09 maio 2007

A indecisão de Rita Virgínia

A professora Rita Virgínia é radicalmente contra o exercício do jornalismo por não-jornalistas, posição que não esconde de ninguém e até manifesta em discursos empolgados sempre que tem oportunidade.

O problema é que os gestos da professora destoam da sua profissão de fé. Rita, que já criou caso porque um vídeo produzido no curso de jornalismo da Facsul foi apresentado por um jornalista não-graduado, não se constrange em auxiliar-se de profissionais sem diploma.

Assim fez em recente evento comemorativo ao Dia do Jornalista, para o qual convidou Ramiro Aquino e Antônio Lopes como palestrantes. Como se sabe, esses notáveis senhores perambulam pelas redações há mais de 30 anos, sem jamais terem alisado os bancos de uma faculdade de jornalismo.

Agora, a Facsul, onde a nobre professora dá aulas, anuncia a realização do 1º Encontro de Jornalismo, que vai discutir o novo perfil do profissional dessa área. Um dos palestrantes do encontro será o assessor-geral de Comunicação do governo baiano, Robinson Almeida. O ilustre é engenheiro eletricista. Ou seja, seu negócio é fio desencapado.

Este blogueiro assistiu a um debate na FTC, no qual a presidente do Sinjorba, Kardelícia Mourão, sugeriu que a polícia deveria entrar nas redações para prender os jornalistas não-graduados, por exercício ilegal da profissão. A amiga Virgínia apoiou e bateu palmas para a discípula de Stalin.

Não dá para entender essa indefinição de quem em um momento atira e em outro pede a ajuda de sua própria vítima.

Em tempo: consideramos justa e legítima a exigência de diploma para o exercício do jornalismo. Defendemos, porém, o respeito a quem já milita na área, mesmo sem canudo ou registro. Este, tantas vezes sonegado por um sindicato de critérios duvidosos, que já distribuiu provisionamento para amigos picaretas e o vedou a gente séria, mas sem o privilégio do apadrinhamento.

2 comentários:

Anônimo disse...

Jornalismo não é a mesma coisa que medicina. O mal exercício daquela profissão (com diploma ou sem) não representa perigo à vida ou à saúde de ninguém.
A exigência de diploma para exercício de tal profissão trata-se de mais uma lei corporativista. Da mesma forma que em em teu artigo o senhor defende o privilégio de quem já esteja exercendo a profissão.
Se o raciocínio fosse aplicado amplamente, ter-se-ia que exigir diploma para poeta, músico, escritor, et caetera.

Anônimo disse...

Quem é Rita Virgínia???? Ela deve melhorar os seus textos do especial " Rede Bahia Revista" que são prolixos, e procurar um fonoaudiólogo para mudar RADICALMENTE sua dicção. No mais... pura dor de cotovelo, se achando a " bam bam " deveria assumir o jornalismo no lugar de Rinar, acorda Rita!!! Em tempo o Papa chegou, daqui a pouco ela vai dizer Joseph Ratzinger não tem cacife pra ser papa. Pobre tv santa cruz, em plena decadência!!!