15 agosto 2006

Futebol, Religião e Política


Observações sobre o primeiro programa eleitoral:

- Alckmin tenta fortalecer sua imagem, como é óbvio para um candidato ainda não assimilado pela população. Colocar pessoas de diversos Estados declarando apoio ao candidato foi um artifício dos marqueteiros para criar uma identidade nacional do ex-governador de São Paulo. Aparecer no restaurante Prato do Povo foi outra bola dentro. A cena já tinha sido usada com sucesso em programas do PSDB.

- Heloísa Helena vai encolher com esse tempo minúsculo.

- O programa de Lula foi sensacional. Fala de ações concretas, sem ser cansativo. A peça que mostra o candidato, desde que saiu de Caetés, até chegar à Presidência, foi muito boa. Os três apresentadores de etnias diferentes também foram uma escolha feliz.

- Falando de Bahia, o programa da coligação PFL - PL na proporcional foi o feijão com arroz de sempre. Mas comete um pecado grave no texto de abertura, ao mencionar Deus e dizer que nem tudo de bom feito no Estado é obra do Criador. Que bobagem! Misturar política e religião, ainda mais de uma forma tão inábil, é erro primário. São planos diferentes e inconfundíveis.

- Ainda sobre o programa do PFL - PL, o candidato do PL, José Carlos Araújo, dizendo o próprio nome e seu número na eleição é ridículo. Parece candidato a vereador de segundo time.

- Sim, e por falar em time, o programa do PT - PC do B, fala da base parlamentar do presidente como o "time de Lula". Aí vejo dois problemas: o primeiro é que a referência futebolística, quando o eleitor ainda não apagou da mente o fracasso na Alemanha, talvez seja improdutiva; o segundo, que esse negócio de chamar "time de Lula" dá lugar a uma série de substituições desagradáveis. Alguém pode, por exemplo, falar que o time está mais pra quadrilha, ou coisa do gênero.

- O programa da proporcional (PT-PC do B) mostrou os oito candidatos que, provavelmente, estão com a eleição assegurada dentro deste grupo. Pelo PC do B, Alice Portugal e Daniel Almeida. No PT, Nelson Pelegrino, Pinheiro, Emiliano José, Luiz Alberto, Zezéu e Guilherme Almeida. Os demais terão que se rebolar.

- Alguém precisa arrumar uma camisa de força para esse tal de Luciano Bivar.

- E o Eymael, está mais para vendedor do Baú da Felicidade que candidato a presidente. Canastrão ao cubo.

- Dedicamos a foto acima aos caras do PFL da Bahia.

Nenhum comentário: