23 maio 2007

A corrida sucessória, por Agenor Gasparetto

Agenor Gasparetto, diretor
da Sócio-Estatística
"O quadro político-eleitoral em Itabuna, hoje, da perspectiva das candidaturas apresenta a seguinte característica:

a) dois nomes historicamente fortes, vivendo momentos políticos opostos: Fernando Gomes, no quarto mandato de prefeito, com imagem desgastada, bastante desmotivado, dizendo-se não candidato. Discurso sempre feito e sempre negado pelos fatos em tempos anteriores, ainda que desta vez, intérpretes seus, digam que será prá valer. Esperar para ver.

Geraldo Simões, prefeito duas vezes e, indubitavelmente, nome mais forte à sucessão de Fernando Gomes. Ocupa secretaria de estado, pasta da Agricultura. Vive momento especial, de alta, na política. Nada informa sobre seu destino: um olho em Itabuna e outro em patamares mais elevados de disputa. Pessoalmente, vejo-o buscando alçar vôos mais altos. No entanto, apenas um palpite, uma especulação de quem olha de longe, mas não consegue perscrutar o que anda na alma mais profunda.

b) nomes do mundo da política, experimentados, ainda que não no poder executivo. Destacam-se nesse universo Renato Costa, ex-deputado e várias vezes, em contextos diversos, candidato a prefeito. Historicamente, orbitou o mundo das esquerdas. Referência de primeira grandeza no quadro político de Itabuna.

O deputado reeleito Capitão Fábio, historicamente alinhado ao grupo carlista, porém sem maiores espaços no âmbito local em função da hegemonia, no plano dos fatos, do atual prefeito. Migrou recentemente para o PMDB enfim unificado, sob o comando de Geddel Vieira. Ancorado em base partidária forte, será naturalmente um nome forte nesta disputa.

Os vereadores Luís Sena e Edson Dantas, e Val Cabral. Três nomes com densidade local em termos de vereança. As perspectivas parecem melhores, hoje, para Luís Sena por sua solidão no arco das esquerdas mais combativas. Edson Dantas é o presidente da Câmara de Vereadores, hoje com grande visibilidade. Val Cabral tem expectativas de herdar parte do patrimônio eleitoral do atual prefeito.

No entanto, nesse tocante, quem deverá colher mais parece ser o atual vice-prefeito Capitão Azevedo, pessoa humilde, simples, bom relacionamento e que está conseguindo passar aparentemente ileso nos desacertos da atual administração. Suas perspectivas melhorariam caso pudesse assumir, provar sua capacidade efetiva de comando e de administração. Esse fato é pouco provável porque não parece constar do vocabulário de Fernando Gomes a palavra renúncia.

José Adervan de Oliveira, Adervan. Trajetória como funcionário do Banco do Brasil, proprietário-dirigente principal do jornal e gráfica Agora. Com base em sua experiência, vendo o poder trocar de mãos ao longo das últimas décadas, conta com o conhecimento do mundo da política e das comunicações para construir-se enquanto alternativa. Adervan tentou, nos anos 80, a vereança. Será, nesse sentido, uma retomada.

Geraldo Briglia e Hamilton Gomes. Dois candidatos a prefeito na última eleição por pequenos partidos. Briglia, da perspectiva da mensagem, brilhou literalmente na última eleição. Contudo, não conseguiu passar a imagem de viabilidade. Hamilton Gomes caracterizou-se pela polêmica, pelas afirmações ousadas, mas sem capacidade de converter essa turbulência verbal em votos. Esses nomes, mais ou menos, fazem parte da paisagem política local, somando-se aos dois primeiros.


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2 comentários:

Anônimo disse...

Gostaria que vocês também comentassem a respeito dos novos nomes para a politica local, jovens que almejam conquistar uma cadeira na câmara de vereadores. Será uma verdadeira batalha entre jovens e os mais velhos... Seria bom seu Agenor falar dos nomes que surgem e a possibilidade de conquistarem o eleitorado cansado dos velhos nomes, outros aparecem como Solon Pinheiro, Frankvaldo Lima, Ricardo Bacelar, Tiago Feitosa... nomes que bem devagar já estão na boca do povo.

Anônimo disse...

Ricardo Bacelar é uma piada ! Um oportunista , que nunca fez nada pela população.Ambicioso vende a alma para o diabo para conseguir seus objetivos.O programa dele não faz jornalismo e sim sensasionalismo barato.Ele deveria fazer um programa especial para Dr. Nogueira da Puliça.

Tiago Feitosa : è filho do pai dele!ninguem conhece , vive na sombra do pai.

Frankvaldo Lima : Pode ser um bom candidato. Já tentou uma vez!

Solon Pinheiro: Tem retórica política , mas não conheço nenhuma capacidade técnica para um cargo de tal importância.