Quem vai querer?
Gerson Menezes
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Ao chegar melancolicamente ao fim da sua bem-sucedida carreira política, o prefeito Fernando Gomes parece renegar e até buscar se vingar de tudo e todos, principalmente daqueles que, ao longo da sua vida pública, serviram de degraus para a sua ascensão.
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Teimosamente se mantendo no cargo, Fernando Gomes mostra-se desesperançado e alquebrado. Tendo perdido desde o início do atual governo as rédeas do comando, permitiu que se instalassem várias “facções” dentro do próprio governo municipal e, hoje, não consegue mais submetê-las ao seu comando único.
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A maior vítima desta apatia política que se abateu sobre Fernando é o Capitão Azevedo. Ao vice-prefeito Fernando deve, sem sombra de dúvidas, os cerca de dois mil e oitocentos votos que garantiram a sua vitória no último pleito municipal sobre Geraldo Simões.
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Naquele momento da política, Azevedo tinha certa a sua eleição para a Câmara de Vereadores e dela abriu mão para se submeter humildemente aos ditames do seu partido e aceitar ser o vice de Fernando.
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Agora que se lançou candidato a prefeito, Azevedo não sabe se conta com o verdadeiro apoio de Fernando, que flerta abertamente com o capitão Fábio e Acácia Pinho, além de ter entregado o comando do DEM a Maria Alice, sabidamente uma desafeta de Azevedo.
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Alegando desestímulo com a política e cansaço físico, Fernando Gomes, desistiu de enfrentar o seu arquiinimigo Geraldo Simões, tirando dele o discurso que por certo usaria, mostrando a falência da administração de Fernando.
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Fernando, velha raposa, sabe que suas forças políticas já não são as mesmas. Sem o apoio do Governo do Estado e a frente de uma administração eivada de vícios e de denúncias, amarga uma pesada rejeição – que, segundo pesquisas, é de 67% junto à população itabunense.
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Diante de tudo o que vemos, sabemos e assistimos, quem, a não ser os seus “eternos penduricalhos políticos”, verdadeiramente querem apoio de Fernando Gomes, sem os recursos financeiros e da máquina administrativa da prefeitura, os quais Fernando diz não estar disposto a conceder?
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Nesses oito meses que nos separam do dia 5 de outubro, muita água ainda irá rolar por baixo da ponte. Muitos ainda irão implorar de joelhos que Fernando ande nas empoeiradas, esburacadas e fétidas ruas dos bairros de Itabuna, suba nos palanques e peça os votos que, acreditam, os levarão ao poder.
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Só que Fernando sabe que não pode confiar no amanhã. E, entre as dúvidas e certezas, prefere ele mesmo escrever as últimas páginas da sua história política.
Gerson Menezes é publicitário.
2 comentários:
ô seu Gerson Menezes, voltou depois de umas férias, afinal ninguém é de ferro, né seu Gerson!
Más pode deixar que seu Fernando Gomes, não precisa de se preocupar não que nos tratamos de escrever para ele as últimas pagínas de sua história política (ou melhor quero dizer de polícia), que depois que terminar seu mandato ele vai tá aparecendo todos os dias nas paginas polícial dos jornais de Tabocas, quem sabe até com direito a uma aparição no Linha Direta!
Bem colocado. perfeita análise. Você merece e muito elogios.
Sua colocação foi perfeita. De binóculos enquanto os petistas insistem em usar o microscópio.
Parabéns,
gerson
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