13 dezembro 2006

Crime do Vaqueiro: pode sair preventiva de Marcos Gomes

A polícia não tem mais dúvidas da participação do filho do prefeito Fernando Gomes, o assessor Marcos Gomes, nas sessões de espancamento e tortura do vaqueiro Alexandre Honorato Souza, 26 anos. O crime, segundo diversas testemunhas, ocorreu durante uma vaquejada na fazenda Redenção, em Floresta Azul, entre a noite do sábado, dia 2, e a madrugada do domingo, dia 3.

A certeza da participação de Marcos Gomes se deu após a exumação e reconhecimento do corpo do vaqueiro Alexandre Honorato Souza ontem à tarde. O corpo havia sido enterrado como indigente num dos cemitérios de Itapetinga.

O delegado e coordenador regional da Polícia Civil em Itabuna, Nélis Araújo, afirmou ao jornal A Região que a participação do filho do prefeito de Itabuna está clara, e apenas faltam "poucos elementos para unir Marcos Gomes à execução e ocultação do cadáver".

Disse o delegado:
"Já está definido e claro, mediante as investigações, que Marcos Gomes está diretamente ligado ao crime de tortura e cárcere privado. Faltam poucos elementos para unir o mesmo à execução e ocultação de cadáver".

Nélis classificou como horror a sessão que resultou na morte de Alexandre (ou Alexsandro): "O horror a que a vítima foi submetida, subjugada para ser humilhada, espancada e trancafiada, deixa claro que na Fazenda Redenção havia mais crucificadores do que solidários".

O conjunto de provas e o relato de testemunhas fazem a polícia estudar a necessidade de prisão preventiva contra Marcos Gomes. Segundo funcionários da prefeitura de Itabuna, Marcos não aparece no trabalho desde a semana passada, quando o caso começou a ser comentado nas ruas e esquinas de Santa Cruz da Vitória, Floresta Azul e Itabuna.

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