28 fevereiro 2007

Condenado por matar jornalista volta para a prisão

O Tribunal de Justiça da Bahia negou recurso de apelação e mandou de volta para a cadeia o policial Monzar Costa Brasil, condenado a 18 anos pelo assassinato do jornalista Manoel Leal, em outubro de 2003. A decisão do Tribunal foi tomada na segunda-feira e o polical preso hoje pela manhã, quando chegava a uma delegacia de Camaçari.

A soltura em 2003
Logo após ser condenado, Monzar conseguiu, em decisão inédita e rápida, responder em liberdade à acusação de assassinato do proprietário do jornal A Região. O juiz que garantiu ao réu responder em liberdade ao processo, mesmo após julgamento e condenação em primeira instância, foi o magistrado Aliomar Silva Brito, juiz substituto da Segunda Câmara Criminal de Salvador, às vésperas do natal de 2003.

O crime
O crime aconteceu no dia 14 de janeiro de 1998, quando Leal voltava para sua casa, no bairro Jardim Primavera. Ele foi assassinado por Monzar com seis tiros, sendo dois pelas costas.

Três testemunhas viram Monzar no local, dia e hora do crime, sendo que uma delas viu o policial descer do carro e atirar friamente contra o jornalista.

Monzar fez parte de um esquema montado pelo ex-prefeito carlista Fernando Gomes para perseguir adversários em Itabuna, junto com o delegado (seu chefe e sócio) Gilson Prata. Denunciado por A Região em dezembro de 97 por receber dinheiro do ex-prefeito para realizar a ação, Prata perdeu prestígio e a chance de ser o novo Secretário de Segurança Pública.

Monzar foi denunciado na mesma matéria, por também ter recebido "ajuda de custo" da prefeitura. A perseguição aos inimigos de Gomes valeu um processo impetrado pelo ex-agente policial Jacob Bittar contra Prata, Monzar e outros.

Estranhamente o processo foi sequestrado do Forum Ruy Barbosa pela então secretária de Segurança da Bahia, Kátia Alves, logo que o inquérito sobre a morte de Leal começou a andar.

Com informações do site www.aregiao.com.br

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