Cadê a faculdade pública de jornalismo?

Fenaj se omite, mas exige diploma

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O presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murilo Andrade, participou de seminário na Facsul, em Itabuna, e discutiu com estudantes e colegas de ofício o tema “mercado e segmentação”. Sérgio foi veemente ao defender a exigência de diploma a todos os profissionais que atuam na área de jornalismo.

O dirigente da Fenaj fez essa defesa ao lado do experiente repórter da TV Bahia/Rede Globo, José Raimundo, que ele insistia chamar de Raimundo José. Todos percebiam que a fala do presidente da Fenaj ruborizava o ‘Zé’ Raimundo, que exerce a profissão sem o indefectível diploma, como muitos no estado.

O mais incrível, entretanto, não foi a deselegância de Sérgio Murilo com o 'Zé', mas a falta de resposta do dirigente a uma questão lançada pelo repórter e editor Ailton Silva, do jornal A Região e também acadêmico do curso de jornalismo da Facsul.

Aílton quis saber porque a Fenaj, que tanto exige o diploma, não luta para que tenhamos mais faculdades públicas de jornalismo.

Confira o diálogo captado por uma experiente figura, que elogiou a postura do repórter e editor de A Região e mostrou-se decepcionada com o presidente da Fenaj:

Aílton - Professor, a Fenaj exige diploma de jornalismo. Por que não luta para que tenhamos mais cursos em instituições públicas para nós, profissionais?

Sérgio Murilo – Nós somos só uma entidadezinha com um monte de coisas pra fazer. Já temos várias tarefas.

Aílton - Não poderia ter mais essa?

Sérgio - Nós, inclusive, exigimos educação de qualidade.

Ailton - Sim, professor, mas não estamos falando de qualidade em si, mas de maior oferta de faculdades públicas...

Sérgio – Somos só uma entidadezinha...

E, assim, o presidente da Fenaj encerrou o diálogo, que fez questão de encurtar.