MLT faz ocupações e apresenta pauta ao governador

Desde a semana passada, os membros do Movimento de Luta pela Terra (MLT) realizam uma série de mobilizações para pressionar o governo a abrir espaço à agricultura familiar e políticas que favoreçam os assentados.

No último dia 7, os coordenadores do MLT conseguiram uma audiência com o secretário de Agricultura do Estado, Geraldo Simões, no plenário da Câmara de Vereadores de Itabuna. Cobraram, entre outras coisas, a oportunidade de participar das discussões sobre o PAC do Cacau.

Quatro dias depois de falar com o secretário, o MLT ordenou a ocupação da Fazenda Tijuca, na região da Lagoa Encantada. Cerca de 100 famílias permanecem na propriedade.

Na sexta-feira passada, o movimento protocolou , no Governo do Estado, uma pauta de reivindicações com 11 itens. Eles querem que o governador intervenha junto ao Incra para obter a aceleração das desapropriações.

De acordo com o MLT, existem 3.500 trabalhadores rurais acampados em barracos de lona na Bahia. Alguns já estariam esperando há mais de sete anos pela liberação de um pedaço de terra. O documento encaminhado ao governador cita como exemplos os acampamentos de Itabuna, Una, Andaraí, Mucugê, Mundo Novo e Eunápolis.

Os membros do movimento solicitam ainda a construção de 3 mil moradias, 8 mil cisternas para a captação de águas pluviais e recuperação de 15.700 quilômetros de estradas vicinais, além da liberação de 22 tratores com implementos agrícolas, entre outras ações.

Com o objetivo de pressionar o governo, o MLT comandou a interdição da rodovia Ilhéus-Uruçuca, na manhã desta segunda-feira. A pista foi interrompida de 9h às 11h, na altura da entrada do distrito de Rio do Braço.

Trabalhadores na Fazenda Tijuca