Pobreza sem clichê
Rodrigo Camarão
Laje do Muriaé. Quando a pesquisa da Organização dos Estados Ibero-Americanos, divulgada semana passada, constatou a migração de crimes para cidades do interior do país, os oito mil moradores da pacata Laje do Muriaé, no Noroeste Fluminense, não foram avisados. Quarto município com o mais baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e quarta pior renda per capita do Estado, Laje apresenta os menores índices de criminalidade e derruba o clichê que costuma relacionar a pobreza à violência. A cidade representa 0,0% do total de crimes no Rio. No ano passado, houve 174 registros na delegacia. O número é equivalente a três dias de movimento na 59ª DP (Caxias). A maioria dos crimes em Laje é de lesão corporal, causada pela briga entre marido e mulher.
Atualmente, o delegado Rivelino da Silva Bueno, titular da pouco freqüentada 138ª DP, debruça-se sobre dois inquéritos. O primeiro diz respeito a dois jovens pegos com 40 gramas de maconha, ou "canabis", como diz o policial. A segunda investigação é relacionada ao sumiço de um boi. A última prisão efetuada pela delegacia, onde não há ninguém detido, foi mês passado, por pensão alimentícia.
Leia a reportagem completa do Jornal do Brasil clicando aqui.
Um comentário:
Leiam o artigo de Rui Castro, contra a estigmatização do Rio como cidade mais violenta do Brasil. A pesquisa da OEI comprovou que não é nada disso. O Rio é a 107ª mais violenta. Sofremos há 20 anos com a malhação da imprensa.
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