Me engana que eu gosto
Encalacrado com o Tribunal de Contas, o prefeito de Itabuna mandou para a Câmara o projeto que extingue 257 cargos comissionados e funções gratificadas. Usa um discurso pseudo-moralizante, de que pretende democratizar acesso ao serviço público, com a realização de concurso.
A conversa fiada não esconde a mamata geral em que o prefeito transformou o quadro funcional da "viúva". Todos os cargos que Fernando Gomes está detonando foram criados por ele mesmo, com uma lei elaborada em janeiro de 2007.
São nítidos os sinais de que a Prefeitura foi transformada em um cabide. Entre os cargos existentes no governo, está, por exemplo, o de "Chefe do Setor de Produção de Áudio das Emissoras de Rádio e Difusão Comunitária Educativa". Detalhe básico: a gestão municipal não mantém nenhuma rádio comunitária.
Outros cargos suspeitos são os de Administrador Adjunto de Campos e Quadras Poliesportivas dos Bairros e Assistente Técnico de Assessoria de Acompanhamento (nova definição de Aspone).
O projeto devolve a estrutura administrativa da Prefeitura à mesma situação que havia no governo passado. Em outras palavras, FG reconhece que a administração de Geraldo Simões tinha um quadro enxuto e suficiente para dar conta das demandas do município. O que veio depois foi um grande, pesado e ineficiente trem da alegria.
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