Bolsa-Família, natal e economia
Você até pode discordar do programa de transferência de renda Bolsa-Família, mas conhece a força que ele exerce sobre a economia local, principalmente nos bairros periféricos?
O assunto dá uma boa pauta para os jornalistas. Somente nos nove primeiros meses de 2006, o Bolsa-Família injetou R$ 8.499.429,00 na economia de Itabuna.
A cifra é maior do que os recursos repassados pela União a municípios como Buerarema, Itajuípe e Uruçuca - e R$ 100 mil a menos do que recebeu Coaraci em igual período. Ou Floresta Azul e Itapé, juntas!
Essa é a força do Bolsa-Família.
Você sabe o que é um roncar de fome, caro leitor?
Alguns, com a mesa farta ou nem tanto, dizem que o programa tem caráter assistencialista. Esquecem das contrapartidas: se não levar o filho ao posto de saúde e se o 'minino' deixar de freqüentar a escola, por exemplo, o benefício vai pro beleléu.
Pode ser aperfeiçoado? Claro que sim.
Um exemplo sintomático das mudanças impostas pelo Bolsa-Família é a campanha contra a fome. Iniciada por Betinho, ela agora, em vez de comida, pede que você (nós) doe brinquedos, livros.
Existe sinal melhor do que esse em prazo curto?
Mas se você quer saber o que é o Bolsa-Família, pergunte a uma das 17.190 famílias assistidas aqui em Itabuna.
Dona Silvanir, por exemplo, recebeu R$ 795,00 nos nove primeiros meses deste ano. Não é lá esse dinheiro pra quem está aqui escrevendo ou pra você, leitor.
Para dona Silvanir, faz diferença. As crianças na escola, então...
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