16 abril 2007

Jogo de Cena!

Gerson Menezes
publixcriativo@hotmail.com

A anunciada união dos vereadores Edson Dantas e Luís Sena, com vistas à formação de uma chapa para concorrer à eleição de prefeito de Itabuna no próximo pleito é um desses “factóides políticos” que não resistem nem à primeira análise e não se sustentam além da esquina da praça Adami. Membros do PSB e do PCdoB, respectivamente, partidos políticos que são, além de membros da base de coalizão do PT, tanto em nível federal quanto estadual, mais que isso, se tornaram verdadeiros apêndices do PT.

Só aos olhos dos desatentos ou neófitos políticos, poder-se-ia sequer imaginar que o PT abrisse mão dos seus aliados de sempre, criando assim dificuldades na reconquista da prefeitura de uma cidade do nível de importância de Itabuna, ainda mais quando possui nos seus quadros um candidato com o potencial político de Geraldo Simões, considerado “quase imbatível”, se for realmente candidato a prefeito em 2008. Nem sequer se pode especular que tenha partido de uma sinalização de Geraldo, com tanta antecipação, que não venha a se candidatar.

O que poderia a princípio motivar Geraldo, a ficar, teoricamente, dois anos sem mandato político, seria a conjunção de vários fatores ao meu ver distantes e incertos: que caísse já o instituto da reeleição, que o Governador Jacques Wagner seja o indicado do presidente Lula na sucessão presidencial e, mais ainda, que o governador apontasse Geraldo como o seu candidato na sucessão estadual. Afora isso, não me parece lógico, nem politicamente coerente, que Geraldo venha a abrir mão de um quase certo retorno ao comando do executivo itabunense, para aguardar o desfecho da sucessão estadual e federal, que só acontecerá dois anos após.

Lógico que não se pode negar o direito ao sonho de Edson Dantas e Luiz Sena. Mas o que mais me parece lógico dentro do contexto das alianças políticas é que ambos estão, na verdade, disputando a primazia de vir a ser o vice na chapa encabeçada por Geraldo Simões, ou de alguma picuinha motivada pela distribuição de cargos do governo estadual aqui em Itabuna. Inegável é o fato de que os postulantes, representantes mais destacados dos partidos a que pertencem, queiram desde já tolher qualquer possibilidade do surgimento de outros interessados.

Querer extrair da anunciada união algo mais sólido politicamente, seria a indesculpável tolice política de atiçar Fernando Gomes, a rever a sua anunciada idéia de não vir a disputar a sua reeleição, diante da possibilidade de não mais vir a medir forças com Geraldo Simões, eliminando assim a possibilidade de encerrar a sua brilhante vida pública com uma “possível” derrota.

Gerson Menezes é publicitário

3 comentários:

Anônimo disse...

O comunista Luís Sena tem uma biografia altamente respeitável. E se faz dono de uma grande parcela de votos. Tem densidade, caro companheiro!

Anônimo disse...

Não entendo porque itabunenses como vc insiste nesse jogo GS x FG, é hora de mudar. GS tem que alçar vôos mai altos... Sua mente é retrógada.

Unknown disse...

Parece que o ilustre publicitário não tem acompanhado muito o noticiário político nacional. O lançamento do "Bloco de Esquerda" (PSB, PDT e PCdoB), constituiu um outro polo na coalizão do Governo Federal, que objetiva a defesa das posições realmente progressistas. Nada mais natural que a alternativa da candidatura de Sena e Edson como forma de defender um projeto realmente progressista para a gestão de Itabuna.