O grande gozador
(especulações políticas de um analista sem divã)
Como se diz comumente, para ser um bom gozador é preciso ter dom. Imagine, então, juntar a esse dom natural a esperteza política acumulada ao longo de anos de vivência de muitos mandatos exercidos.
.
Ao se confirmar a desistência de Fernando Gomes em se candidatar a um novo mandato de prefeito de Itabuna, ficará registrado na história política itabunense, além dos fatos que levaram Fernando a desistir, mais e principalmente, de ter pregado uma grande peça não só no seu principal adversário, como também nos seus correligionários.
.
Desgastado pela sua atual administração, tanto pela falta de obras, como também pela má-gestão, Fernando ainda teve que conviver com escândalos e denúncias envolvendo membros do seu governo e também da sua família. Um conjunto de atos e fatos que levaram a imagem da “velha raposa” aos níveis de rejeição pouco antes vistos na história política de Itabuna. Ciente e consciente da sua má fase, Fernando espertamente preferiu não concorrer.
.
Além do entendimento claro das reais dificuldades que teria para tornar viável a sua candidatura, Fernando analisou que se o fizesse, daria ao seu principal adversário, Geraldo Simões, discurso e palanque, mediante a polarização, para vencê-lo. E isto é tudo que Fernando não desejaria.
.
Tomada à decisão de não mais concorrer, Fernando foi mais longe: desarticulou e desautorizou qualquer outra candidatura em seu nome. Entregou o comando do seu partido, o DEM, a Maria Alice, sua fiel escuderia, mas que Fernando sabe ser uma figura “desagregadora e temida”, mesmo dentro do seu grupo político.
.
Sem os recursos da “máquina pública”, sem o empenho direto de Fernando em transferir o que resta do seu cacife político, anula-se todas as chances de alguma candidatura se viabilizar usando o seu nome.
.
Se não houver uma mudança radical dos fatos, abrem-se as possibilidades para o surgimento de uma candidatura que represente verdadeiramente o fim da dualidade do “fernandismo X geraldismo”. Fernando soube captar esse sentimento ao desistir de concorrer.
.
Ao fazê-lo, criou a imagem de um político que sabe respeitar a vontade do povo que deseja a mudança, deixando para o seu rival Geraldo Simões, o ônus de defender um projeto pessoal de poder. E aos seus companheiros, a difícil tarefa de construir uma nova liderança longe da sua imagem e semelhança. Salva, talvez, o que restar da sua história política para, quem sabe, uma candidatura em 2010, para a Assembléia Legislativa do Estado.
.
Zelão – O Desarticulista
5 comentários:
Análise correta, amigo Zelão! Agora, gostaria de saber onde o nosso amigo tucano Zé Adervan se insere nesse contexto...
Núcleo investigará denúncias contra prefeitos
22/10/2007 - 12h44m - Ibahia
O Ministério Público Baiano criou um núcleo especializado em investigar crimes atribuídos a prefeitos. O novo serviço vai contar com um banco de dados sobre os inquéritos e ações referentes a gestores públicos. A coordenação do núcleo vai ficar a cargo do promotor de justiça, Valmiro Santos Macedo.
Caro (sem preço) Amigo Ricardo:
O PSDB se porpõe justamente, a se contra-por a essa dualidade entre o "fernandismo X geraldismo", não como como uma mudança de nomes: - mas e contudo, para realizar uma "Mudança dos Metódos de Governo", que; sem diferenças paupáveis, se repetem ao longo de mais de vinte anos da história política e administrativa de Itabuna.
O nome de Adervan,pelo sua história de trabalho e da sua competência, foi o escolhido pelo PSDB, através dos diretórios Estadual e Municipal, para conduzir o partido nesta luta de compromisso com o resgate da moralidade da administração pública, e do resgate do desenvolvimento itabunense.
Um forte abraço do amigo;
Zelão
Aderball, pague a quem vc devi. cumeçanu pêlos funssionários. Os cara tão tudo no prégo e naum pagam o povo p q o patrão naum onra a sua parte.
Pêlo mênos é o q êles dizêm.
Quem é esse tal de José Adervan mesmo hein??? E moro em Itabuna a 15 anos!
Postar um comentário