21 setembro 2006

Lula vai a 51 e Alckmin a 27%, diz Vox Populi

Abaixo, resultado da pesquisa Carta Capital-TV Bandeirantes/Vox Populi

O dossiê e o voto

Nova pesquisa CartaCapital/Vox Populi indica que o escândalo do dossiê Serra não afetou uma possível vitória do presidente Lula ainda no primeiro turno.
Por Redação CartaCapital

Lula apanha, apanha – e cresce. A nova pesquisa Vox Populi/Carta Capital, em parceria com a TV Bandeirantes, já pôde avaliar o efeito da crise do dossiê Alckmin-Serra (aquele que relaciona os candidatos do PSDB ao escândalo dos sanguessugas) na reeleição do presidente da República. A conclusão é: o efeito é nenhum. E a eleição deve mesmo ser decidida em favor de Lula já no primeiro turno.

Lula oscilou de 50% para 51%. Geraldo Alckmin cresceu de 25% para 27%. Nos dois casos, as mudanças estão dentro da margem de erro, que é de 2,2%. Dois mil eleitores foram ouvidos, em todo o Brasil, do sábado, 16, à terça-feira, 19, período em que a imprensa já bombardeava o PT pela desastrada tentativa de divulgar o dossiê.

Houve pequenas mudanças na intenção de votos dos outros candidatos. Heloísa Helena, do PSOL, caiu de 9% para 6%. Christovam Buarque, do PDT, tinha 2% duas semanas atrás e agora tem 1%. Os demais não aparecem.

Desde maio, vem crise, vai crise, a candidatura Lula navega num mar de estabilidade. O presidente tem 46% de intenção de voto na pesquisa espontânea (Alckmin fica com 23%). O Instituto Vox Populi sugere que Lula vence, a menos que venha por aí um tsunami (e a crise do dossiê das ambulâncias, aos olhos do eleitorado, não parece ser um). O estardalhaço da mídia e as demissões próximas do presidente não comoveram o eleitorado, a pouco mais de uma semana do voto.

Em sua análise, o sociólogo Marcos Coimbra, diretor do Vox Populi, aponta as razões da resistência eleitoral de Lula. E desmonta cinco teses que, segundo ele, são ditados pela má fé, pela desinformação e pelo preconceito. A de que o eleitor de Lula é “burro”; ou “cínico”; ou “manipulado”; ou “nordestino”; ou “miserável”. Leia mais na edição impressa de Carta Capital.

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