Lobo em pele de cordeiro!

Gérson Menezes
publixcriativo@hotmail.com

Não sou contra a prática do sexo. Sou contrário à exploração do sexo como atrativo ao desenvolvimento turístico de um país. De repente, sou assaltado por muitas dúvidas quanto aos rumos e a imagem no exterior do turismo brasileiro, sob a coordenação da “sexóloga” Marta ex-Suplicy, a ser nomeada Ministra do Turismo.

Marta apareceu no cenário político brasileiro por dois motivos: O primeiro, por ostentar o sobrenome “Suplicy”, oriundo do casamento com Eduardo Suplicy, atual senador por São Paulo, união esta que acabou recentemente, quando Marta largou o “Suplicy”, por um marqueteiro argentino.

O segundo motivo, foi a sua participação em um programa de televisão, exercendo a sua profissão de sexóloga, no qual ela dava conselhos sobre sexo. Empurrada goela abaixo de Lula pelo PT que acredita ser ela um nome plausível para a sucessão em 2010, Marta, que queria ir para o Ministério da Educação ou o da Integração Nacional, teve que se dizer feliz em aceitar o turismo.

A escolha me pareceu sintomática por parte do presidente, logo após ele, em discurso para o presidente Bush, fora do contexto da ocasião, deu a entender que “a sua cabeça andava voltada para o sexo” ao citar um tal “ponto G” nas relações (não sexuais) comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos.

A tal reforma ministerial do governo Lula, já começou dando o que falar ao convidar um deputado do PMDB para ministro da agricultura e, logo depois, desconvidá-lo ao saber que respondia processo no Supremo Tribunal. Seria o mesmo que entregar carga de banana para o macaco tomar conta.

Por favor, não me acusem de preconceito contra as mulheres. Mas, pelo sim pelo não, deveria ter havido um mínimo de preocupação quanto à indicação de Marta ex-Suplicy, para o Ministério do Turismo. Pode não demorar muito e, a imprensa maledicente no exterior, agregar à imagem do Brasil, que já é acusado de ser um “paraíso do turismo sexual”, o fato de agora o nosso turismo ser comandado por uma sexóloga.

Daí me vem a lembrança de um conhecido adágio:

- Quem não quer ser visto como lobo, que não lhe vista a pele!

Gérson Menezes é publicitário.