado, poucos dias depois de ser encontrado.

Depoimento ouvido por este blog implica não apenas Marcos Gomes, mas um parente próximo, não consangüíneo.