“Nunca nesse país...!”
Gerson Menezes
publixcriativo@hotmail.com
Nunca, jamais, em tempo algum, essa expressão foi tão usada e abusada, a ponto de se constituir no maior “case de marketing político” dos últimos tempo e dono do maior “recall” de mídia. Embora seja uma expressão “atemporal”, reflete uma estratégia de marketing bem elaborada. Com ela, o presidente Lula, tem contra atacado todas as denúncias de erros estruturais e comportamentais do seu governo.
Estribado no “prometido sucesso da economia nacional”, no programa Bolsa-Família, na baixa cotação do dólar e no aumento das reservas cambiais, o esgrimista presidente, com desenvoltura e jogo de cintura ímpar, tem alcançado os maiores percentuais de aceitação pública ao seu governo e, principalmente, a sua atuação pessoal.
Bramindo espetacularmente as palavras chaves do seu discurso: “Nunca nesse país...”, o presidente Lula tem conseguido relegar a plano secundário o caos do setor aéreo, as denúncias de corrupção na Infraero, a conclusão do inquérito da Polícia Federal que confirma as conclusões da CPI que apontaram corrupção nos Correios, na aceitação e posterior condenação aos operadores de vôo e no puxão de orelhas público que foi obrigado a aceitar das Forças Armadas.
Contrariando a mais elementar técnica do marketing que preconiza que não se deve usar palavras ou conceitos negativistas ou que criem dúvidas no público alvo, o marketing do presidente desmente tudo e, no que parece ser uma contra-mão, chega ao seu objetivo: - Manter elevado o grau de aceitação do governo e do presidente.
No entanto, o que mais me preocupa é que vejo confirmar-se a técnica de propaganda nazista, pela qual a mentira, repetida mil vezes, acabava por se tornar verdade. Aumenta essa minha preocupação quando vejo a insistência com que o governo quer criar uma mega-estrutura de comunicação pública via televisão, além da mídia generosa veiculada na rede privada.
Espanto-me, quando vejo a mediocridade servir de parâmetro comparativo de governo. Arregalo os olhos, para tentar ver o que a maioria que aprova as ações e atos do governo não consegue ou não quer ver. Tremo só em pensar que, ciente do sucesso e aceitação do seu discurso, o que mais poderá ousar o presidente.
Nada de ruim que aconteça parece grudar na imagem do governo e, quiçá, do presidente. Há até quem já diga que a estratégia de marketing é do efeito “teflon” – nela nada gruda.
Gerson Menezes é publicitário
publixcriativo@hotmail.com
Nunca, jamais, em tempo algum, essa expressão foi tão usada e abusada, a ponto de se constituir no maior “case de marketing político” dos últimos tempo e dono do maior “recall” de mídia. Embora seja uma expressão “atemporal”, reflete uma estratégia de marketing bem elaborada. Com ela, o presidente Lula, tem contra atacado todas as denúncias de erros estruturais e comportamentais do seu governo.
Estribado no “prometido sucesso da economia nacional”, no programa Bolsa-Família, na baixa cotação do dólar e no aumento das reservas cambiais, o esgrimista presidente, com desenvoltura e jogo de cintura ímpar, tem alcançado os maiores percentuais de aceitação pública ao seu governo e, principalmente, a sua atuação pessoal.
Bramindo espetacularmente as palavras chaves do seu discurso: “Nunca nesse país...”, o presidente Lula tem conseguido relegar a plano secundário o caos do setor aéreo, as denúncias de corrupção na Infraero, a conclusão do inquérito da Polícia Federal que confirma as conclusões da CPI que apontaram corrupção nos Correios, na aceitação e posterior condenação aos operadores de vôo e no puxão de orelhas público que foi obrigado a aceitar das Forças Armadas.
Contrariando a mais elementar técnica do marketing que preconiza que não se deve usar palavras ou conceitos negativistas ou que criem dúvidas no público alvo, o marketing do presidente desmente tudo e, no que parece ser uma contra-mão, chega ao seu objetivo: - Manter elevado o grau de aceitação do governo e do presidente.
No entanto, o que mais me preocupa é que vejo confirmar-se a técnica de propaganda nazista, pela qual a mentira, repetida mil vezes, acabava por se tornar verdade. Aumenta essa minha preocupação quando vejo a insistência com que o governo quer criar uma mega-estrutura de comunicação pública via televisão, além da mídia generosa veiculada na rede privada.
Espanto-me, quando vejo a mediocridade servir de parâmetro comparativo de governo. Arregalo os olhos, para tentar ver o que a maioria que aprova as ações e atos do governo não consegue ou não quer ver. Tremo só em pensar que, ciente do sucesso e aceitação do seu discurso, o que mais poderá ousar o presidente.
Nada de ruim que aconteça parece grudar na imagem do governo e, quiçá, do presidente. Há até quem já diga que a estratégia de marketing é do efeito “teflon” – nela nada gruda.
Gerson Menezes é publicitário
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