25 março 2008

Wagner e a leitura urgente de Maquiavel*

“Quando o poder não é
exercido cem por cento, deixa de ser poder!”
Maquiavel

Esqueceram de avisar ao governador Jaques Wagner e a entourage do PT baiano que não se brinca com um Geddel Vieira Lima. Todo cuidado é pouco. Aliás, ponha pouco nisso.

Discípulo de ACM, Geddel aprendeu que o poder não se divide. O ministro sentiu na própria pele ao tentar dividir o poder que era de ACM. Foi expulso das hostes carlistas e amargou o pão que o diabo amassou.

Agora que a sorte voltou a sorrir para ele, Geddel, não consegue disfarçar todo o seu apetite pelo poder. Talvez por não sonhar ser possível ganhar as eleições para governador, o PT e Jaques Wagner não se deram ao trabalho de ler a biografia política de Geddel.

Por isso (e desavisados!), fizeram a aliança com o PMDB na Bahia e, após a surpreendente vitória, deram ao peemedebista o cargo de Ministro de Estado, como parte do botim.

Hoje, herdeiro virtual de parte do espólio político de ACM, Geddel não deixa por menos e mostra o tamanho do seu apetite de poder. Dividido, o PT na Bahia não tem forças, apesar de ter o poder, de enfrentar o ministro e dar um basta nas suas pretensões expansionistas.

A tímida reação esboçada nada significa para Geddel, que a cada dia que passa vê aumentarem as suas forças. E já sonha em fazer um maior número de prefeitos no pleito de outubro próximo, batendo as forças petistas.

A essa altura dos acontecimentos, é bom nem pensar que Geddel dará nem mesmo os anéis, para ficar com os dedos. Na sua lógica, terá que manter as mãos, com as quais agarrará o poder em 2010.

O seu projeto político baseia-se na mesma estratégia que fez com que ACM preferisse a derrota de Paulo Souto: a de que o governo de Wagner não vai a lugar nenhum.

É a mesma estratégia utilizada por ACM, na campanha de Josaphat Marinho. Ao sentir que perderia o poder de mando sobre o governador, o falecido senador preferiu apostar na “incompetência” de Waldir Pires.

Apostou e voltou como salvador da Bahia, quatro anos depois.

Desta vez, Geddel não quer arriscar tanto. Quer garantir a sua fatia logo agora. Aos petistas, daqui e de acolá, só resta aprender com a lição, que o hoje ministro tomou a duras penas.

*Gerson Menezes é publicitário

5 comentários:

Anônimo disse...

Nunca pensei que iria concordar um dia com Gerson Menezes.

Anônimo disse...

Zelão, pro sacaninha:
- É como dizia minha avó: - Não há bem que dure para sempre, nem mal, que nunca se acabe!".
Quem sabe, que ao concordar com Gerson,pela primeira vez, a sua inteligência esteja aflorando?

KKKKKKKKKKK

Anônimo disse...

Também concordo em numero, genero e grau com Sêo Gerson, mas com uma ressalva, o PT do G daqui de Itabuna assimilou muito bem a premissa "maquiavelianica" de q o Poder nào foi feito para ser dividido e tem q ser 100% exercido, pois por aq, diferente do PT do resto da Bahia, o regime é imperial mesmo (Rs...)

Anônimo disse...

Calma Zelão, deixo voce passar batido em tantos micos, qualquer hora vou te dar uma ralada pra machucar.

Anônimo disse...

E eu pela primeira vez tenho que concordar com ambos, com o Gerson e com o zelão. GS é um aprendiz das táticas já utilizadas por Gedel.