Passada a eleição, a Veja desce do palanque e baixa o tom...
... e faz matéria jornalística sobre o Governo Lula
Quem conferir a edição deste final de semana, pode achar estranho o tom utilizado pela Revista Veja sobre a reeleição do presidente. A matéria apenas comete um erro: chama de pífio o primeiro governo de Lula. Não foi isso o que achou os eleitores brasileiros, inclusive os paulistas - que lhe deixaram apenas 4,5 pontos abaixo da votação de Alckmin. Abaixo, trecho da matéria principal da revista semanal.
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A encruzilhada
O presidente em seu gabinete no Palácio do Planalto:
sem a retórica eleitoral, o discurso é bom
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi reeleito com 58.295.042 votos – a segunda maior votação que um governante já obteve na história das democracias ocidentais. Além do formidável respaldo popular conquistado nas urnas, o presidente Lula terá a maioria dos governadores do país ao seu lado e sua base parlamentar será mais ampla do que no primeiro mandato.
Com esse vasto leque de apoio, o segundo governo de Lula pode ter força política para fazer muito, mas isso não o coloca necessariamente no rumo certo para comandar um país moderno, democrático e com uma economia crescentemente globalizada como o Brasil.
A boa notícia é que, logo depois de reeleito, Lula desceu do palanque, despiu-se da retórica eleitoral exibida em seus programas na televisão e mostrou que sabe com clareza o que precisa ser feito para entrar para a história como um presidente modernizador – e não como uma versão adocicada do venezuelano Hugo Chávez.
Para ganhar a eleição presidencial em 2002, Lula se viu obrigado a lançar a famosa Carta ao Povo Brasileiro, um documento no qual conseguiu espantar os receios de que um governo petista rasgaria contratos e destruiria os pilares da estabilidade econômica tão arduamente postos de pé pela sociedade brasileira. Na carta, comprometia-se a pagar as dívidas interna e externa, garantia manter as metas do superávit primário e prometia manter a política de controle da inflação.
Desta vez, Lula não precisou lançar carta alguma, mas, mesmo assim, em suas intervenções públicas na semana passada acabou reafirmando uma série de princípios básicos – que, se forem cumpridos nos moldes apontados pelo presidente, proporcionarão um segundo mandato com chances reais de representar um avanço para o país.
VEJA compilou os principais pontos abordados pelo presidente em seu pronunciamento à nação, transmitido em cadeia nacional de rádio e televisão na terça-feira, e nas quatro entrevistas que concedeu às principais emissoras de televisão do país. Dali, emerge um guia bastante claro sobre o que pode ser o governo Lula segundo o próprio Lula. Os pontos analisados vão do controle da inflação à estabilidade econômica, parceria com empresas e redução de impostos.
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