22 maio 2007

Grampo e escuta da PF flagraram Patury

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) definirá os rumos das investigações sobre o delegado Rubem Patury Filho, flagrado na Operação Navalha e, segundo relatório da contra-inteligência da Polícia Federal, foi corrompido pelo dono da construtora Gautama.

A ministra do STJ, a baiana Eliana Calmon, é a presidente do inquérito 544/2006, que também apura o envolvimento do atual secretário de segurança pública da Bahia, Paulo Bezerra.

Para chegar ao esquema que flagrou o delegado da polícia federal, Rubem Patury, os agentes de contra-inteligência da corporação o monitoraram em escutas ambiente e telefônica, segundo investigação dos delegados Andréa Tsuruta e Antônio de Pádua Cavalcanti. A investigação foi revelada aqui no Pimenta na Muqueca, no final da tarde de ontem.

A escuta ambiente foi feita no gabinete de Patury no período em que ele era superintendente regional em Sergipe, até meados do ano passado. Atualmente, o delegado regional ocupa o cargo de procurador jurídico em Ilhéus. A polícia colocou escutas no próprio gabinete do delegado, em Sergipe.

O monitoramento foi autorizado pela 2ª Vara Federal da Bahia, Durval Carneiro Neto. Segundo os delegados Andréa Tsuruta e Antônio de Pádua, teria sido o próprio juiz titular da Vara Federal quem avisou os delegados da PF.

O Sindicato dos Policiais Federais na Bahia vai pedir ao Ministério Público Federal o afastamento imediato de Nunes e de todos os envolvidos. “Como o nome já diz, é preciso cortar na própria carne, afastando essas pessoas até o esclarecimento de todos os fatos”, disse o presidente do sindicato, João Carlos Sobral.

Diz o relatório da contra-inteligência:

"Foi possível, no entanto, manter-se a investigação com relação ao empresário ZULEIDO SOARES DE VERAS, o qual, por intermédio de JOEL DE ALMEIDA e FRANCISCO CATELINO, corrompeu o então Superintendente Regional em Sergipe, DPF RUBEM PATURY FILHO.

Assim, por meio do monitoramento telefônico de ZULEIDO, verificou-se que ele é o chefe de uma organização criminosa articulada com ramificações em diversos Estados da Federação."


Leia mais em PF diz que Gautama corrompeu delegado

2 comentários:

Anônimo disse...

A pessoa a que se refere esse artigo Rubens Patury, é uma pessoa idônea, segundo relatos de todos que o conhece.Não se pode denegri a imagem das pessoas sem que estas tenha tido a oportunidade de se defender.É necessario que termine as investigações antes da publicaçao da matéria , que como a mesma relata se trata de indicíos e ainda não tem nenhuma veracidade. Deixo aqui meu protesto e indignação para com esse tipo de empressa.

Anônimo disse...

O anônimo deve recorrer ao seguinte endereço: www.ig.com.br/conversa afiada. Lá estão os textos da operação de contra-inteligência da PF.