19 janeiro 2007

Operação Vaqueiro

A defesa do assessor especial da Prefeitura de Itabuna, Markson Oliveira, conhecido como Marcos Gomes, definiu duas linhas de ação para o enfrentamento público do "Crime do Vaqueiro".

1 - A primeira linha de trabalho vai tentar jogar a opinião pública contra o trabalho do delegado regional Nélis Araújo de apuração do assassinato do vaqueiro, crime ocorrido dia dois de dezembro, após Alexsandro participar de vaquejada na Fazenda Redenção, em Floresta Azul. A fazenda é de propriedade do filho do prefeito de Itabuna.

2 - Segundo nos antecipa uma fonte do centro administrativo Firmino Alves, a segunda frente vai trabalhar para mostrar uma suposta "outra face do Alexsandro". Essa fase de "desconstrução" incluiria relatos de supostos pequenos delitos do vaqueiro. "Vão querer mostrar que ele não seria esse santo, como tentam pintar". Para esse trabalho, o grupo atuará convencendo moradores de Santa Cruz da Vitória a falar mal do vaqueiro assassinado. "Acionamos até um veículo de comunicação", diz a fonte.

Na verdade, conta, os trabalhos já começaram e incluem o 'acionamento' de uma equipe de comunicação (que atuaria como "detetives") e o escritório de advocacia do suspeito. O esforço concentrado trata-se de uma ordem do prefeito - e do 'pulso firme' de Marcos Gomes.

Portanto, não estranhe se uma emissora de rádio apresentar reportagens sobre a vida pregressa do vaqueiro ou uma tevê fazer reportagens na cidade da vítima. Ou um jornal "detonar" o vaqueiro morto a chicotadas e dois tiros no peito e um na nuca. Tudo está sendo urdido e bem planejado. O chumbo grosso sobraria até para o delegado regional ("o delegado age corretamente, mas sempre traz resultados dizer que alguém age 'politicamente'").

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