O afastamento de FG e a história pra boi dormir

Um jornal ligado a Fernando Gomes tergiversou ao analisar o caso de afastamento de 180 dias do prefeito de Itabuna. O diário diz que "não houve" afastamento do prefeito. Bom, ele pode dizer o que quiser (até tachar o Pimenta de ser ligado a partidos), mas este blog tem em mãos a decisão do desembargador e presidente do Tribunal de Justiça, Benito Figueiredo.

FG tentou derrubar a decisão que o afasta do cargo por seis meses. Entrou com um recurso especial e o presidente do tribunal assim decidiu:

"O recurso não merece prosperar, ante a sua intempestividade".

E conclui:

"INADMITO, portanto, o recurso especial."

Tanto o prefeito foi afastado que o líder de governo, Milton Gramacho, assumiu essa condição no plenário da Câmara ("ele volta na quinta ou sexta-feira", disse o vereador), e explicou o porquê do afastamento: "perdeu prazo".

Milton foi além ao justificar o superfaturamento na contratação da banda Terrasamba, por R$ 150 mil. "A banda era a maior do Brasil (em 2000). Estava em ascensão".

Agora, o prefeito perdeu prazo e entrou com um embargo de declaração contra o acórdão do Pleno do Tribunal de Justiça. Esse embargo, na verdade, é apenas uma estratégia jurídica para encobrir a derrota em Salvador. Fernando só retorna ao cargo se recorrer (e vencer!) em Brasília. E para lá se deslocou uma caravana de advogados ainda nesta terça.

E mais: não foi apenas a oposição que ficou assanhada com a decisão do Tribunal de Justiça. Capitão Azevedo entrou em contato com a Câmara de Vereadores e anunciou que tomará posse na próxima segunda-feira. Como prefeito! Só falta definir o horário.

O respeito ao jornal e aos seus excelentes profissionais não nos impede de fazer a crítica. A própria publicação tratou o afastamento como "notícia", e não boato! Quem errou?

Na crítica, o jornal apenas acerta quando condena o comportamento de determinados vereadores.