Aos nobres prefeitos - e marqueteiros
Ex-Blog César Maia
1. O terceiro ano de governo é sempre o ano crítico tendo em vista as eleições no ultimo ano. 2007 é um ano critico para 2008.
2. Há dois fatos que explicam. Num quadro sem terremotos o eleitor julga os governos tendo como referencia os dezoito meses anteriores ao inicio da eleição. Esse é um interessante produto da experiência popular e política. Os governos sabem que o ciclo de suas realizações deve ser ascendente, pois serão julgados no último ano.
A população sabe que os governos no começo, justificam o freio de arrumação colocando a culpa nos governos anteriores. Isso os leva -ambos-eleitores e governos, a um encontro, a partir do carnaval do penúltimo ano.
3. Lula só não perdeu a eleição de 2006 pela incompetência da oposição que não soube fixar com intensidade as imagens do terremoto mensageiro de 2005. Especialmente a partir do ultimo trimestre. Mas assim mesmo a eleição foi para o segundo turno e neste Lula teve que mudar tudo, discurso, acordos, e apelações para ganhar, se valendo dos erros da oposição. A diferença no primeiro turno foi de apenas 7 pontos.
4. Arrumar o terceiro ano de governo é fundamental. Os governos "terminam" no final do primeiro ano/início do segundo. Tudo o que eles podem fazer está lançado, processado, decidido, licitado, aí. O demais são ajustes, intervenções pontuais e reações. O que cabe no terceiro ano e primeiro semestre do quarto é dar visibilidade aos pontos de maior impacto em nível sub-regional, setorial, social ou temático.
A política de comunicação - e não se trata de mídia espontânea nem de publicidade paga- deve ganhar capilaridade e interlocutores de forma a ter um multiplicador horizontal, sempre o decisivo: "tardianamente", ( Gabriel Tarde como já foi apresentado aqui neste Ex-Blog).
Continua na postagem abaixo.
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