Geddel, o PT e a coalizão

"Geddel Vieira Lima, o ministro, não gosta quando o comparam com ACM. “Eu nasci no contraditório. Estou acostumado ao debate. Ser comparado a alguém com quem me incompatibilizei justamente por não gostar de debate, por ser autoritário, não me agrada”. Mas herdou de ACM a maior parte do espólio político que implodiu com a vitória de Jaques Wagner (e também muito do estilo). “Eu só sirvo para apoiar? Na hora de ser apoiado sou descartado? É assim, é?” diz ele, referindo-se à resistência petista com relação ao apoio a João Henrique. O prefeito por si deu a sua contribuição para o distanciamento de grande parte do PT, vá lá. Mas embutido nessa questão há outro aspecto. O medo que boa parte dos petistas tem de Geddel, do estilo ou do crescimento. O ministro reage ameaçando conversar com o DEM. Alguém duvida? “Eu passei a vida inteira brigando com ACM para não me submeter, é agora que vou me deixar submeter?” E aí está o xis da questão. É hora de definição na coalizão que Wagner montou em 2006.

É manter ou largar. É isso que está posto".

COLUNA TEMPO PRESENTE (A TARDE)