Bomba H
A verborrágica Heloísa Helena fez o que dela se esperava na bancada azul do Jornal Nacional. Deixou William Bonner e Fátima Bernardes atordoados com a falação frenética e entorpecente, além de ter tratado a dupla com os costumeiros adjetivos falsamente carinhosos, como "filhinha" e "meu amor".
Por incrível que pareça, Heloísa foi melhor do que Alckmin, que peca pela absoluta falta de expressão. Enquanto a senadora tem veemência de sobra, o ex-governador de São Paulo é apático e insosso, além de azarado. Foi o primeiro a conceder entrevista, desavisado da linha dura imprimida pelo casal 20 do telejornalismo, e se deu mal.
Mas Heloísa, mesmo ascendendo nas pesquisas, não tem os atributos necessários a quem pretende ocupar o cargo de presidente da República. Até mesmo a falsidade, a que ela se refere com fúria, é mal necessário nos salões do poder. Nesses ambientes lustrados, não se chama os adversários de imbecis e seus auxiliares de lacaios.
Fátima Bernardes cutucou a onça, quando perguntou se o uso de tais qualificativos não denotaria certa "intranquilidade". Chamou a candidata de desequilibrada, mas daquele jeito vaselinado que ela diz não suportar.
De qualquer forma, Heloísa foi totalmente Heloísa no Jornal Nacional. Falou de política com idealismo e das relações humanas num plano igualmente onírico, mas, na sua constituição anatomorfofisiológica (não é assim que ela fala?), está longe de governar um país de verdade, com problemas reais e necessidade de soluções que não serão obtidas com toques de varinha mágica nem gritinhos nervosos.
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