Conselhos ao Capitão

Marco Wense

Não é todo dia, e muito menos toda hora, que se acha um político de confiança para coordenar uma campanha política.

A tarefa de lidar com vários tipos de pessoas, personalidades distintas, vaidades e orgulhos exacerbados, enxurradas de problemas, avalanches de picuinhas e disse-me-disse não é fácil. É preciso, no mínimo, ter muita paciência.

Se o honrado médico Renato Costa deixar a coordenação da pré-candidatura do Capitão Fábio, o peemedebista sofrerá o primeiro grande abalo na sua pretensão de comandar o Centro Administrativo.

Renato, em que pese ser introvertido, travado e, quase sempre, com um humor não recomendável para quem quer ser político, é o responsável pelo toque moral indispensável em uma campanha.

Portanto, se o Capitão quer um conselho, sob pena de cair e não se levantar mais, é bom se aproximar mais de Renato e não dar ouvidos aos protagonistas das fofoquinhas.

Se o Capitão não puder se afastar de vez dos incendiários, que vão terminar carbonizando sua pré-candidatura, que, pelo menos, divida o seu tempo na proporção de 10 para 1.

Ou seja, a cada dez minutos de conversa com Renato Costa, um só minuto para os criadores de problemas. Do contrário, o sonho de ser algum dia prefeito de Itabuna vai virar um profundo pesadelo.