14 março 2008

PMDB, PT e sucessão

Marco Wense

O PMDB tem todo o direito de ter pré-candidato na sucessão municipal, homologar a candidatura e escolher os partidos que lhe interessa para uma coligação na majoritária e proporcional.

A meta dos peemedebistas, com destaque para o ministro Geddel Vieira Lima, é eleger – via eleição e reeleição – mais de 200 prefeitos em todo o estado da Bahia, aí incluindo a cidade de Salvador.

A legitimidade do lançamento de candidatura própria não pode prescindir de uma análise maior, responsável e sensata sobre o processo sucessório.

Uma cisão entre PMDB e PT só interessa aos ex-pefelistas. Seria a primeira porta entreaberta para o retorno do ex-governador Paulo Souto ao Palácio de Ondina.

Tem que haver entre petistas e peemedebistas uma recíproca compreensão de que os inimigos políticos são os democratas e não eles entre eles, numa briga cada vez mais acirrada e inconseqüente.

A análise do quadro político não pode ser carregada de esperteza e argumentos inconsistentes. O eleitor não é ingênuo e, nem tão pouco, um coadjuvante imbecil do processo sucesssório.

O presidente estadual do PMDB, Lúcio Vieira Lima, por exemplo, quer o PT apoiando a reeleição do prefeito João Henrique na sucessão soteropolitana. Chegou até a ultimar o partido do presidente Lula.

O comandante-mor do PMDB argumenta, com base nas pesquisas eleitorais, que João está na frente dos outros pré-candidatos da base de apoio ao governo Wagner, como Lídice da Mata (PSB), Nelson Peregrino (PT) e Olívia Santana (PCdoB).

Por dedução, pelo menos partindo de quem se encontra em sã consciência, presume-se que Vieira defende o apoio do PMDB de Itabuna ao prefeiturável petista Geraldo Simões, primeiro colocado nas intenções de votos.

Lúcio Vieira Lima, no entanto, contrariando a si próprio, indo de encontro ao seu próprio posicionamento diante da sucessão municipal, quer Geraldo como vice-prefeito do Capitão Fábio.

Usando o argumento de que o partido faz oposição ao governo Fernando Gomes, o chefe estadual do PMDB descarta qualquer possibilidade de coligação com o DEM.

Até as freiras do Convento das Carmelitas sabem que o PMDB de Itabuna não faz oposição ao prefeito Fernando Gomes. Aliás, Ricardo Xavier, um dos mais ilustres filiados do partido, é secretário municipal de Esportes.

E tem mais: o Capitão Fábio, pré-candidato do PMDB, sonha com um apoio do prefeito Fernando Gomes, mesmo que de maneira camuflada, no escondidinho do cinema, como diz a música de Rita Lee.

PMDB e PT, pelo andar da carruagem, vão terminar se transformando nos dois maiores cabos eleitorais do DEM e, por tabela, do ex-mandatário Paulo Souto.

O então governador Waldir Pires foi o grande protagonista da volta do carlismo ao poder. Petistas e peemedebistas caminham pela mesma estrada.

15 comentários:

Anônimo disse...

VIVA A MARCOS EDUARDO OLIVEIRA SIMÕES.

Anônimo disse...

Caro Dr. MW, como já disse o poeta: "uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa".
A situação em salvador é completamente diferente da existente em Itabuna.
Em SSA, o PT nem mesmo sabe se terá ou não candidato, até pr conta de não pntuar bem nas pesquisas, razã pela qual o seu Presidente Estadual tenta manter coesa a coligação q em 2004 elegeu o Prefeito João Henrique.
Em Itabuna, apesar do PT de Minha Pedinha (e só com Minha Pedinha), estar em primeiro nas pesquisas, o PMDB possui um candidato q se encontra em segundo nas pesquisas mas q, por conta do estas mesmas pesquisas apontam como "vontade do novo", pode muito bem ultrapassar Minha Pedinha nas intenções de voto, até por conta da pouca rejeição de seu nome, razão pela qual o PMDB Itabunense encontra-se em situação bem diferente do PT Soteroplitano.
Assim, mesmo q Vossa torcida seja para q Geraldinho volte ao Firmino Alves, e se possivel sem um concorrente à altura, será muitíssimo dificil o Capitão (até por questão de sobrevivencia política), deixar de ser candidato, q apimenta o pleito deste ano.

Anônimo disse...

Desse jeito Marco Wense vai se tornar o Louro José de Geraldo Simões.

Anônimo disse...

Zelão, lembrando outra música ao "analista de Bagé" marco Wense:

... "Nem tudo que é ilegal, é imoral ou engorda..."

Apelando para um "sentimentalismo frouxo" e para uma pseuda racionalidade que não existe na política, Marco Wense, canta a música e convida ao PMDB/Itabuna, para entrar na dança.
Que lógica descarada seria está, que reuniria no mesmo palanque: Geraldo Simões, seu meio-irmão o capitão Fábio, recém egresso do carlismo, Renato Costa, desafeto de geraldo, a quem rotula de "Inadimplente da Palavra", João Xavier vice de geraldo no seu primeiro governo e hoje um inimigo cordial, Ricardo Xavier ex-companheiro de Geraldo, que comemorou no meio da rua e de cuecas, a vitória de Fernando Gomes sobre Geraldo no último pleito.
Se a tal lógica de Marco Wense pudesse ser "desnuda", revelaria publicamente as marcas da prostituição política.

