Os abacaxis do PT

Vinte zonais do PT em Salvador querem candidato próprio a prefeito da capital. Compreensível. O partido que governa o Brasil e a Bahia só tem dois vereadores na Câmara Municipal. Sem candidato, tende a continuar assim: grande, com representação de nanico.

O deputado Nelson Pelegrino quer ser o candidato. Acha que aliado com o PSB e o PCdoB (que já lançaram Lídice da Mata e Olívia Santana) está no 2º turno. Mas sofre resistências, mesmo entre os que defendem candidatura própria. Dizem que ele disputou as três últimas eleições e só fez diminuir. O nome seria Walter Pinheiro, que só aceita se for ungido.

“Se ele (Pinheiro) quiser mesmo, vamos ter prévias”, diz Pelegrino. “Boa viagem com suas prévias”, responde Pinheiro.

Ainda há os que querem permanecer com o prefeito João Henrique e os que bradam, como Geraldo Simões (secretário da Agricultura), que o PT não é só Salvador.

Tem todo o interior para ser discutido. As listas de pendengas, internas e externas, são longas. Fica a sensação de que, quando chegou ao poder, o PT se embananou politicamente.

O próximo presidente, seja quem for, tem uma fieira de abacaxis para descascar. E com prazo fixado: 60 dias.

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