Um dia especial para as mulheres comuns
Por Carla Rodrigues
Pergunte a uma mulher comum qualquer que você conheça – não vale nenhum tipo de profissional que exerça atividade intelectual. Tente a faxineira, a ascensorista, a manicure, a guardadora de automóveis da sua rua. Estabeleça cinco, dez minutos de conversa, o tempo suficiente para descobrir o quanto ela se orgulha de trabalhar, ganhar seu próprio dinheiro, sustentar-se sem depender do marido. Algumas delas têm renda maior do que a deles – por exemplo, a manicure cujo salário é maior do que o do marido, faxineiro. Ou a diarista que ganha mais porque o marido vive de biscates e ela já tem clientela fixa.
Se ela tiver marido, claro. Muitas não têm e se orgulham de conseguir dar o melhor que podem a seus filhos. De trabalhar e ainda assim manter suas casas impecáveis, dedicando o pouco tempo de folga a lavar roupa, cozinhar – muitas vezes para a semana inteira.
Nenhuma delas precisa ter ouvido falar na palavra “feminismo” – hoje carregada de todos os problemas dos “ismos” que sucumbiram ao longo do século 20 – para sentir-se parte desse amplo processo de emancipação da mulher. Uma das críticas que o feminismo já enfrentou foi o de ser um movimento de intelectuais brancas de classe média.
Hoje, negras, índias, pobres, africanas, islâmicas, todas fazem parte dessa ampla rede de transformação na qual a mulher tem deixado de ser a dócil e submissa mocinha que ficava em casa esperando por um príncipe, um salvador e se transformado naquela que é capaz de ir à luta e tomar nas mãos seu próprio destino.
Comemorar o 8 de março é comemorar o orgulho de ser parte dessa grande e profunda transformação nas nossas vidas.
2 comentários:
Tá doido?! O nome da mulher é Carla Rodrigues.
O blogueiro esqueceu de tomar o remédio na hora certa... Deu no que deu!!!
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