Anônimo disse...

A despeito de seu comentário lúcido, ao meu amigo Marcos Wense gostaria de dizer o seguinte: diariamente, o secretário Geraldo Simões reafirma que dará seu apoio à candidatura de Juçara e que, portanto, não é candidato a candidato.
arcos usou o termo prefeiturável, que pode ser, já que todo eleitor pode ser prefeiturável, porém Gerlado não é candidato e sim Juçara - e esse esclarecimento, partindo de um articulista com a credibilidade e a influência de Marcos Wense, ajuda o eleitor a ficar mais bem informado.
A candidatura de Juçara está nas ruas com apoio, orientação e liderança de Geraldo. Então, se o PMDB, hipoteticamente vier a compor será com a candidata Juçara.

Anônimo disse...

É Giorlando, como vc acredita em crendices, espero q o coelhinho da pascoa lhe reserve muitos ovinhos de chocolate

Anônimo disse...

Prefiro só os chocolates. Dispenso os ovinhos.
Mas, sobre o assunto sério, eu aposto no que eu sei, outros apostam no que imaginam ou desejam. Juçara é viável individualmente - pelos seus méritos e pelo seu histórico - e tem a força do marido, que, você pode concordar ou não, tem uma batelada de voto, construída em anos de política e confirmada eleição a eleição, tendo passado de 35 mil na de deputado federal.
Respeito o contraditáorio, mas não posso desprezar o que eu sei e dentro do que venho trabalhando.

Anônimo disse...

Zelão, Pro Amigo Giorlando Lima (o espião que veio do frio).

Até você caro amigo, um jornalista e assessor sempre bem informado, foi traído pela dúvida, ou pela verdade que não pode ser dita; ao afirmar que a "Imperatriz Jussara I", "terá" - colocando o verbo no tempo futuro e incerto - o que reflete que existe a condicionante "se" (se jussara emplacar nas pesquisas; se o PT não exigir a presença direta de Geraldo no pleito; se o Governador Jaques Wagner, mesmo assim garantir o seu apoio direto à aventura Jussara e mais um montão de "sis".
Se tudo isso vier a acontecer, então Jussara "terá" o beneplácido do nome de Geraldo, no seu sonho de fazer prevalecer a sua vontade sobre todas as evidências em contrário.

Anônimo disse...

Meu amigo (de verdade) Zelão:

Não faço uso da expressão "terá" em qualquer dos meus comentários.

Toda a referência a Juçara está no presente, à exceção de:
- quando digo que Geraldo dará seu apoio (porque aí me refiro à campanha no prazo legal, com propaganda na TV e no rádio e tudo mais, como você sabe);
- e quando digo que se (o único"se") o PMDB tiver de compor será com Juçara, a quem você chama de primeira (por que será, historicamente, a primeira prefeita de Itabuna???).

Um abraço. Vejamos o desenrolar. Afinal, onde nós dois estaremos?

Anônimo disse...

Giorlando,
Tanto vc, como eu, sabemos q em Itabuna não existe esta história de transferir votos, pois grandes políticos, tipo Ubaldo Dantas, Fernando Gomes e o próprio Geraldo Simões não conseguiram transferir o seu cabedal eleitoral (mesmo os alardeados 35.000 votos), a qualquer daqueles que tenham apoiado.
Então meu caro e dileto Juçarista, contente-se com os ovinhos de chocolate pois serão só eles q o eleitorado itabunense lhe dará de presente este ano.

Anônimo disse...

Sua linguagem, Parafuso, lhe identifica, porém, como você prefere o anonimato, não debaterei mais esse assunto. Despeço-me com um grande sorriso de amizade. Mande-me os ovos (de Páscoa, bem entendido) não quero esperar até a eleição. Abraços.

Anônimo disse...

Zelão, para o Amigo de sempre... Giorlando Lima:

Não importa onde estejamos; de que lado fiquemos; qual a camisa que venhamos a vestir. Seremos: - Amigos para sempre!!!

Um fraterno abraço,

Zelão

Anônimo disse...

Caros Zelão e Giorloando...
Tenho observado discurssões entorno de quem vai ser vice de quem... de quem será cabeça de cahapa de quem... vocês só se preoculpam com seus narizes, que pena, a discussão agora é ITABUNA e isso nem PT, nem PMDB nem outro partido qualquer discute, e não o faz por falta de proposta mesmo (foucoult).

Anônimo disse...

Ok Giorlando
Os ovinhos (de chocolate, é claro), lhe serão enviados,pois parafraseando Zelão: "Não importa onde estejamos; de que lado fiquemos; qual a camisa que venhamos a vestir. Seremos: - Amigos para sempre!!!"
Mesmo ainda não nos conhecendo, sinto grande apreço pela desefa qsempremuito bem faz de suas posições, mesmo q não concorde com as mesmas.
Feliz Pascoa

Anônimo disse...

A viadagem explicita neste blog ganha nome de "amizade".

Parafuso vai se enfiar na rosca de Giorlando e de Zelão.