24 fevereiro 2008

Futebol

Ricardo Ribeiro*

Dia de final da Taça Guanabara. O campeonato carioca tem tanta influência no resto do País, que chegou a antecipar o “baba” entre Itabuna e Colo Colo. E alguém tem dúvida que por estas plagas haja mais torcedores rubro-negros que de tigres e azulinos?

Milhões de brasileiros estarão postados, dentro de algumas horas, diante de seus aparelhos de TV, para assistir ao Flamengo e Botafogo, na final do primeiro turno do Carioca. Torcedores apaixonados, ainda que maltratados por clubes que se transformaram em meros celeiros de craques para exportação.

O jornali-gremista (misto de jornalista e gremista), Roberto Manera, escreve artigo visceral este mês, na Revista Caros Amigos. Ataca os cartolas, mercadores do futebol, e chega a defender que a Seleção Brasileira seja montada exclusivamente com jogadores que atuam em clubes nacionais. Nada de “estrangeiros”, com suas bolas de ouro e títulos de melhor do mundo.

Manera é apaixonado por futebol e, como tal, sente-se ludibriado e humilhado pela cartolagem que eterniza a mediocridade no futebol brasileiro, deixando-nos o osso, enquanto o filé é servido aos times da zoropa. O jornali-gremista prega um boicote. Para ele, cada vez que um craque brasileiro fosse vendido para o estrangeiro, os torcedores do clube “atingido” deveriam deixar de ir aos estádios e de assistir aos jogos na TV.

Em seu artigo na Caros Amigos, Manera pondera que o maior retorno financeiro de um clube se dá na medida em que apresente um time de qualidade e não um plantel esquartejado pelos mercadores. Os negócios e negociatas no futebol, enfim, servem mais para encher os bolsos dos cartolas do que para fortalecer os clubes.

Tudo bem que a ligação do brasileiro com o futebol seja quase 100% paixão, mas uma boa dose de razão (e de reação) pode contribuir para melhorar a qualidade do espetáculo.

P.S.: A propósito, meu palpite hoje é 3 x 1 para o Flamengo.

*Advogado e jornalista


11 comentários:

Anônimo disse...

Framengo num pagô salario de janero.

Bota fogo neles: Fogão 1 a 0.

Anônimo disse...

A influência disso é decorrente das rádios do sudeste que exaltavam esses times nas décadas de 30 e 40,dessa forma , passamos a ter legítimos torcedores em nossa região.

Isso não é falta de personalidade, pelo contrário, cada um se "apaixonou" pelo time que quis e acompanhava, através do fiel aparelho.

Outro exemplo é São Luís do Maranhão, considerada a capital do reggae. O rádio também exerceu influência, através de "ondas" vindas do Caribe e lógico, da ilha jamaicana.

No mais, torço muito pelo futebol regional e não o considero "um baba".

Opiniões como a sua, nos fazem pensar que nossa cultura deva ser esquecida ou não estimulada!

Uma pena!

P.S.: A propósito, no jogo de ontem, a torcida do Colo-Colo se igualou a do Itabuna. Creio que seu artigo seja para a sua cidade.

Anônimo disse...

Zelão, pro "mêo garoto" Ricardo:


Eu eu que jrava que a "torcida do urubé" era composta só por nós "negões". Dá pra se ver porque o "mêo garoto", consegue escrever com sensibilidade - tá ligado ao povão!

Vamos à Vitóriaaaa!!!!

Anônimo disse...

Esse aí de cima não entendeu nada. Ou ouviu o galo cantar sem saber de onde partiu o canto...

Ricardo

Anônimo disse...

Nós, os flamenguistas te defenderemos até embaixo d'agua.
Viva Ricardo, Viva o Mengooooo!!!!!!

Anônimo disse...

Só para reiterar, em nenhum momento eu atribuí falta de personalidade aos baianos que torcem para os times de fora. O texto apenas se refere a esse fato, sem fazer qualquer juízo de valor.

Ricardo

Anônimo disse...

Mas chamou de baba uma tradição regional!

Se Itabuna não tem...

Anônimo disse...

O Flamengo mereceu ganhar. E ganhou.

2x1.

Ah, o Colo Colo jogou mal, muito mal... ficou no empate porque o time do Itabuna não tem macho como Zé Inácio.

Anônimo disse...

Pelo jeito vc é bem íntimo do "macho" do Zé Inácio né azulão?
hauhauhauhauhauhau

Anônimo disse...

Esse ilheus_bahia@hotmail é um chato de galocha... Vem com esse papo ridículo de tradição. Quer polemizar em cima de nada. Desde que me conheço por gente, na Bahia se chama futebol de baba. Não é desrespeito, é costume, jeito carinhoso de falar e até uma tradição nossa. Agora, se esse mané não sabe o que é tradição, me poupe. Deixe de ser bairrista e tolo, seu mané!

Anônimo disse...

Mané seria se morasse em Floripa!

Não quero polemizar, acho que acrescenta muito mais a discussão do quê um blog que ninguém lê!

Da próxima, assine como tal, pois sei que foi vc SR. A Região!