08 março 2008

O novo coronel da Bahia

Às segundas-feiras pela manhã, a sala de estar de um amplo apartamento no edifício do bairro de Ondina, em Salvador, fica apinhada de líderes políticos do interior baiano. É uma fila de prefeitos, vereadores e deputados.

Igualmente abarrotada de lideranças municipais e estaduais é a ante-sala de um confortável gabinete localizado na sede da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), também na capital baiana.

Todos aguardam ansiosamente a oportunidade de se aconselhar e pedir a bênção ao ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB). Nas segundas, se ele não estiver no apartamento de Ondina, estará no escritório da estatal. E pedir a bênção a Geddel tornou-se prática obrigatória de boa parte dos políticos baianos.

Desde a morte do senador Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA), em julho do ano passado, os dois terreiros onde Geddel despacha todo início de semana servem a rituais que são o inverso do candomblé: ali, os políticos peregrinam em busca de proteção e de um futuro melhor. Mas, em vez de doar, eles recebem as oferendas do novo babalorixá da Bahia: cargos, verbas, projetos, favores e promessas.

“Geddel está atropelando todo mundo. Ele está oferecendo muita coisa: tem o amparo do governo federal, espaço importante no governo do Estado e o comando da Prefeitura de Salvador. É muito difícil segurar a debandada”, reconhece o próprio herdeiro natural do carlismo, o líder do DEM na Câmara, deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (BA).

Ao mesmo tempo que avança sobre os antigos redutos de ACM, o ministro também provoca arrepios em seus novos aliados petistas – em 2006, Geddel uniu-se ao PT para eleger Jaques Wagner governador da Bahia e foi em troca desse apoio que ele, de antigo desafeto de Lula, passou a ser o titular da Integração.

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7 comentários:

Anônimo disse...

e almoça todos os sábados com o governador JW... se engana qm pensa que os dois não se dão, a informação que tenho é q qm stiver melhor na campanha sai p governador: se JW tiver bm, vai p reeleição, ai Geddel se lança a senador; se JW estiver mal, vai Geddel p a governaça do estado da Bahia... é assim a vida política!

Anônimo disse...

alguém tem de crescer! que seja o mais inteligente.. hehehehehe

Anônimo disse...

Zelão, Que Não É Besta. Diz:

Sua benção "Painho da Bahia".

Edgard Freitas disse...

Como dizem lá na Sicília: Morto un Capo, se ne fa un altro

bocadefogoblog disse...

gedel e pior que acm

Anônimo disse...

Gedel tá certo.Quem tem unha,sobe na parede.Ningém entrega o poder.Vejam os exemplos:

FG: Na época de FHC-ACM, controlava todos os cargos do sul da Bahia.

GS: LULA e Wagner- Controla quase todos os cargos(perdeu a codeba)

Porque GEDEL TEM QUE SER DIFERENTE?

Vão dormir espetalhões...hehehehe

Anônimo disse...

E em 2010, GEDDEL GOVERNADOR!
Vamos a luta por um governador decente!!!