12 abril 2007

Não sou palhaço

Lembro de um personagem, salvo engano interpretado por Jô Soares, nos bons tempos, em que ele dizia que tinha nariz de palhaço, roupa de palhaço, chapéu de palhaço, mas não era palhaço. Tento dizer a mim mesmo que eu não sou palhaço. Falo no sentido pejorativo. Tenho, no entanto, a maior admiração e respeito pelos palhaços de verdade. O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP) não é palhaço. Nem no bom nem no mau sentido. Talvez sua excelência ache que somos palhaços - no mau sentido. Ele vai propor um aumento salarial de 82,8% para o presidente Lula, que passaria a ganhar R$ 16.250,42 ao invés dos atuais R$ 8.885,48. Aliás, é o mesmo reajuste a ser repassado aos ministros e aos parlamentares.

O palhaço nato faz rir. É diferente de palhaçada torpe. Palhaçada é negar aos aposentados e pensionistas uma vida diga. Palhaçada é impedir aos trabalhadores qualquer tipo de reajuste salarial que possa comprometer as contas do governo. Palhaçada maior é impingir ao salário mínimo o mínimo do mínimo.


TRECHO DE ARTIGO DO JORNALISTA JÂNIO LOPO (TRIBUNA DA BAHIA)
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