Sem lenço, sem documento e sem discurso!

Zelão, o Analista de Bagé

Pois é! Para alegria de Fernando Gomes, que preferiu não dar palanque nem discurso, Geraldo ficou órfão. Velha raposa política, Fernando Gomes, preferiu não arriscar o “$eu” em uma louca aventura.

O prefeito sentiu o seu cacife se esvair pelo ralo da mediocridade da sua atual administração e sabia que se entrasse na disputa seria o saco de pancadas de Geraldo, que nesses últimos três anos preparou o discurso anti-fernandista.

Eleito com generosa votação para a Câmara Federal, Geraldo preferiu dar curso maior as suas ambições de ser o indicado em 2010, por Wagner, para a sucessão estadual. Apostou as fichas que julgou possuir junto a Wagner e perdeu.

Para os poucos cargos que conseguiu nomear, teve que fazer concessão aos partidos coligados, como o PCdoB, PTB e PMDB. Assumiu a Secretaria de Agricultura e não tinha projetos, aliás, como não tem o governo Wagner, como afirmou a sua própria esposa, Fátima Mendonça.

Temendo ficar afastado do poder real por mais dois anos, “minha pedinha” quer voltar. Acredita que voltando para o abrigo de um orçamento superior a 300 milhões de reais por ano, como são as projeções para Itabuna, já a partir de 2009, preferiu “juntar cacife próprio” para bancar vôo mais alto em 2010, quem sabe até uma vaga no senado, na chapa liderada por Geddel Vieira Lima, para governador.

Porém sem Fernando no páreo, o que levaria as eleições municipais de 2008, novamente para uma polarização de nomes, “Minha Pedinha” vê cair por terra o seu palanque e fica sem discurso. Diante da flagrante disposição da população em dar um basta à mesmice “Fernando X Geraldo”, cujos índices medidos apontam hoje para 62%, os fantasmas atormentam os sonhos de Geraldo.

Sem projeto, como aliás nunca teve, só lhe restam as promessas de sempre, de poder contar com a ajuda de Wagner (duvidosa) e de Lula, o presidente, a quem não pode mais nem chamar de compadre porque o verdadeiro compadre, o Lula Viana, se debandou para o lado de Josias Gomes.

No escuro, Geraldo vai entrar nessa campanha sem saber quem será o seu principal adversário. Sem mais contar com o apoio dos “companheiros” que o carregavam nas costas e que cansados de serem usados pisados e jogados fora debandaram em busca de lideranças verdadeiras, mesmo dentro do PT. Da “tchurma”, só restaram alguns gatos pingados que ainda esperam o reconhecimento.

Zelão