28 junho 2007

473 anos de história jogados no lixo

Gerson Menezes
publixcriativo@hotmail.com

Ilhéus, cidade mãe da região Sul do Estado, vive o período político e administrativo mais obscuro da sua rica história. Adotando a expressão predileta do presidente Lula, “nunca nesta cidade” se assistiu a tantos descalabros, tanta falta de senso, ausência da ética e, por outro lado, de imobilismos de uma sociedade.

O inculto ex-caminhoneiro Valderico Reis, que assumiu a prefeitura por força do desencanto da população ilheense com o governo de Jabes Ribeiro e a sua “Aliança para o Bem de Ilhéus”, faz questão de desmoralizar e jogar no lixo, através da incúria administrativa que é a tônica do seu governo, todo um passado histórico da cidade e do povo de Ilhéus. Mais parece uma vingança de quem não teve história. Ou que dela conscientemente não se orgulha.

Cercado pela incompetência dos seus principais assessores, Valderico, como que achando pouco, acaba de se “homiziar” com Cosme Araújo, ex-vereador e um político no ostracismo, que hoje é quem manda no governo.

Cosme, acostumado a lidar diretamente com o crime, talvez por força do hábito adquirido com a sua profissão de advogado criminalista (também vulgarmente chamado de advogado de porta de cadeia), encontrou no governo de Valderico, constantemente envolvido com denúncias da prática de crimes contra o patrimônio público, o campo fértil para o exercício “não tão legal” da profissão. Sua participação ostensiva e sua capacidade de “infiltração,” caíram, como uma luva, aos intuitos de Valderico.

Enquanto isso, a inércia da sociedade ilheense e a criminosa conivência da Câmara de Vereadores estão deixando a população a assistir atônita a tudo, sem poder reagir. No dia em que completa 473 anos, Ilhéus nada tem a comemorar do presente. Pelo contrário, muitos temem o futuro.

Como único presente, Valderico premiou Ilhéus, com o último dos seus descalabros: - Transferiu a sede do executivo do histórico Palácio de Paranaguá para uma antiga garagem de ônibus, mostrando todo o seu desprezo pela história de Ilhéus e do seu povo. No dia das comemorações dos seus 473 anos, Ilhéus bem poderia mandar rezar uma “missa de sétimo dia”, em memória da sua história insepulta.

Permitam-me que diga: - Ilhéus, o seu povo e a sua rica história não merecem tamanha insensatez!

Gerson Menezes é publicitário

3 comentários:

Anônimo disse...

O artigo é lúcido, verdadeiro e corajoso. É triste ver nossa bela Ilhéus agonizando, sem perspectivas. Uma cidade de tamanha beleza e tanto potencial, entregue à sanha devoradora de um grupelho incompetente. Valderico é a prova viva de que a revolta do povo nem sempre caminha na melhor direção.

Anônimo disse...

Zelão Apalude:

Pois é Sêo Juca. Mas o povo não pode ser culpado. Imagina o sinhó, em um país donde a justiça é cega, o povo, anarfabeto e pobre seguiu o tilintar das moedas que sêo Val Di Rico distriubuiu na capanha.
KKKKKKKKK

Bel disse...

E pior: o PROJETO SENTINELA - sério e competente, saiu da rua do café, bem no centro da cidade para o ponto final da linha "Litorânea Norte", no São Domingos, na rua "T", pra uma casa de dito cujo prefeito. E os descalabros que ele disse á equipe do Sentinela (verdadeiras heroínas), no dia 27, não são dignos de serem repetidos.
Só orando nos 4 cantos da cidade pra ver se tem jeito, porque aqui, só Deus mesmo!!!