12 agosto 2006

Urucubaca

Geraldo Alckmin atravessava de barco o Rio São Francisco, de Petrolina a Juazeiro, quando um correligionário mais medroso cochichou com um companheiro:
- Amigo, tomara que esse barco não afunde!
- Que medo é esse rapaz? - espantou-se o outro.
- Não é medo. É que o nosso candidato anda tão azarado, que não seria surpresa se o pior acontecesse.

O barco não afundou, mas a candidatura de Alckmin parece estar à deriva. E o desempenho da embarcação é prejudicado pelo peso excessivo do candidato. Entre outras demonstrações de que não anda com a sorte ao seu lado, esta semana Alckmin começou com a estréia desastrosa na série de entrevistas com presidenciáveis no Jornal Nacional.


Sofreu por ter sido o primeiro, desprevenido da ferocidade da dupla de entrevistadores. Acabou se saindo muito mal.

Depois vieram as pesquisas. Sensus, Datafolha e Ibope mostraram Lula em ascensão e Alckmin ameaçado por Heloísa Helena. Falaram que o ex-governador de São Paulo duvidou da primeira pesquisa e só acreditou na tragédia com a divulgação do Datafolha.

Com o mar revolto, o tucano tenta dar rumo à sua embarcação. Terminou a semana em campanha pelo Nordeste, onde Lula reina absoluto. Passou por Alagoas, Pernambuco e Bahia. Neste Estado, seu último compromisso foi um comício na periferia de Itabuna, onde a comitiva do PSDB-PFL foi recebida com uma chuva daquelas, que fez o eleitor preferir ficar em casa.

De fato, Alckmnin está com uma nuvem negra e carregada sobre sua cabeça.

Um comentário:

Anônimo disse...

alckmin nao desceu, alckmin nao desceu.... ficou no ar, ficou no ar... a chuva nao deixou!!!