Pé no freio
* Marco Wense
O advogado Dinailton Oliveira, sobrinho do prefeito Fernando Gomes, já não é tão prefeiturável como chegou a ser quando assumiu o comando do Partido Democrático Trabalhista (PDT).
Dinailton vai percebendo que as coisas, especificamente as coisas da política, não são como ele imaginava que fossem. A empolgação de ontem, cede lugar para a realidade de hoje.
O pedetista não pode desmanchar o que vem sendo construído com muito esforço e dedicação. Não tem o direito de criar obstáculos para a legítima, merecida e justa candidatura do Capitão Azevedo.
Como é inteligente – e, politicamente, não é burro –, pisa no freio das suas pretensões e já admite um acordo com o Capitão, até mesmo uma candidatura a vice-prefeito numa coligação DEM-PDT.
Essa fantástica e deslumbrante junção dos democratas com os pedetistas teria o endosso da cúpula estadual do PDT, principalmente do presidente Severiano Alves, hoje ligadíssimo ao deputado federal ACM Neto.
Na verdade, os olhos de Dinailton estão voltados para a eleição de 2010, na sua candidatura à Assembléia Legislativa do Estado. O Capitão assumiria o compromisso de apoiá-lo.
Um outro detalhe, mais um que ameaça a viabilidade de sua pré-candidatura, diz respeito ao secretariado do governo Fernando Gomes. A maioria dos secretários defende a candidatura do Capitão Azevedo.
Pelo andar da carruagem, com os apoios que Azevedo vem recebendo, com a solidariedade de centenas de amigos, aí incluindo o servidor municipal, Dinailton vai ter que puxar o freio de mão.
Ser candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por José Nilton Azevedo, para quem passou mais de 10 anos sem colocar os pés em terras grapiúnas, é um presente de bom tamanho.
Marco Wense é articulista político
Um comentário:
Zelão Pro Marco Wense:
Querido Marco Wense, como articulista político, você tem demonstrado ser um bom advogado.
Na condição de quem se dedica a analisar os fatos políticos, foi incapaz de antever o movimento a nível estadual que o seu PDT vinha fazendo e por isso foi capaz de prever a sua própria destituição do comando municipal.
Já na condição de advogado, demonstra ser um bom defensor das causas perdidas, ou melhor seria dizer no jargão forense, que são causas "com prazos vencidos".
Só os tolos não sabiam que Dinailton não teria forças nem apoios para ser candidato a prefeito. Tudo o que Fernando e o grupo não queriam é que o PDT fosse mais partido satélite de Geraldo Simões. Assim como todos sabem, que Fernando não irá quebrar lanças pela candidatura de Azevedo, a não ser o próprio que na sua igenuidade política ainda acredita.
Meu querido Marco Wense, antes de se meter a gato mestre e analista político, aconselho-o a aprender a jogar poker. Assim aprenderá a entender dissimulações,blefes, jogar com as cartas da mão e prever as jogadas do adversário.
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