O fim de um museu
"Em 1986, o historiador paulista Jaime Pinski palestrou em Itabuna. O homem causou celeuma ao criticar Rui Barbosa. “Estive em Haia e o famoso discurso não é lembrado por ninguém. Tudo não passou de folclore dos nossos livros de história”, disse. Para ele, a história do Brasil é narrada de forma equivocada: contada sob a ótica de heróis das classes dominantes.
Quando o Museu Casa Verde, em Itabuna, na rua Miguel Calmon, fechou as portas, depois da desastrosa administração da Uesc, a história grapiúna recebeu mais uma bofetada. Era o único museu da cidade. Pertencendo à Fundação Henrique Alves, o seu acervo preserva parte da memória das terras do sem fim.
Luxuosos objetos de arte perpetuam a fartura vivida pelos antigos coronéis do cacau: porcelanas francesas “Vieux Paris”, louça inglesa, biscuits europeus do século XIX, cálices, licoreiras, cristais Baccarat, peles, castiçais de cristal, móveis de época, leques de plumas, gravuras e talheres Cristhophe. Há, ainda, armas e algumas primeiras páginas do jornal O Intransigente.
O Museu Casa Verde merece consideração, caro leitor.
Leia mais na coluna Curto Circuito, do jornalista Antônio Jr, no Diário do Sul.
Nenhum comentário:
Postar um comentário