17 janeiro 2008

Gasparetto analisa sucessão em Itabuna

Qual o peso da candidatura de Juçara Feitosa? Geraldo Simões terá poder de transferência de votos para a esposa? O sociólogo Agenor Gasparetto, da Sócio-Estatística, responde a essas e outras questões sobre a sucessão municipal em Itabuna. Confira, abaixo:

Eleições em Itabuna

Itabuna, confirmando-se a não candidatura de Geraldo Simões, até então candidato melhor posicionado nas pesquisas de opinião à sucessão de Fernando Gomes, abre um expressivo vácuo, sinalizando para um campo aberto a (quase) todas as possibilidades.

O deputado federal, hoje secretário da pasta da Agricultura do governo Wagner, sinaliza em lançar como candidato sua mulher, Jussara Feitosa, que ocupou secretaria em sua segunda e última passagem na prefeitura de Itabuna. Trata-se de uma aposta.

Num primeiro momento, Jussara tiraria de Acácia a condição de única mulher candidata a prefeito. Observa-se que Itabuna nunca teve uma mulher eleita para o cargo de prefeito. Como as mulheres andam cada vez mais em alta mundo afora, Itabuna, cidade com vocação cosmopolita, parece seguir tendência de reservar às mulheres o comando.

Nesse sentido, se a eleição com a desistência de Fernando Gomes, prefeito pela quarta vez, face seu desgaste político, abriu-se um vácuo, hoje ocupado particularmente por dois nomes, Capitão Azevedo e Acácia Pinho, uma eventual não candidatura de Geraldo Simões representa o desaparecimento do outro pólo da disputa eleitoral em Itabuna desde os anos 90.

Pode estar sendo encerrado, aqui, um ciclo de alternância de poder entre os dois grandes nomes da política local dos últimos 20 anos: Fernando Gomes e Geraldo Simões.

Sobre a transferência de votos

Toda vez que um líder não é candidato, emerge uma instigante questão: o poder de transferência de votos. Portanto, mais uma vez, com as saídas de Fernando e Geraldo essa questão ganha relevo.

A propósito, é comum se ouvir que líder não transfere votos. Que isto não acontece.

Olhando a questão retrospectivamente, sou tentado a concluir o oposto: o líder transfere sempre. Contudo, a evidência empírica parece negar sistematicamente essa assertiva. Sendo assim, complemento: o líder transfere sempre, mas toda transferência não é uma ação unilateral. É constituída de duas dimensões: daquele que transfere e daquele que é receptor do patrimônio político corporificados em votos. Essa ponte, a transferência, acontece se e somente se o receptor estiver à altura, na percepção do eleitor, o verdadeiro senhor dos destinos eleitorais, do cargo pretendido.

O que acontece, quase sempre, é que o sob o poder carismático do líder, essa árvore de poder frondosa, sob sua benevolente sombra, o ambiente é árido para que novas lideranças surjam e se consolidem e brilhem com luz própria.


Assim, ainda que a transferência seja uma possibilidade real da parte do líder, funciona mal ou não funciona tão bem na outra ponta e o eleitor segue outros caminhos e a desejada transferência fica no meio do caminho, literalmente. Na prática, a transferência é difícil. Muita engenharia é sempre necessária para que a ponte da transferência de votos funcione e os votos fluem de uma ponta a outra sem se desviarem pelas tentações que acossam os eleitores.

Leia mais em www.agenorgasparetto.zip.net

4 comentários:

Anônimo disse...

Cada estrêla tem sua luz própria , se a estrêla de Dona Juçara Feitosa brilhar,Geraldo Simoões consegue transferir seus votos a esposa, caso contrário a luz de Juçara Feitosa vai apagarde vez a estrêla brilhante de Geraldo Simões, e novas lideranças irão surgir na terra de Tabocas, talvés a ácacina seja a luz a brilhar em 2008, e encerrar a carreira política de GS, FG, etc.Em 5 de outubro iremos saber quem será a nova estrêla brilhante em Tabócas!

Anônimo disse...

Essa de transferência por aki pela região em especialmente em Itabuna não é muito confiável não...
Vale relembrar 3 fatos...
1ªA mulher do vereador do sarinha que era analfabeto não conseguiu se eleger... MEsmo com borbão de quem vota em mim vta nele
2ª O caso de Digão irmão de Ricardo Xavier não cnseguiu se eleger a vereador ...
3ª Marcos Gomes não teve voto suficiente pra se eleger sendo que seu pai é campeão de votos...

E aí Quer mais exemplos é só pedir que tantos e tantos mais aí na política local pra dizer que transferência de voto é uma bobagem é uma mentira...

Anônimo disse...

Não é só em Tabocas que é dificil a transferência de votos! O eleitor tem preferência por um candidato se não for ele , vota em outro candidato, más não naquele que ele tá apoiando , como se fosse ele o candidato! Jabes pediu votos para seu irmão Joabs Ribeiro ser eleito dep-estadual em Ilhéus, não elegeu o irmão, em 2002 pediu votos para prof. Soanes Nazaré não conseguiu eleger o prof. que teve somente 9.000 votos, tentou emplacar mais uma vez Rodolfo Tourinho Senador levou ferro outra vez, e assim vai de derrotas em derrotas o ex-prefeito tá perdendo. a dgnidade, prestígio, e virou um esmolê quer ser é secretário do Governo de Jaques Wagner de qualquer maneira, más JW tem relutado em nomear Jabes Ribeiro como secretário, que sabe que fatalmene será traido!Perdeu tods as eleições, que apoiou algum candidato, e agora seu nome é talvés o mais odiado em Ilhéus!Vai ser o Judas queimado na semana santa!

Anônimo disse...

O proprio secretario transferiu tantos votos pra o irmão não foi? pois então, vai transferir tambem pra a mulher. O irmão vai transferir os parcos votos dele para o Porquinho, o Ruy.

E assim a vida continua......