25 novembro 2007

Improbidade na gestão da Uesc

Souza Santos

Pela moralidade, por instituições públicas voltadas para o social, pelo respeito à sociedade, precisamos de autoridades e gestores públicos dedicados, imbuídos de seus deveres e da importância de suas ações. A atual gestão da UESC que iniciou em 2004 e agora pleiteia permanência, não está merecendo ficar, por diversos motivos.

E digo a razão. Primeiro, devemos considerar uma gestão atuante aquela que busca intensamente os objetivos institucionais, e aí, leia-se institucional para um órgão público um conjunto de ações que primam pelo interesse da maioria, da comunidade, interesse regional ou de sua área de circunscrição.

Segundo, devemos considerar uma gestão atuante aquela empreendedora, com projetos institucionais, inovadores, buscando o desenvolvimento, pujante e animadora, viva, que busque a toda ação, a todo gasto, os interesses coletivos e os tais propósitos institucionais.

Terceiro, consideramos uma gestão atuante aquela que mede seus esforços, buscando aprimorá-los, sempre maximizando suas receitas e minimizando seus custos. Pergunte quanto custa um detento no sistema prisional – tudo mundo sabe.

Pergunte quanto custa um aluno da UESC, quanto custa uma sala de aula de graduação ou pós-graduação – ninguém sabe. Não que isso deva ser mensurado só economicamente, mas para conhecer o investimento e qual será o resultado social e o benefício em prol do desenvolvimento humano.

Tudo bem, coisa de economista, mas no mundo das organizações é assim que funciona.
Nada disso acontece com a atual gestão da UESC, as ações meramente são mantidas, e mal mantidas, e a sociedade precisa saber disso, a comunidade acadêmica precisa conhecer isso antes de votar no pleito de 28 próximo.

Despesas, compras e projetos de edificações sem licitação, sem empenho, favorecendo grupos individuais, direcionadas. Exemplos reais: Portaria nº 1118/05, de novembro/05 - sindicância sobre irregularidade em licitação, 809/06, de junho/06, 808/06, de maio/06, 154 e 238/06, de fevereiro/2007 – abertura de processos administrativos, 1070/2007, de setembro/07, 1071/2007, de setembro/2007 (aplicação de mera advertência aos coordenadores da prefeitura e setor administrativo).

Todas portarias publicadas no Diário Oficial e no site da UESC. As medidas foram tomadas, mas a aplicação de punição não foi como recomenda a lei, houve favorecimento, alguém ganhou alguma coisa e foi ilícito.

Desleixo com o patrimônio público, os imóveis estão em situação deploráveis. É só ver o antigo prédio do ICB - em Ilhéus, pintado pela metade, pintura feita pela Caixa Econômica na parte que lhe cabe. Será que falta verba para pintar o resto do prédio. Vejam o imóvel do Banco da Vitória, matagal e só matagal, ruínas e desinteresse. A fazenda Almada, em Uruçuca, mato, ruínas, ações de vândalos e invasões.

No Campus, na entrada da guarita, instalaram duas cancelas elétrica – cor vermelha, há dois anos, nunca foram usadas. É só passar e ver. Há uma lancha com motor na garagem oficial com quatro anos de comprada, valor aproximado 50.000,00, e nunca saiu do campus, nunca viu a água.

Motoristas com mais de 70 anos de idade dirigindo veículos oficiais, contra a legislação e contra a vida humana.

As verbas externas para pesquisas científicas vêm agora direito para a conta do professor e este gasta conforme seu projeto pessoal, antes vinham para a UESC e o recursos e os resultados acadêmicos eram creditados em prol da instituição. É uma perda incalculável.

O curso de mestrado em turismo acabou em 2006, por falta de produção científica.

Cursos de especializações foram diminuídos, áreas como direito, letras, comunicação, educação, filosofia, informática, engenharia, ciências naturais e da saúde, não são contempladas com pós-graduação.


Nas ações de extensão esqueceram o Salobrinho e a periferia de Itabuna e Ilhéus. Estão contemplando somente aos grandes projetos do Governo Estadual.

Falta de água, problemas com manutenção interna, faltas de tomadas, fiação aparente, problemas com pintura externa. Vejam a pintura da Biblioteca/Auditório.

Poderíamos ficar aqui enumerando ações que refletem má-administração, mas é necessário tempo e espaço...

Ora!!! Será que vale a pena reconduzir uma gestão assim? Vamos pensar direito!!!


3 comentários:

Anônimo disse...

Concordo com a maior parte das críticas, mas sinto falta de referências às qualidades dos adversários. Percebo um certo clima de alternância entre seis e meia dúzia.

Anônimo disse...

Tudo o que a Uesc fez de errado, nós denunciamos, de cortar a internet ao marasmo geral. O que fez de bom, publicamos e elogiamos. O que deixou de fazer, alertamos. Mas Souza Santos parece saber dos problemas desde 2005 (cita portaria deste ano). O que me intriga é por que ele ficou dois anos calado...

Anônimo disse...

Carlinhos do PT disse.
Com todos essas denúncias contra Quincas, não entendo como Quincas ainda teve o apóio dos prof.Se havia insatisfação contra a administração de Quincas porque votaram nele. Más a lista trípice que é enviada ao Governador J. Wagner ainda tem o poder de vetar o nome do candidato eleito, que pertence ao partido do Demo, esperamos que seu nome seja vetado , para o bem da comunidade acadêmica da UESC, e para o bem comum dos estudantes universitários, a UESC deixou de ser referência educacional universitária desde a posse de Quincas na reitória da UESC.