Fujão? Repórter havia confirmado presença na CPI do Cacau
Deputados membros da CPI do Cacau ainda buscam justificativa para a decisão do jornalista da Veja, Policarpo Júnior, que, na última hora, desistiu de depor na comissão que investiga a suposta sabotagem biológica na lavoura cacaueira baiana, na terça-feira. A Assembléia Legislativa, segundo informações, havia confirmado a vinda com o próprio repórter e, ainda, providenciou a compra das passagens para o mesmo.
Em vez de comparecer, Policarpo (através da Editora Abril) enviou correspondência atribuindo falta de agenda em função do período eleitoral. Diz a missiva: "com a atual conjuntura pré-eleitoral, é muito difícil para a redação disponibilizar um jornalista para que ele se desloque de Brasília para Salvador". Policarpo Júnior foi o autor da reportagem que detonou o caso da "sabotagem biológica" e envolveu petistas como o ex-prefeito Geraldo Simões, candidato a deputado federal, e Everaldo Anunciação, candidato a deputado estadual.
Contra o jornalista, existem depoimentos de pesquisadoras como Karina Gramacho e Maricilia Arruda. Esta última diz que em nenhum momento deu entrevista ao repórter e acusa a Veja de não ter publicado uma carta-resposta enviada à redação da revista semanal. Maricilia se diz decepcionada com a postura de Veja, que a usou para construir a segunda das matérias feitas sobre o caso.
A CPI volta aos trabalhos após as eleições, no dia 10 de outubro. Há quem aposte que a comissão acaba "antes do fim", no dia 1º de outubro. De acordo com o relator da CPI, deputado Capitão Fábio, o principal acusado do crime de sabotagem, o ex-prefeito Geraldo Simões, será o último a ser ouvido.
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