Alckmin provocou "ausência de dinheiro" em São Paulo, diz atual governador
O candidato tucano à presidência da República, Geraldo Alckmin, fez maquiagens nas contas públicas do governo de São Paulo, a julgar pela notícia confirmada pelo atual governador, o pefelista e aliado Cláudio Lembo. Nota da colunista Mônica Bergamo na Folha de São Paulo, hoje, revela o descaso do "chuchu" com as contas da maior economia da Federação. Eis a nota da colunista:
HERANÇA TUCANA
São Paulo vive "ausência de dinheiro" após Alckmin
Da coluna de Mônica Bergamo
NATURAL
Os "ajustes naturais", como diz Geraldo Alckmin, que estão sendo feitos por seu sucessor, Cláudio Lembo, para zerar as contas do Estado de SP não são assim tão naturais: o projeto que prevê perdão de juros e multas para quem pagar já o ICMS foi enviado à Assembléia Legislativa no dia 9 de agosto -cinco meses depois de Alckmin ter deixado o cargo e quando Lembo verificou que o corte de gastos e a diminuição do ritmo de obras não seriam suficientes para cobrir o rombo nas contas do governo. A anistia parcial de débitos visa aumentar rapidamente a arrecadação.
MACHUCA, DÓI
Lembo evita falar em "rombo". "É uma palavra que machuca, dói", afirma. "Diríamos que há em SP uma ausência de dinheiro, uma quebra de execução orçamentária." Sem as receitas extraordinárias, não apenas obras, mas também repasses obrigatórios para estâncias turísticas não seriam honrados.
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