Quase desfalca
Dizem que político vende até a mãe para ganhar uma eleição, mas - como diz Heloísa Helena - não entrega a genitora, não por amor à própria, mas pela possibilidade de oferecê-la novamente.
Na eleição da nova Mesa da Câmara de Vereadores de Itabuna teve de tudo. Até polícia entrou no samba, pela primeira vez na história das disputas pelo comando do legislativo municipal.
Atribuem à oposição a divulgação de um boato, segundo o qual haveria um mandado de prisão expedido contra o vereador Adilson José, do bloco situacionista. Segundo as más-línguas, AJ estaria envolvido em um caso de pedofilia. Ou seja, alguém quis surfar na onda do Doutor Nélis Araújo, coordenador da Polícia Civil em Itabuna que, ontem, prendeu nove suspeitos de abuso sexual contra menores.
O objetivo do boato seria intimidar o vereador, para que o mesmo não comparecesse à sessão e deixasse de votar no candidato Milton Cerqueira, homem do prefeito Fernando Gomes. Mas Adilson não comeu a farofa e foi ao plenário, não se sabe se com um habeas corpus preventivo escondido no paletó.
Boatos à parte, o fato é que um ex-assessor do vereador, um açogueiro de nome Nilton Santos, apresentou notícia-crime contra AJ no Complexo Policial de Itabuna. Conclui-se, então, para atenuar a sem-vergonhice dos boateiros, que a nuvem sobre o teto da Câmara não era apenas fumaça. Como costuma acontecer, tinha fogo na história.
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