Sem ameaças
Uma decisão do Supremo Tribunal Federal e nova portaria do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) acabando com a exigência de diploma para o exercício do jornalismo têm dois efeitos imediatos.
1 - O primeiro refletirá na própria categoria. Vários profissionais estavam sendo ameaçados pelo sindicato da categoria porque possuíam registro precário ou nem isso. "Vamos usar a polícia para impedir a prática ilegal da profissão", bradava uma dirigente sindical com ares ditatoriais. A Justiça e o Ministério do Trabalho livraram a diligente sindicalista de tal esforço. Não precisará de policiais.
2 - A decisão refletirá, diretamente, sobre os cursos de jornalismo. Os bons enfrentarão dificuldades, mas sobreviverão. As faculdades 'meia-boca' fecharão, naturalmente. A "fábrica de diplomas" deverá se adequar aos novos padrões de mercado. Afinal, não haverá mais a corrida pelo canudo só para atender a caprichos e interesses escusos - resquícios dos tempos dos milicos. O mercado - e as suas leis naturais - haverá de expurgar os maus profissionais.
Abaixo, a portaria publicada no Diário Oficial da União na última terça-feira, dia 6.
Um comentário:
Discordo, na grande maioria das vezes, das opiniões políticas do blo Pimenta na Muqueca.
No entanto, no que se refere à questão da exigência do "deproma" de jornalista, concordo em gênero, número e grau com a opinião explicitada pelo blog.
Para ser um bom jornalista o aspecto principal é escrever bem, e isso pode se aprender tanto numa faculdade de Jornalismo, quanto na de Administração, Economia, Direito, etc., ou até mesmo sem fazer faculdade alguma, mas se leia bastante.
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